(Autor: Kardec McGuiver)
Quase todos põem a mão no fogo por Chico Xavier. Baseados não em fatos, mas em episódios narrados de boca em boca e da propaganda midiática feita em torno do médium, pessoas consideram Xavier um exemplo de bondade extrema e por isso o idolatram com discreto, mas intenso fanatismo, teimoso e alucinado, que ignora as explicações logicas de quem se esforça para desmentir o mito.
Só que os defensores, ao ignorar as críticas feitas para desmontar o mito, acabam se enganando radicalmente, se esquecendo que o médium, na verdade um mero cidadão que virou "espírita" por acaso, tinha seus defeitos, agravados pela falta de estudo doutrinário e pela submissão às lideranças da FEB que o utilizavam para vender livros e gerar muita renda para a instituição.
Embora confundido como "progressista" por supostamente ter "atualizado" o "Espiritismo" brasileiro, Xavier era conservador da gema. Defendia ideais retrógrados e apoiava formas de punição a aqueles que se desviassem da noção de moral que aprendeu através do catolicismo, sua verdadeira crença, que forneceu todo o subsídio que destruiu a Doutrina Espírita praticada no país.
Sem estudar a doutrina, não hesitou em realizar shows de mediunidade em eventos realizados com a presença de uma barulhenta multidão, algo reprovado pela doutrina original. Diante do caos que se formava nos lugares onde trabalhava, Xavier acabava atraindo espíritos de qualidade e identidade duvidosas, que conseguiram enganar as mentes dos fiéis mais desesperados a procura de um conforto paliativo e da satisfação de suas ilusões.
Xavier, como todos sabem era "assessorado" por um espírito de índole bastante suspeita, o medieval Emmanuel, na verdade um obsessor que se travestiu de "mentor". Indícios provam que Emmanuel era a volta do Padre Manuel da Nóbrega, que possivelmente não deve ter gostado da extinção da companhia de Jesus, prometendo reconstruí-la de outra forma, o que ele acabou fazendo no "Espiritismo" brasileiro, na verdade uma reciclagem do Catolicismo Medieval com magia oculta.
Sob as orientações desse obsessor tão admirado pelos ingênuos que o tem como "espírito superior" (santo, no jargão "espírita"), Xavier ainda teve a atitude de inventar um personagem, "André Luiz", usando o nome de seu irmão, para servir de "orientador científico" deste pastiche em que se transformou a doutrina no Brasil. Ainda inventou ara ele uma "biografia": Nosso Lar, na verdade um plágio de outras obras, em que estranhamente, o personagem passa de espírito "trevoso" para "puro" em apenas 8 anos terrenos (???!!!), sem reencarnar, numa verdadeira ofensa grave aos pontos da doutrina original.
Usando o nome desses dois, mais a apropriação indevida do nome do escritor Humberto de Campos, hoje refém da "doutrina" e prova incontestável de falsidade ideológica praticada pelo médium, Xavier espalhou um festival de incoerências que acabaram por contaminar a doutrina, travando definitivamente a evolução espiritual de seus seguidores, transformados em ovelhinhas cristãs aos moldes do mais retrógrado Catolicismo que nem oc católicos querem mais saber. E travar a evolução espiritual em si já é um verdadeiro ato de maldade, mesmo negligente.
Os livros de Xavier, ditados ou não pelos seus "mentores", continham racismo, machismo, homofobia (embora a fala mansa e o celibato de Xavier lhe rendesse acusações de que ele era gay), graves erros históricos, contradições, e asneiras de todos os tipos. Como falamos em outras oportunidades, todos os livros assinados pelo médium mereciam a lata de lixo, o mesmo lugar onde foram os rascunhos que deram origem aos mesmos. Sim, porque a FEB mandou Xavier jogar fora os originais, seja lá qual for o motivo, o que aumenta ainda mais a desconfiança em torno das obras assinadas pelo médium.
Para piorar, em 1971, Xavier foi convidado pelo extinto programa de talk show Pinga Fogo, daTV Tupi, onde ele, entre outras coisas surpreendentes, mostrou sua verdadeira face, falando não em nome do Espiritismo mas em nome do Catolicismo ("O papa é o nosso orientador e a ele devemos obediência") além de defender a ditadura militar na sua fase mais cruel, justificando que os generais e torturadores estavam "construindo o Reino de Amor". Amora a base de muita porrada e sangue escorrendo.
Xavier ainda era arrogante. Humilde no início, com o tempo, gostou da ideia de ser uma "liderança 'espírita'" e costumava se zangar diante das críticas feitas a ele, afirmando que "ainda bem que tinha gente do lado dele" para que ele continuasse cometendo os inúmeros erros que cometeu.
O médium ainda cometeu o seu "gran finale" acreditando que a felicidade máxima do brasileiro seria alcançada com um supérfluo, o futebol, que por mais de 100 anos não tem servido para dar dignidade e qualidade de vida para os brasileiros, mais servindo de brincadeira tola a entreter as mentes mais desocupadas e dispostas a sair da realdade. Definir o futebol como "felicidade máxima" é , sinceramente, não querer que a população tenha dignidade e qualidade de vida, hoje confundida com consumismo e asneiras escritas nas redes sociais.
Xavier é espírito puro? Nããããooo! Evidências provam que ele era mais atrasado do que muitos de nós. Suas frasezinhas indas nunca passaram de auto-ajuda chinfrim daquelas que se encontra em qualquer banca de revistas pelo país afora. Suas "lições" só atrapalharam a evolução espiritual da sociedade brasileira.
Chico Xavier deveria ser descartado e esquecido com urgência, pelo malefício que fez a sociedade brasileira, muito mais do que as bondades falsamente atribuídas a ele.
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