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Mostrando postagens de junho, 2016

O engodo discursivo que muitos chamam de "filosofia"

(Autor: Professor Caviar) Não existe filosofia na tal da "profecia" da Data-Limite de Francisco Cândido Xavier. O que se chama de "filosofia" é normalmente um engodo em que pessoas que nada sabem tentam juntar aquilo que não sabem e do qual só possuem uma noção vaga e chamam isso de "Conhecimento". "Conhecimento" deixa de ser um processo de saber, porque é antes um agrupamento de ideias desconhecidas precariamente apreendidas pela mente, onde se misturam conceitos místicos, ideias sobrenaturais e suposições futuristas. Não é algo que se adeque à honestidade intelectual, à pertinência da lógica e, muito menos, à coerência da verdade, mas uma mistureba de ideias misteriosas e mistificadoras que só os ignorantes pensam ser "busca da verdade". Um exemplo disso é a pretensão que os produtores do documentário Data-Limite Segundo Chico Xavier , Juliano Pozati e Rebeca Casagrande, com seu livro homônimo, de criar um verniz "

A blindagem de Chico Xavier e os novos aproveitadores

(Autor: Professor Caviar) Que Chico Xavier é o único brasileiro a receber uma blindagem absoluta, isso é verdade. E é preocupante. Afinal, um estranho católico paranormal, realizador de grotescos pastiches e plágios literários, passa por cima de todos os obstáculos e atinge uma reputação divina como se estivesse apenas abaixo de Deus na hierarquia religiosa, é um problema muito grave dos quais muitos, até com um certo orgulho, se recusam a resolver. Sabemos que existem manobras tendenciosas e traiçoeiras que protegem Chico Xavier. Ele era a "galinha dos ovos de ouro" da FEB, já que era capaz de lançar livros que vendiam que nem bala em porta de escola, fazendo a fortuna de seus dirigentes roustanguistas. Mais recentemente, a imagem de "filantropo" associada ao "médium" mineiro, definido por muitos como anti-médium por não ter a função intermediária que deveria haver num médium, foi reconstruída com a ajuda da Rede Globo de Televisão, com base nu

Bondade de Chico Xavier nunca passou de mero dogma

(Autor: Kardec McGuiver) Fé é um tipo de credulidade. Você acredita em algo que lhe soa positivo, agradável, muito mais para satisfazer ânsias pessoais do que para compreender a realidade. Alias, não interessa a realidade: a fé permite que construamos a realidade de acordo com nossos gostos e convicções, independente do que esteja acontecendo de fato. E as religiões, que não passam de mitologias modernas, utilizam a fé como meio de construir um repertório ideológico de dominação que explora a credulidade alheia para a satisfação dos interesses de lideranças. A este repertório ideológico dá-se o nome de dogmas. E o "Espiritismo" brasileiro tem seus dogmas, tão absurdos quanto os de qualquer outra seita. Metido a racional, a versão deturpada do que deveria ser o Espiritismo lançou não da fé cega e lhe deu o nome de "raciocinada". Sacada esperta, pois não se precisa mais raciocinar porque ela "já veio raciocinada". Uma bobagem lançada por uma l

"Espiritismo" igrejeiro: Chico Xavier revive ritual do "lava pés"

(Autor: Professor Caviar) Francisco Cândido Xavier sempre foi católico. Católico ortodoxo e beato em ideias, embora fosse apenas heterodoxo em rituais. Fã de circo, Chico Xavier tinha dons relativamente paranormais - nunca foi o "super-médium" que tanta gente acredita - e adotava técnicas do ilusionismo circense para "anabolizar" sua fraca mediunidade. O episódio que relatamos a seguir mostra que o "espiritismo" brasileiro nunca foi mais do que um "catolicismo à paisana", em muitos momentos mais católico do que a Igreja Católica.  Em seu conteúdo ideológico, o "espiritismo" brasileiro, a mil-anos luz distante de Allan Kardec - apesar de tantas tentativas de se demonstrar o contrário - , se comprova herdeiro da essência do antigo Catolicismo português, vigente no Brasil até as primeiras décadas do século XX e marcada de muitos dogmas e ritos medievais. Tanto que seu maior propagandista, Chico Xavier, da maneira mais ex

