(Autor: Kardec McGuiver)
O poder de sedução de Chico Xavier é poderosíssimo. Tido como sinônimo de perfeição humana, o médium consegue fazer com que seus seguidores se recusem a investigar se todo o mito que construíram ao redor dele é verdadeiro ou não. Mentiras doces podem ser aceitas com tranquilidade enquanto verdades duras são combatidas com toda a fúria possível.
O mito de Xavier é falso, muito falso. Mas conforta todos aqueles que o admiram. Carentes de alguém que possa fazer um papel que misture o de sábio com o de uma babá, os fãs do médium não hesitam em tomar o médium como seu tutor e a defendê-lo como se fosse o próprio pai.
Toda vez que alguém menciona o nome do médium, seus fãs entram em sentinela. Se alguma coisa que vá contra o mito, mesmo verdadeira, for dita, o chiquista começa a se agitar e reage imediatamente a defesa do médium que nunca estudou Espiritismo e nunca fez uma caridade que fosse realmente eficiente.
Mas juntando a mitologia construída com o papo igrejista de que o que importa é a fé e e o amor e não a racionalidade, a imagem difundida sobre o médium é solidificada nas mentes de seus admiradores, incapazes de ter o discernimento adequado e a capacidade de imaginar alternativas à doce mentira em que acreditam.
No início, quando o médium foi descoberto, houve muita suspeita de charlatanismo, o que pode ser comprovado se observarmos que ele nada sabia sobre Espiritismo. Charlatanismo não é somente fingir receber espíritos (ele até recebia, embora muitas vezes não tinha condições para isso), mas deturpar a doutrina, fingindo ser o mestre maior sem saber bulhufas e difundindo erros e distorções.
Mas como quem denuncia a farsa de Chico Xavier não possui a visibilidade necessária para poder atrair atenção dedicada, é automaticamente ridicularizado, pois os que sustentam a farsa possuem poder de formar opinião e de guiar as massas.
Enquanto não aparecer alguém com poder de convencimento a denunciar toda a mentira construída em torno do médium picareta, muita gente continuará sendo enganada, confiante cegamente na imagem estereotipada do velhinho bondoso associado ao maior e mais bem sucedido charlatão de todos os tempos.
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