As religiões não passam de mitologias modernas. E como tais, narram seus dogmas com uma linguagem literária, que lembra muito mais o dos contos de fadas que ouvíamos na infância do que a narrativa de fatos concretos ocorridos na realidade.
Muita gente ainda gosta, pois não é anda dotado da percepção racional que permite separar o que é lenda e o que é fato. Se hoje vivemos a confusão entre o real e o virtual, mesmo com todo o esclarecimento, imagine num mundo sem esse discernimento.
E essa forma estranha de "Espiritismo" praticada no Brasil, como uma seita igrejista, adotou a mesma prática de narrar seus dogmas como contos de fada, pois é mais romântico, lúdico e seduz mais os fiéis, pouco ou nada afeitos a textos mais racionais. Bajula-se a ciência, mas sem abrir mão da tolice estimulada pela pieguice religiosa.
E o Grão-Vizir dessa pieguice irresponsável, Chico Xavier foi a pessoa perfeita a simbolizar toda essa ilusão religiosa que inseriram no Espiritismo que não era para ser religioso. Responsável por emperrar a evolução espiritual de "espíritas" brasileiros, Chico Xavier foi tratado como uma divindade viva e hoje como uma verdade absolutamente inquestionável, com direito a um exército de atentos defensores fanáticos a estarem de prontidão contra qualquer crítica ao seu ídolo, mesmo que seja justa e construtiva.
E para completar a mitologia que endeusa o médium que nunca fez nada de significante para a sociedade brasileira, se limitando a ser um estereótipo de caridade nos moldes católicos (ele era católico), a morte dele foi narrada de forma bem surreal, com características de um verdadeiro conto de fadas.
Com base nos relatos e nos dogmas acreditados por este "Espiritismo" distorcido, escrevemos aqui uma espécie de conto narrando a morte de Chico Xavier. Nada aqui é fato, apenas lenda. Tudo feito para que o médium que nunca entendeu a doutrina fosse visto como um colossal mito a servir de totem e de falso apoio aos que se sentem incapazes de resolver os problemas cotidianos
Vamos a estorinha, cujas palavras são nossas, montada pela nossa equipe juntando uma coleção de mitos sobre o falecimento do médium. O conteúdo está 100% em desacordo do que recomenda a verdadeira Doutrina Espírita. Aviso aos mais racionais: risco de muitas gargalhadas.
E cá para nós, como levar a sério a estorinha abaixo?
O desencarne de Chico Xavier
Chico Xavier sentiu que chegara a sua hora. Espírito de máxima evolução espiritual, teve o direito de escolher a data de seu falecimento. Escolheu um dia em que os brasileiros se sentissem altamente alegres e que essa alegria fosse coletiva.
Escolheu o dia de uma vitória no futebol. Chico, que adorava o esporte, via nele a execução prática do sentimento de patriotismo, algo que ele também admirava. O médium tinha a impressão de que o futebol seria o responsável pelo cumprimento de sua profecia, alertada já no livro "Brasil, Coração do Mundo" e em um sonho relatado há tempos a um jovem amigo.
Seu falecimento numa data tão cívica era uma forma também de evitar que multidões, ocupadas com o dever pátrio, chorassem por ele e criassem algum transtorno por este motivo.
Após desligar-se de seu corpo, Xavier foi tranquilamente para o céu, conduzido por uma luz brihante e após chegar ao céu, se situou cima de uma nuvem, sendo recebido por uma grande multidão de pessoas ajudadas por ele e que haviam falecido antes. Foi uma festa alegre. Humilde, o médium se sentia mais envergonhado do que envaidecido. Mas estava feliz. Sentia que sua missão havia se cumprido.
Jesus apareceu, com seus cabelos lisos e loiros e seus olhos de azul-brilhante, e recebeu Chico com o respeito e a pompa que se costuma dar a uma autoridade e disse:
- Hoje você está pronto. Encerrou a missão de reencarnar. Agora vai trabalhar conosco para divulgar o Evangelho Cristão que o Catolicismo deu de presente à humanidade.
Ocorre uma cerimônia pomposa de recepção do médium, além de ser inciado um ritual de consagração, confirmando o encerramento da evolução do médium, que passa a ser espírito puro.
Após o ritual, Chico Xavier é sugado por uma nuvem brilhante, como se fosse sugado por um aspirador, rumo aos planos mais elevados do céu para ir trabalhar com Jesus e o Administrador do universo que é Deus. A nuvem se fecha e perde o brilho e o ritual se encerra, com Chico oficialmente transformado em assessor de Deus.
E na Terra, seus admiradores cantam louvores celebrando a chegada da mais nova divindade a cuidar de suas vidas como um padrinho celestial.
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