(Autor: Profeta Gandalf)
O Espiritismo brasileiro, que ao invés de seguir as orientações de Allan Kardec (apesar de se assumir como "kardecista"), prefere cultuar o médium mineiro Chico Xavier e seguir o que está escrito em seus livros ou em outros psicografados por seus discípulos, começa a enfraquecer na internet, graças aos debates que tentam devolver à doutrina as origens kardecianas, demonstrando que Xavier e seus seguidores estão totalmente em desacordo com os pontos originais da doutrina.
O Espiritismo brasileiro, que ao invés de seguir as orientações de Allan Kardec (apesar de se assumir como "kardecista"), prefere cultuar o médium mineiro Chico Xavier e seguir o que está escrito em seus livros ou em outros psicografados por seus discípulos, começa a enfraquecer na internet, graças aos debates que tentam devolver à doutrina as origens kardecianas, demonstrando que Xavier e seus seguidores estão totalmente em desacordo com os pontos originais da doutrina.
Felizmente os debates vem desestimulando aos poucos o culto a tudo que está errado na versão deturpada da doutrina. Claro que ainda há chiquistas fanáticos, pois como religião igrejeira, tão dogmática como as outras (fé "raciocinada" da boca pra fora), a contestação a dogmas incomoda e até irrita, por estimular uma submissão cega a uma espécie de "liderança" invisível (na verdade inexistente). Mas os debates tem mostrado avanços, pois através do discernimento, muita gente tem repensado seus conceitos.
Mas isso não é nada demais. Até porque as contestações a Chico Xavier não são coisa inventada: está nos livros de Allan Kardec. Um estudo sério e detalhado da obra do professor francês demonstra que o chiquismo na verdade é uma tentativa não assumida de atualizar o Catolicismo, a verdadeira fé do famoso médium e dos espíritos de freis e padres que ditam as normas do que as pessoas erradamente conhecem como Espiritismo. Questionar Xavier não só é bom como necessário, uma caridade até. Pois desfazer enganos também é uma prova de amor ao próximo.
Mas fora da internet, onde o debate ainda não obteve força, o chiquismo ainda está forte, embora tenha crescido em números insignificantes. A FEB, a criadora do mito Chico Xavier, afirma que aquilo que ela entende como Espiritismo é a religião que mais cresce no país. Uma mentira, se observarmos os fatos:
1) O IBGE afirma que os que o número dos que se declararam como espíritas não aumentou sequer 1,0% em 70 anos.
2) Temos que levar em conta que entre os que se declaram como tal, podemos encontrar:
- Católicos que frequentam centros.
- Seguidores das religiões afro-brasileiras que pro medo de preconceito, se assumem como "espíritas", mesmo cultuando coisas completamente diferentes.
- Pessoas que vão a centro apenas para procurar resolver seus problemas.
- Leitores das obras psicografadas.
- Pessoas com mediunidade manifestada.
- Admiradores de Chico Xavier, de qualquer religião ou sem religião.
3) A influência do "Espiritismo" brasileiro nada tem ajudado a melhorar a sociedade, estimulando a fé cega, sem questionamento, e se limitando a caridade estereotipada e paliativa, que já estava sendo feita pelas outras religiões, sem transformar na prática, a vida de ninguém.
Ou seja, o Espiritismo brasileiro, mesmo o chiquista, é muito menos popular e ativo do que parece, o que justifica a estranheza do cultuado médium mineiro a escolher a data de sua morte, em 2002, "para não ser percebido" pela humanidade. Tolice.
A falta de debate fora da internet ainda estimula o chiquismo entre os que não se utilizam da rede de computadores. A mídia oficial ainda difunde a ideia de que no Brasil, "Espiritismo" é sinônimo de Chico Xavier. Kardec ainda é um total desconhecido e seu nome só é utilizado como uma espécie de "cartório" para dar autenticidade as ilusões defendidas por Xavier e por muitos médiuns e palestrantes que seguem as "orientações" do médium mineiro. Kardec ainda é considerado "ultrapassado" na opinião dos devotos de "São Chico Xavier".
Os tempos atuais exigem cada vez mais discernimento. É triste ver a religiosidade cega crescendo nos dias de hoje. O chiquismo merece ser contestado também fora da internet, mas a influência da FEB nos centros ditos espíritas é ainda muito poderosa.
É um ato de caridade, embora não pareça, desmistificar Chico Xavier, procurando criticar - com firmeza, mas sem ofensas - toda vez que alguém mencionar o médium como uma "liderança" a ser seguida e obedecida. Sei que é difícil corrigir um erro que durou mais de 70 anos e ainda persiste. Mas temos que ter a coragem necessária para que ainda possamos estimular o desenvolvimento intelectual tão necessário à evolução do planeta e que a FEB, Chico Xavier e seu séquito de seguidores travaram para poder satisfazer suas crenças em um Neocatolicismo enrustido que muito confunde e em nada esclarece.
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