Pular para o conteúdo principal

2012, o ano em que eu deixei de ser enganado: O Espiritismo brasileiro é uma farsa!

(Autor: Marcelo Pereira)

A coisa mais legal que aconteceu este ano é que eu finalmente me libertei de toda essa enganação que é conhecida como Movimento Espírita brasileiro. Bem que eu estranhava a ausência do lado científico (presente nos primórdios kardecianos) em sua prática. Agora eu entendo o porquê.

Tudo começou em Março deste ano - curiosamente no mês de meu aniversário - e seu auge se deu em Maio, no aniversário dos 20 anos de realização do "Culto ao Evangelho no Lar", que decididamente pulei fora. Kardec não recomenda rituais, enxertos de outras religiões.

 Em Março, quando eu, por curiosidade, fui procurar vários textos espíritas na rede, para ver se achava alguma coisa mais científica. Aí me deparei com um tal de "Roustaing". Fui saber mais dele e fiquei horrorizado. O Horror piorou quando eu descobri que a FEB e "espíritas" renomados eram discípulos desse picareta que tentou acabar com o ideal kardeciano.

Ao descobrir Roustaing, que defendia que Cristo não tinha corpo e que os seres humanos reencarnavam em lesmas, muita coisa acabou sendo descoberta junto. Sem me alongar muito aqui, digo que descobri que o que se conhecia como "Espiritismo" brasileiro é uma farsa, por não estudar Kardec com a devida atenção, colocando o nome dele apenas como "atestado" para as bobagens e pieguices difundidas por médiuns prestigiados. Um aviso: médium não foi feito para ser "líder" e sim mero intermediário para pesquisas sobre o mundo espiritual. Isso já é um grave erro que só desmoraliza o movimento no Brasil.

Aliás, por causa de um simples homem, Chico Xavier, um católico que nunca abandonou a sua crença, que só por ter uma capacidade de comunicação espiritual em boa qualidade, foi tomado pela FEB como "líder", obrigando-o a de modo escravista a psicografar muitos livros, além de sua capacidade física e a doar os direitos de venda a FEB, que enganou a todos dizendo que o dinheiro iria para os mais pobres. Tudo isso com a ajuda de espíritos mal intencionados, sobretudo o maligno Emmanuel, subjugador de Xavier, que era confundido pelos incautos como "anjo da guarda" do médium, quando na verdade era o seu "senhor absoluto", o pior dos obsessores. 

Xavier era muito ingênuo. Difundiu os erros, não por maldade, mas por acreditar nesses erros. Não tinha - e nem queria ter - vocação para líder. Era honesto, pois se considerava um mero "carteiro". O que faltou ao médium ou aos que o cercavam, analisar cientificamente cada psicografia, verificando a sua origem e as características do espírito ditante. Nada foi feito e publicou-se essas obras enganando a todos, com a inocente concordância de Xavier, desviando cada vez mais do objetivo original de Kardec, embora se utilizasse do nome deste como uma espécie de atestado ou grife. 

Chegou-se ao cúmulo de dizer que Xavier e Kardec eram a mesma pessoa. Um absurdo, pois Xavier, mais recente que Kardec, tinha uma evolução espiritual muito inferior ao do cientista francês. As personalidades eram muito diferentes. Para que Kardec reencarnasse em Xavier, o francês deveria ter regredido espiritualmente. Todas as evidências provam que isso é impossível, embora a maioria dos seguidores de Xavier goste de acreditar nesta farsa, por achar que Kardec escolheu o Brasil. Puro ufanismo barato e materialista (patriotismo é um sentimento materialista, pois espírito não tem pátria).

Kardec, no fundo, é um grande desconhecido dos brasileiros. Reduzido a mero atestado, o professor francês pouco ou nada é estudado. Os brasileiros, quando leem alguma obra de Kardec, leem como se fosse um romance, já que estão acostumados a ler obras desse tipo, escritas por obsessores dos médiuns psicógrafos. Mas estudo, a análise e o confrontamento das obras psicografadas com a teoria kardeciana, não existem para os que se dizem "espíritas" no Brasil. A doutrina foi reduzida a pura fé cega.

Além disso tudo, descobri que o "Espiritismo" brasileiro é uma colcha de retalhos, uma gororoba sincrética que tem muita coisa de outras religiões, sobretudo do Catolicismo. Por isso o nome dado a essa gororoba pelos que querem retomar as origens kardecianas: Espiritolicismo.

E descobrindo isso tudo, fui confirmar estudando com atenção as obras de Kardec, sobretudo o Livro dos Médiuns, que desmascara muitas coisas. Especialistas dizem que se o Livro dos Médiuns fosse estudado com dedicação e seriedade, 90% de tudo que é publicado em nome da doutrina ia direto para o lixo.

E se vocês acham que eu estou "obsediado" em afirmar isso tudo? Nada! Me sinto cada vez melhor, mais responsável. Desisti do suicídio, vivo sorrindo e cantando e trabalho e estudo com uma dedicação que não possuía antes. Fiquei livre das más influências que, disfarçadas de boas, ditam todas as regras que acabaram como tudo isso que está aí: pura pieguice, recusa em estudar e fé cega em um altruísmo frouxo e paliativo. Nada que realmente transforme o ser humano para melhor.

O Movimento Espírita brasileiro se transformou numa religião igrejista, dogmática e "salvadora", exatamente como todas as outras, se baseando em ficção para iludir as massas e oferecer falso bem estar que não passa de uma fuga para quem tem medo ou preguiça de enfrentar a realidade.

Este ano de 2012 vai ficar como um marco para mim. Agora estou pronto para minha evolução espiritual. Há muito caminho a andar, mas graças ao entendimento de Kardec e ao desprezo aos seus supostos "discípulos" brasileiros, tenho certeza que seguirei o caminho mais correto e seguro.

2012, o ano em que decidi não ser mais enganado por espíritos farsantes, seus médiuns tolos e as ilusões difundidas por todos eles. Disso tudo, estou livre.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um