(Autor: Senhor dos Anéis)
Felizmente, começa-se a organizar, ainda que tardiamente, um movimento de contestação ao chamado "espiritolicismo", uma religião que se apropriava da doutrina de Allan Kardec para deturpá-la em moldes católicos. O número de seguidores não se compara ao "espiritismo à brasileira" difundido por Chico Xavier, mas felizmente não são tão poucos quanto se imagina.
É verdade que, recentemente, perdemos o grande batalhador José Manuel Barbosa, do programa Terceira Revelação, por ser um dos poucos que combatiam o "espiritismo" xavieriano com firmeza e sem meias palavras. Mas o movimento anti-espiritólico, a julgar pelos fóruns do Facebook, mostram que pelo menos existe um público significativo descontente com os delírios espiritólicos e atuante na recuperação das lições pesquisadas por Kardec.
No entanto, observa-se que alguns desses contestadores do espiritolicismo pecam pelo conservadorismo ideológico no que se refere a outros setores, como a política e a mídia. Há quem defenda um espiritismo mais espiritualizado e altruísta, mas que, estranhamente, é adepto de um capitalismo desumano e excludente.
Mas o que chama a atenção é uma certa credulidade que essas pessoas têm em relação ao que a mídia reacionária transmite. Principalmente a revista Veja, periódico da Editora Abril cuja decadência se torna evidente na medida em que, a cada semana, edições da semana anterior encalham em pilhas que chegam até mesmo a quinze exemplares.
De vez em quando, alguns desses contestadores do espiritolicismo indicam alguma reportagem de Veja, acreditando que a publicação ainda faz um jornalismo decente. A revista não faz bom jornalismo há muito tempo e até Millôr Fernandes, no final de sua vida, já havia encerrado sua coluna de humor descontente com os excessos reacionários da publicação.
Veja, aliás, tem posturas claramente contrárias ao perfil progressista que vemos também na figura de Allan Kardec. Veja condena os movimentos sociais, as organizações sindicais, comunitárias e institucionais, além de desrespeitar os movimentos indígenas e outros da mesma importância.
A revista Veja, nos últimos anos, ficou marcada por posturas antissociais intolerantes, pelo pedantismo em que publicava "reportagens" sobre saúde, seja como 'mershandising' de remédios caros, seja para promover mero sensacionalismo medicinal. Sua intolerância política chega a ser neurótica, e obsessiva é sua adoração o capitalismo, a ponto de tratar como "santos" especuladores financeiros e até mesmo um contraventor como Carlinhos Cachoeira.
Não por acaso, Carlinhos Cachoeira, o famoso bicheiro goiano, é amigo de um importante jornalista de Veja, Policarpo Júnior, da sucursal de Brasília. Aliás, não é só amigo, como Cachoeira já havia feito intervenção na pauta de Veja, sugerindo "reportagens" que desmoralizassem desafetos e poupassem aliados.
E se o espiritolicismo apresenta a figura tenebrosa do padre Emmanuel, "mentor" de Chico Xavier e de perfil muito autoritário e vingativo para ser tido como "espírito superior" (como é de praxe entre seus adeptos), a "confiável" revista Veja tem como seu astro principal o jornalista Reinaldo Azevedo.
Reinaldo escreve de forma furiosa e defende pontos de vista contrários ao interesse público. Pedante, cita referências literárias para se apoiar na sua incapacidade de argumentar com coerência e humildade. Arrogante, havia chamado o saudoso arquiteto Oscar Niemeyer de "meio idiota", dias após o falecimento deste, e Reinaldo não aceitou qualquer crítica, mesmo de leitores mais conservadores.
Portanto, são picaretas de lá e de cá que se apegam a interesses materialistas que os fazem irem contra o interesse público. Não há como combater o espiritolicismo e exigir a recuperação das bases científicas de Allan Kardec se dá crédito a uma revista que deprecia os movimentos sociais e vai contra os princípios de respeito ao próximo pregados pelas preciosas lições espíritas do professor lionês.
Kardec, com toda a certeza, nunca recomendaria a leitura de Veja.
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Felizmente, começa-se a organizar, ainda que tardiamente, um movimento de contestação ao chamado "espiritolicismo", uma religião que se apropriava da doutrina de Allan Kardec para deturpá-la em moldes católicos. O número de seguidores não se compara ao "espiritismo à brasileira" difundido por Chico Xavier, mas felizmente não são tão poucos quanto se imagina.
