Pular para o conteúdo principal

A maior mentira do "Espiritismo" brasileiro


(Autor: Kardec McGuiver)

Embora muitos frequentadores de centros não saibam, para quem estuda a sério a doutrina (os que estudam mesmo, não os que leem as obras de Kardec como se fossem romances), o que os brasileiros conhecem com o nome de "espiritismo" nada tem a ver com o que foi codificado na frança no século XIX. 

O "Espiritismo" brasileiro nunca passou de um Catolicismo híbrido que defende a reencarnação e a comunicação com os mortos. Estas são as suas únicas diferenças essenciais da igreja dos padres, pois guardaras certas alterações, os dogmas católicos permanecem inteiros no "Espiritismo" praticado no Brasil e espalhado, sem muito sucesso, por colônias de brasileiros pelo mundo.

O "Espiritismo" brasileiro é um festival de contradições e de absurdos. Já falamos vários deles neste blog e vamos falar ainda mais. Mas um dogma em particular chama a atenção e comparado à realidade corrente em nosso país, é capaz de derrubar a doutrina com um só tapa. Talvez por isso que as lideranças desse "Espiritismo" de araque tenham deixado de falar neste dogma.

É o dogma da transformação humana que muda a categoria do planeta Terra quanto ao nível de espiritualidade. É a maior mentira lançada pelo "Espiritismo" brasileiro. Até uma pseudo-profecia, resultante de um sonho banal transformado em tese "científica" por um jovem lunático com aparência de coroinha, interessado em transformar seu ídolo, que sonhou tal sonho, em "mestre da perfeição" e contando, infelizmente, com o apoio de várias personalidades, todas com alto nível de ingenuidade.

A tal tese ganhou o nome de "Data Limite" e rendeu muito dinheiro gasto com viagens, palestras e documentários. É na verdade uma tolice feita para acrescentar mais qualidades a Chico Xavier na tentativa desesperada de forjar uma "prova" para que ele pudesse ser considerado o "sub-Senhor do Universo", o mais perfeito entre os homens. Uma mentira feita apenas para satisfazer as taras particulares dos admiradores de Chico Xavier, que vivem em um mundo paralelo fora da realidade.

Quem estudou seriamente a doutrina - e bom lembrar que Xavier defendia ideias muito opostas as de Kardec, soterrando de uma vez por todas a absurda e enlouquecida teoria de que os dois eram a mesma pessoa - sabe que a evolução espiritual da coletiva humanidade é lenta e gradual. 

Lenta não quer dizer mil anos mas milhões, mais provavelmente bilhões de anos. Quem achava que o "Terceiro Milênio" seria uma era de muitas transformações, andou fumando muita erva com alucinados membros de grupos místicos.

A realidade do mundo atual, sobretudo do Brasil, mostra que a humanidade em nada evoluiu. Continuamos os mesmos dos tempos dos bárbaros. De acordo com a doutrina, só agora entramos de vez na categoria de provas e de expiações. A tal era de regeneração não só não começou como não dá sinais de que vai começar tao cedo. 

Talvez daqui a um milhão de anos entremos em regeneração. Observando a realidade, 2000 anos foi muito pouco para uma significativa transformação humanitária. A evolução será mais lenta e gradual do que somos capazes de imaginar.

Na boa, só agora entramos na categoria de provas e de expiações. Ainda preservamos características primitivas, priorizamos o instinto e a nossa religiosidade é alucinada, ainda presos a uma mitologia ficcional que assemelha muito o hábito de acreditarmos em amigos imaginários. Ainda na infância coletiva, a humanidade ainda acredita em Papai Noel e nos duendes que o acompanham, bastando apenas dar outros nomes a eles.

Estamos cada vez manos racionais e altruístas. Agimos de maneira agressiva na hora de defendermos nossos pontos de vista como se fizessem parte de nosso patrimônio. Criticamos a corrupção mas praticamos também as nossas corrupções, além de proteger corruptos que satisfaçam nossos interesses pessoais. 

Com isso tudo, o mito da "Nova Era", do "Terceiro Milênio" e da "Regeneração" se transformam em meras falácias a se desfazer feito castelos de areia diante de uma onda do mar. Ainda somos bem primitivos, não sabemos ainda nos comportar como seres humanos e a onda de conservadorismo e retrocessos (inclusive o retrocesso de nossas mentes) desmonta de uma vez esta seita irresponsável que pensa em ser o "Espiritismo", apenas um meio de promover e consagrar as suas lideranças, tão mentirosas e interesseiras quanto qualquer corrupto na face da Terra.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um