(Autor: Kardec McGuiver)
Fé e ciência nunca foram lá muito amigas. Enquanto a ciência trabalha com evidências, e se utiliza de um dedicado trabalho de pesquisa e avaliação, a fé simplesmente aceita, tendo apenas os estereótipos de valores positivos como a bondade como validadores.
De fato, a ciência é muito melhor do que a fé. A fé é credulidade, é culto à ilusão. Por não se basear em fatos concretos, é frouxa, incompetente para diagnosticar a verdade e serve mais para preguiçosos intelectuais encontrarem uma pseudo-salvação para as suas vidinhas monótonas.
Mas por não exigir qualquer tipo de esforço, a fé é muito mais bem recebida pela sociedade do que a ciência, esta última vista como uma "insensível" e "exigente".
Mas a ciência é muito boa como rótulo. Usada como um cartório a autenticar as asneiras mais surreais das religiões, ela passa a ser bem vista. Até como forma dos fiéis mais afoitos dizerem: "viu como estamos corretos: é a ciência que está dizendo!".
A lógica diz que a fé deve ser submissa a ciência, ou seja, só se deve acreditar em evidências e em coisas que possam ser provadas. Do outro lado, os religiosos, sobretudo esse "Espiritismo" gororobizado praticado no Brasil, acham que deve ser o contrário, que a ciência seja apenas (e somente) uma espécie de cartório da fé, servindo para legitimar as bobagens que nascem nas mentes de lideranças religiosas.
E é para isso que serve a ciência para o "Espiritismo" brasileiro, totalmente o oposto ao que recomendava o codificador Allan Kardec. Para que as criações de Xavier, um boboca com alguns supostos traços de demência e altamente submisso, além de beato católico fanático, sejam vistas como "verdadeiras" era necessário pagar cientistas para legitimá-las.
E BINGO! Chico Xavier, o poderoso semi-deus tratado como se fosse o próprio "Deus" encarnado, ganha mais uma de muitas forjadas qualidades, a de cientista, para completar a imagem forjada de perfeição construída em torno do médium que não sabia de nada.
Uma ofensa sem tamanho à ciência e a Kardec, pois verdadeiras teses sem pé nem cabeça são legitimadas, realizando um verdadeiro vandalismo doutrinário em que verdadeiras asneiras são difundidas (e até vendidas) como "importantes" e "inquestionáveis" teses científicas a servir de meros propagandistas para aumentar o prestígio do maior charlatão de todos os tempos: Chico Xavier, o homem que conseguiu enganar a Ciência.
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