(Autor: Kardec McGuiver)
Um fenômeno triste e preocupante tem surgido nos últimos meses e pode gerar verdadeiros danos sociais. Soube-se que um vírus, o Zika Virus, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, está dando origem a várias doenças que até agora não se sabia que existia. Entre essas doenças a capacidade de gerar mal formação no cérebro de bebês formados nos corpos de mães contaminadas pelo vírus.
Chamada de microcefalia, o mal consiste em diminuir o tamanho e a funcionalidade do cérebro, que tem seu desenvolvimento prejudicado. Além do tamanho reduzido, o cérebro perde algumas funcionalidades, limitando a capacidade de raciocínio e de controle do portador.
Em alguns casos, a microcefalia gera aparência monstruosa, já que nesta situação, o crânio acaba também reduzido, dando a aparência de uma cabeça "cortada" (geralmente sem testa, com a cabeça encerrando na altura dos olhos). Mas são raros. O mais comum é a microcefalia não interferir na aparência, sendo um dano apenas interno.
Mas o retardamento mental é o dano mais comum, já que alem de reduzido, o cérebro pode vir com funcionalidades a menos, pois algumas áreas podem nem se formar. Na maioria dos casos, há limitações na locomoção e a pessoa demonstra um comportamento meio abobalhado, além de dificuldade na associação de ideias.
TESE DO NASCIMENTO DE CRIANÇAS EVOLUÍDAS É UMA FARSA
Mas porque estamos falando sobre isso neste blog? Porque o surgimento de muitos casos de microcefalia batem contra a suposta previsão de Chico Xavier que nasceriam crianças avançadíssimas que iriam impulsionar a evolução da sociedade.
Conhecida no meio como a "Teoria das Crianças índigo", ou ainda como "crianças cristal", "crianças das estrelas" e outros nomes, essa teoria se inspira em uma seita meio alucinada criada por um casal de americanos que queria ganhar dinheiro vendendo livros e fazendo palestras sobre ocultismo e ideias misticas. "Espíritas" não muito sérios gostaram da brincadeira e importaram inserindo na versão deturpada do "Espiritismo" que é praticada no Brasil.
Essa teoria supõe que aumentaria a cada geração a quantidade de nascimento de crianças superdotadas, cheias de qualidades e aptidões, que em tese as utilizariam para, na vida adulta, tentar melhorar o planeta. A prática tem se mostrado exatamente o oposto, pois entre as "crianças normais" está surgindo uma horda de irresponsáveis de todos os tipos: desde os passivos de sempre, que só querem arrumam um emprego e gastar com curtição até os criminosos, promíscuos e mesmo fascistas, que estão dando farta contribuição para a decadência social e desmoronamento do bom senso e da racionalidade.
Se já é triste ver os "normais" agindo desta forma, colaborando ou com a inércia ou com o mau caratismo enrustido, mas prático para a decadência da sociedade, imagine se juntando a isso, termos pessoas com limitações cerebrais que mesmo que queiram, serão bastante limitadas na tentativa de impulsionar a evolução?
SEM ESSA DE CRIANÇAS "MISSIONÁRIAS"
Mesmo que haja casos em que os portadores superam as suas limitações como no caso relatado neste excelente texto e colaboram para uma sociedade melhor, casos como este se referem mais a exceções do que à regras e mesmo assim a profecia do nascimento das "crianças evoluídas" e outras ilusões difundidas pelo "Espiritismo" brasileiro continuariam sendo invalidadas.
Na verdade não vai nascer nenhuma criança "missionária". Esqueçam isso. Mal completamos a transição de mundo primitivo para mundo de expiações (sim, "regeneração" coisa nenhuma: a evolução é LENTA E GRADUAL, como disse Allan Kardec) e a decadência social, além do surgimento de muitas doenças confirmam o fato de ainda estarmos bastante atrasados na evolução e que as profecias espalhadas de forma irresponsável no "Espiritismo" brasileiro não passam de piada a entreter desocupados desinteressados em estudar a fundo as obras de Allan Kardec, muito bajulado e nada estudado.
Centros "espíritas" tem sido uma estrada fértil de transporte de suposições e equívocos. Encaremos a realidade longe dos centros e lutemos nós mesmos evoluamos a sociedade, sem recorrer a líderes "espíritas" e a crianças "das estrelas".
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