(Autor: Kardec McGuiver)
Nos anos 70, auge da popularização de Chico Xavier, graças ao empenho feito pela FEB de lhe desviar das acusações de charlatanismo, transformando-o em divindade viva, mito que infelizmente dura até hoje, quem desconfiava do médium suspeitava de que o mesmo sofria de algum tipo de loucura ou doença mental.
Muito chegou a ser comentado sobre isso, mas simpatizantes do médium, ferozes como rotweillers de guarda, trataram logo de desmentir. "Louco, como, se para nós ele é a liderança máxima da humanidade?" bradava qualquer um de seus desinformados seguidores, entorpecidos da mais cega fé.
Xavier tinha traços de personalidade meio estranhos. parecia não ter decisão própria e sua personalidade foi formatada pelas lideranças da FEB que queriam explorar a sua capacidade literária. Chico Xavier lia e escrevia muito e isso rendeu bons lucros para a instituição que, para angaria simpatia e permissão para a exploração, inventou que a renda era toda para a caridade. Caridade que nunca conseguiu transformar a sociedade como um todo.
A fala mansa, o jeito hesitante, a falta de decisão, são traços que levam à suspeita de algum tipo de demência. Sabe-se que Xavier não decidia nada pela doutrina, seguindo apenas "orientação" de espíritos obsessores e das lideranças da FEB, sobretudo o do autoritário Wantuil, principal "patrão" do médium que nunca entendeu o Espiritismo.
Claro que a personalidade estranha de Xavier despertava desconfianças sobre a sua sanidade. Os seus admiradores disseram ingenuamente que a fala estranha é sinal de "superioridade", mas se esquecem eles que superiores tem fala sem pompa, mas firme, com personalidade decidida e fidelidade ideológica. Coisas que Xavier demonstrou nunca fizeram parte de sua personalidade.
Por isso, muitos comentários a respeito da provável demência de Xavier correram a solta, sobretudo pelos que não seguiram a versão brasileira - e deturpada - da doutrina. Embora insistentemente abafada pela mídia que resolveu o acolher, fazia muito sentido a tese de que Chico Xavier sofria de algum tipo de demência, sendo impossibilitado de representar qualquer tipo de liderança seja para qual for.
Além da família do médium, que segundo suspeitas, nunca confiou de fato no idolatrado mineiro de Pedro Leopoldo, gerando escândalos que são conhecidos apenas pelos bastidores, muitos resolveram alertar para a provável loucura do médium de personalidade estranha.
Um dos que defendia a tese de que Chico Xavier era louco era o Padre Quevedo, que apesar da boa informação, cometeu alguns deslizes como igualar o "Espiritismo" falso que se fazia no Brasil com o Espiritismo original de Kardec, como se o codificador fosse o responsável pelas loucuras praticadas no Brasil. Mas Quevedo era católico e queria puxar a brasa para a sua sardinha. É bom ouvi-lo, mas com ressalvas, procurando extrair de suas declarações apenas o que está de acordo com fatos.
O próprio filme biográfico feito a respeito do médium dá uma pista sobre a loucura observando a reação do médium diante das prostitutas contratadas pelo pai. A reação não foi a de um rapaz convicto de que não queria sexo e sim de um doido que tinha medo daquilo. Xavier, "líder máximo da espiritualidade" ainda tinha medo de morrer, algo contraditório à sua suposta liderança.
Se é verdade ou não, que ouve Xavier falar e lê coisas ao seu respeito, não é impossível admitir a possível demência do médium que dizia falar com os mortos. Xavier nos enganou, é fato, mas antes mesmo ele enganou a si próprio. Melhor ele ter ficado isolado com seus livros de cabeceira e suas santinha de madeira.
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