(Autor: Profeta Gandalf)
A natureza não dá saltos. Há muita gente que ainda tem que aprender muito. Quando uma ideia nova derruba outra defendida por um longo tempo, sempre gera discórdias que podem chegar a ser violentas, pois quem defende ideias tradicionais, não quer ver seu ponto de vista tão confortável se esfarelando feito poeira.
A natureza não dá saltos. Há muita gente que ainda tem que aprender muito. Quando uma ideia nova derruba outra defendida por um longo tempo, sempre gera discórdias que podem chegar a ser violentas, pois quem defende ideias tradicionais, não quer ver seu ponto de vista tão confortável se esfarelando feito poeira.
Os espíritas que contestam a FEB tem gerado muito avanços nas críticas à forma deturpada do Espiritismo, praticado no Brasil. Mas um ponto tem causado desconforto até entre os que contestam essa visão deturpada: a suposta perfeição do caráter de Chico Xavier, símbolo máximo da deturpação espírita brasileira.
Mesmo entre os que contestam o poderio da FEB, há muitos que ainda acreditam no médium mineiro como exemplo de bondade absoluta, querendo inclusive isentá-lo da culpa pelos seus erros praticados. Como se isso fosse um privilégio que a suposta "bondade absoluta" lhe desse direito. Xavier, a "bondade em pessoa" não deveria pagar por nenhum erro. Entregue a responsabilidade a outros.
Mas que tipo de bondade Xavier praticou? Ele melhorou o mundo? Uberaba, a cidade onde ele viveu, tem a melhor qualidade de vida do universo? Seus seguidores viraram intelectuais? E o Brasil, melhorou muito após conhecer a "força" de Chico Xavier?
E fato de que muitas pessoas, sobretudo nos meios intelectuais, fizeram muito mais pela humanidade, e sem alarde, que o estigmatizado Chico Xavier, só que sem o estereótipo insistentemente atribuído ao médium, que de fato nada fez de concreto e ainda cometeu a maldade culposa de travar a evolução intelectual de seus seguidores.
As perguntas que faço nesta postagem são perguntas que fazem os defensores de Chico Xavier gaguejarem, pois a crença na bondade infinita do ingênuo médium, certamente não se baseia na razão, na lógica e sim na fé pura. Lembrando que no Brasil, fé é considerada a maior qualidade, mesmo que seja sinônimo de credulidade. Ao tentar explicar algo, os devotos de "São" Chico enchem de teses pomposas, mas sem sentido. Provas? Sempre ausentes.
Aliás, Xavier, se foi bondoso, não era por convicção e sim por ingenuidade. Era bom como uma criança sonhadora. Não tinha maturidade e dizem as más línguas, possuía um certo retardamento mental que, se comprovado, lhe tiraria na marra o título de "maior líder espírita" do país. Tese confirmada ou não, o que é certo é que líder espírita ele nunca foi. Até porque ele nunca foi espírita de fato, nunca estudou a doutrina e se manteve fiel ao Catolicismo que seguia.
Tudo bem que ele agia sob influência dos obsessores. Mas até onde eu sei sobre a doutrina, somente a própria pessoa poderia resistir à obsessão, a não ser no caso de possessão - o que parece não ser o caso de Xavier. Se ele era "firme de caráter" como acreditam, ele tinha poder - s somente ele - de livrar de suas obsessões.
A mitologia em relação a Xavier é ainda muito forte. Mesmo os anti-FEB ainda querem acreditar em sua mitologia de "bondade máxima incontestável". Mas se confrontarmos cuidadosamente os dados, seja qual for a hipótese relacionada como o famoso médium mineiro, as contradições são inevitáveis.
E essas contradições é que favorecem muita discordância toda a vez que o nome do médium é citado. Os seus admiradores, fanáticos e acreditando no conceito estereotipado de bondade, defendem-no com unhas e dentes, sem ceder de suas posições, como uma tensa fêmea de leopardo a proteger seus filhotes. Essa teimosia em recusar a analisar o mito (falam que separam a pessoa do mito - mas o mito fala mais alto, inevitavelmente) faz acreditar em uma forma de caridade paliativa que em muitas décadas não conseguiu melhorar em nada a sociedade brasileira como um todo.
E é nisso que dá transformar um pobre homem tolo, em líder máximo de uma doutrina que ele não seguia. E vai ser assim enquanto insistirmos em tê-lo como exemplo máximo a ser seguido.
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