É verdade que, recentemente, perdemos o grande batalhador José Manuel Barbosa, do programa Terceira Revelação, por ser um dos poucos que combatiam o "espiritismo" xavieriano com firmeza e sem meias palavras. Mas o movimento anti-espiritólico, a julgar pelos fóruns do Facebook, mostram que pelo menos existe um público significativo descontente com os delírios espiritólicos e atuante na recuperação das lições pesquisadas por Kardec.
No entanto, observa-se que alguns desses contestadores do espiritolicismo pecam pelo conservadorismo ideológico no que se refere a outros setores, como a política e a mídia. Há quem defenda um espiritismo mais espiritualizado e altruísta, mas que, estranhamente, é adepto de um capitalismo desumano e excludente.
Mas o que chama a atenção é uma certa credulidade que essas pessoas têm em relação ao que a mídia reacionária transmite. Principalmente a revista Veja, periódico da Editora Abril cuja decadência se torna evidente na medida em que, a cada semana, edições da semana anterior encalham em pilhas que chegam até mesmo a quinze exemplares.
De vez em quando, alguns desses contestadores do espiritolicismo indicam alguma reportagem de Veja, acreditando que a publicação ainda faz um jornalismo decente. A revista não faz bom jornalismo há muito tempo e até Millôr Fernandes, no final de sua vida, já havia encerrado sua coluna de humor descontente com os excessos reacionários da publicação.
Veja, aliás, tem posturas claramente contrárias ao perfil progressista que vemos também na figura de Allan Kardec. Veja condena os movimentos sociais, as organizações sindicais, comunitárias e institucionais, além de desrespeitar os movimentos indígenas e outros da mesma importância.
A revista Veja, nos últimos anos, ficou marcada por posturas antissociais intolerantes, pelo pedantismo em que publicava "reportagens" sobre saúde, seja como 'mershandising' de remédios caros, seja para promover mero sensacionalismo medicinal. Sua intolerância política chega a ser neurótica, e obsessiva é sua adoração o capitalismo, a ponto de tratar como "santos" especuladores financeiros e até mesmo um contraventor como Carlinhos Cachoeira.
Não por acaso, Carlinhos Cachoeira, o famoso bicheiro goiano, é amigo de um importante jornalista de Veja, Policarpo Júnior, da sucursal de Brasília. Aliás, não é só amigo, como Cachoeira já havia feito intervenção na pauta de Veja, sugerindo "reportagens" que desmoralizassem desafetos e poupassem aliados.
E se o espiritolicismo apresenta a figura tenebrosa do padre Emmanuel, "mentor" de Chico Xavier e de perfil muito autoritário e vingativo para ser tido como "espírito superior" (como é de praxe entre seus adeptos), a "confiável" revista Veja tem como seu astro principal o jornalista Reinaldo Azevedo.
Reinaldo escreve de forma furiosa e defende pontos de vista contrários ao interesse público. Pedante, cita referências literárias para se apoiar na sua incapacidade de argumentar com coerência e humildade. Arrogante, havia chamado o saudoso arquiteto Oscar Niemeyer de "meio idiota", dias após o falecimento deste, e Reinaldo não aceitou qualquer crítica, mesmo de leitores mais conservadores.
Portanto, são picaretas de lá e de cá que se apegam a interesses materialistas que os fazem irem contra o interesse público. Não há como combater o espiritolicismo e exigir a recuperação das bases científicas de Allan Kardec se dá crédito a uma revista que deprecia os movimentos sociais e vai contra os princípios de respeito ao próximo pregados pelas preciosas lições espíritas do professor lionês.
Kardec, com toda a certeza, nunca recomendaria a leitura de Veja.
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OBS de Kardec McGuiver: Apesar de coerentes no combate as deturpações presentes no que se convencionou a chamar de "Espiritismo" brasileiro, muitos "verdadeiros" espíritas demonstram total falta de sintonia com a doutrina no que se diz a outros assuntos, principalmente na política, onde preferem andar na contramão de Kardec, defendendo um mundo mais excludente, egoísta e conservador, além de confiar em instituições e meios de comunicação de caráter manipulador.
Uma incoerência com o combate ao Espiritolicismo chiquista, este sim, alucinado e simpatizante da caridade ao mesmo tempo estereotipada e paliativa, que não resolve nada e mantem os excluídos aonde sempre estiveram.
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