(Autor: Kardec McGuiver)
Ser religioso, para muitos, encaixa no estereótipo de bondade e sabedoria. Não raramente, lideranças religiosas são tidas como bondosas e inteligentes sem praticarem um só ato que comprove atos em prol do benefício alheio e atos que confirmem capacidade intelectual. Como se o estereótipo em si fosse uma forma de garantia.
Mas há religiosos que são criticados pela tentativa de fugir a estes estereótipos. Como se fosse estranho para essas lideranças, tao humanas quanto nós, de cometer erros. Não raramente essas lideranças, cometendo erros leves, são mais criticadas que outras pessoas que cometerem erros mais graves.
Os neo-pentecostais e pentecostais são alvos frequentes de críticas. Quem não faz parte dessas divisões do protestantismo acha que as lideranças destas não passam de farsantes interesseiros a enganar multidões e lucrarem com isto. Bom isto é fato. Mas fica a impressão que somente eles cometem este tipo de erro e que isto faz parte da doutrina dos pentecostais (e não faz). Mas somente eles erram? Somente eles merecem nossas críticas?
E os "espíritas"? porque ninguém critica as lideranças "espíritas"? O "Espiritismo", além de ser a religião com o maior número de contradições, se demonstrou completamente incapaz de transformar a humanidade, embora espalhe pelos quatro cantos de que transformou.
Em mais de 130 anos, o "Espiritismo" não conseguiu melhorar nem o caráter, nem o intelecto e muito menos deu qualidade de vida a seus seguidores e auxiliados. Além disso, vive de consagrar e espalhar contradições, erros, absurdos e principalmente, blindar suas lideranças por meio da mitologia e da canonização (transformação das lideranças "espíritas" em divindades).
Segundo a mitologia, suas lideranças são "enviados divinos" com a missão "exclusiva" de "transformar a humanidade" por meio da educação e da filantropia. Suas lideranças são totalmente despidas de defeitos - como se isso fosse possível em um planeta inferior como o nosso - sendo exemplos "perfeitos" de humildade e altruísmo.
Mas se a gente pesquisar mais sobre o que estas lideranças fazem, a gente vai perceber que toda a mitologia em torno deles é falsa, sendo uma espécie de isca a atrair fiéis e mantê-los na seita.
Mas porque neo-pentecostais pode ser criticados e "espíritas" não, se estes cometem erros ainda piores (pentecostais não cometem desonestidade doutrinária, como os "espíritas" fazem)? A resposta mais provável é porque envolve interesses em derrubar os pentecostais, considerados algozes de outras religiões interessadas em dominar no país.
O "Espiritismo" é ainda muito bem blindado pelo senso comum por ser uma religião à paisana (sem batina, sem pompa), o que dá uma ilusão de falsa humildade (o que contradiz com a arrogante fama de "perfeitos" das lideranças "espíritas") diante dos olhos mais ingênuos.
A mitologia construída em torno de médiuns e lideranças completa o serviço, deixando estes líderes bem a vontade para agirem da forma que quiserem longe dos olhos da opinião pública, que cegamente confia em sua infalibilidade, ignorando o caos presente nos bastidores das atividades da cúpula "espírita".
Mesmo sem mostrar resultados práticos de transformação social e melhoria no bem estar de pessoas carentes, as lideranças "espíritas" estigmatizadas como "imensamente caridosos" e "infalivelmente sábios" preservam sua imagem de suposta perfeição, garantindo a sua blindagem e mantendo a sua real missão de enganar incautos. Ser "espírita" é uma excelente forma de errar sem ser punido.
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