O Bondoso

(Autor: A., via e-mail) Um velhinho doente, mas ainda com disposição para andar pelo bairro, é dado a dizer recados para as pessoas. Ele passou o dia andando, e vendo pessoas reclamando e sofrendo, acreditando que umas palavras poderiam consolá-las. Ao chegar próximo à entrada de uma padaria, viu um homem aborrecido resmungando para si mesmo: - Não dá mais! O pão aumentou mais uma vez e o leite e o café também subiram. Tive que comprar menos pão e escolher as piores marcas de café e leite. A minha mulher não vai gostar! E as crianças, então... - Não se preocupe. - disse o velhinho. - Quando você reclama da penúria que cresce em sua vida, você não percebe a riqueza divina que é o brilho do sol irradiando em sua frente. O sujeito, indiferente, apenas disse "boa sorte" ao velhinho, por educação. Mas, para ele, a mensagem nada lhe serviu para consolá-lo. Passando por um cemitério, numa capela contígua familiares choram o falecimento repentino de uma jov

Não existe esse negócio de Alma Gêmea

(Autor: Kardec McGuiver) Uma das bobagens inseridas no "Espiritismo" brasileiro é a teoria das Almas Gêmeas. É baseada no mito de que os homens são seres de duas cabeças, hermafroditas, metade de um sexo, metade de outro (como o dragão siamês em desenho que ilustra esta postagem), que foram divididas e que terão que correr atrás de sua metade por um longo período.  A teoria das Almas Gêmeas é uma tolice infantil e até nojenta, mas que muita gente ainda acredita plenamente. O bom senso tem inúmeras provas de que esta teoria é pura lenda mitológica e extremamente impossível de acontecer na realidade. Cada espírito é um só e responsável exclusivo pela sua trajetória. Os casamentos que acontecem na Terra na verdade são convenções sociais criadas na materialidade. E é mais que comprovado que quase ninguém se casa com quem poderia ser sua "alma gêmea", pois cerca de 99% dos casais se casam com parceiros com poucas afinidades, pois o pinto de partida de quas

Leitor reclama da religião "duas caras" do "espiritismo" brasileiro

(Autor: Eugênio Duprat) Causa muita indignação a trajetória do "espiritismo" brasileiro. Supostamente uma adaptação da doutrina de Allan Kardec, iniciou sua trajetória dando preferência às ideias de seu deturpador e usurpador, Jean-Baptiste Roustaing, cuja herança ideológica deixou marcas até hoje nunca superadas. O "espiritismo" que conhecemos através de Chico Xavier, Divaldo Franco, José Medrado, Zíbia Gasparetto, Yvonne Pereira, Carlos Baccelli e companhia nunca passou de um Catolicismo à paisana, sem revestimento de ouro mas muita cara-de-pau. Hoje a "maravilhosa doutrina" vive de mostrar suas duas caras: num momento, elogia Allan Kardec, aprecia os fatos científicos (ainda que com óbvio distanciamento), e, em outro, derrete-se com extrema paixão às figuras de Chico Xavier e Divaldo Franco. Esquece-se que os dois "médiuns" sempre foram deturpadores graves da Doutrina Espírita, e que por trás da imagem de "bonzinhos&quo

Uma leitora pede o lançamento de livro de Attila Paes Barreto

(Autor: Margarida Nunes, via e-mail) Por muito pouca coisa, não temos mais Dilma Rousseff como presidenta da República, e ela foi expulsa por causa de um rumor muito mal investigado e por uma campanha marcada por uma mídia prepotente e uns políticos corruptos que votaram pela sua saída. O governo Dilma pode não ser nenhuma maravilha, mas ela procurava realizar medidas de interesse social, estabelecer controle de preços e promover uma política salarial com um mínimo de justiça. E muita gente achou o governo dela ruim por causa das fofocas que a imprensa sensacionalista disfarçada de política falou a respeito dela, como um lixo em forma de revista, a tal de Veja. Mas no caso do nosso espiritismo, quando é para investigar Chico Xavier ninguém faz nada. Quando faz, é uma pesquisa de fachada que só cita umas poucas polêmicas e depois deixa tudo como está. Divaldo Franco, então, é um intocável, os políticos só vão lhe oferecer prêmios pelo quase nada que fez (o cara não ajuda