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A deturpação espiritólica retoma fôlego

(Autor: Profeta Mentalista)

No Brasil, uma ideia para ser considerada verdadeira pelas pessoas menos discernentes tem que se encaixar em três situações:

- Defendida por ampla maioria de pessoas
- Defendida por pessoas de fama, prestígio e posição sócio-profissional
- A ideia deve ser aceita e difundida por um tempo muito longo, consagrada pelos costumes.

E o Espiritolicismo, forma deturpada do Espiritismo, lançada pela FEB e defendida por médiuns e espíritos de "prestígio", ainda não deu sinais de que irá cair. Sua popularidade se estagnou, mas nem por isso se enfraquece. Controlada e regulamentada por espíritos de padres que controlaram a "santa" inquisição, o "Espiritismo" à brasileira ainda se mantém forte, já que muitos seguidores, presos na zona de conforto igrejista da mesma, se recusam a contestar as deturpações, acreditando ser da "vontade Divina" todo o procedimento que se envolve durante a deturpação.

Para piorar ainda mais a situação, muitos contestadores do Espiritolicismo, apesar de tentarem aderir ao bom senso original definido na codificação, preferem manter o caráter igrejista da mesma, já que ainda anseiam por uma religião "espírita" bem aos moldes do que se vê no Catolicismo e nas seitas Evangélicas. Se esquecem que Kardec queria mesmo é fazer uma ciência que estude aquilo que não está na matéria. Toda e qualquer tentativa de transformar o Espiritismo em uma seita religiosa é enxerto.

Essa vontade de dar caráter religioso a doutrina soa como uma recusa em romper com o Espiritolicismo, fazendo a alegria dos espíritos zombeteiros que a tomaram  para fazerem o que der e vier, impedindo a evolução intelectual da humanidade. Até mesmo a necessidade de ser "polido" e "respeitoso" como os espiritólicos denuncia uma certa passividade pró-espiritólica.

Não sei até onde vamos. Só sei que está tudo errado. Os devotos de Bezerra, Chico, Divaldo e seus mentores, ainda agem para que tudo seja mantido como está, num igrejismo alucinógeno temperado por um altruísmo inerte, que conforta, mas não melhora. Transformaram o Espiritismo numa grande zona de conforto e se não tivermos a coragem de enfrentar com rigidez toda essa deturpação, lamento dizer: o trabalho de Kardec foi em vão.

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