(Autor: Kardec McGuiver)
Chico Xavier parece muito maior do que realmente é. Graças a atuação publicitária da FEB e de parcerias com a mídia oficial, foi construído com muito sucesso uma imagem falsa do médium que era católico, nunca quis ser espírita e que ajudava muito pouco aos outros, fazendo apenas o que e e você somos capazes de fazer. Além de caro, cometer muitos erros por negligência, pois nunca estudou de fato a Doutrina Espírita do qual é erroneamente considerado seu maior líder.
Xavier surgiu como um Zé Ninguém. Verdade, tinha a capacidade de se comunica com os mortos. Mas isso não faz de ninguém uma pessoa boa. Pelo contrário, sem o estudo devido, a mediunidade pode ser extremamente nociva, pois há alto risco de atração de espíritos mal intencionados, como aconteceu com Xavier e o seu falso mentor Emmanuel, que na verdade era seu obsessor e tinha não apenas segundas intenções mas centésimas, milésimas intenções.
Xavier nunca foi de fato bondoso. Era simpático e cordial. Muita gente confunde isso com bondade. Se pararmos para pensar, isso não tem nada demais. Ninguém é melhor que o outro só porque consegue desejar "bom dia" até para desafetos.
E a ajuda filantrópica. Se o que falam da filantropia "imensurável" e "incomparável" de Chico Xavier fosse verdadeiro, as mudanças resultantes de sua suposta capacidade altruísta seriam escancaradas. Mas se observa o contrário, o que leva a crer que Xavier veio justamente para fazer o oposto: deixar o Brasil do jeito que está.
Aliás, como definir como"infinitamente bondoso" um cara que vivia dizendo que deveríamos aceitar o sofrimento com silêncio e alegria? Somente a fé cega pode explicar porque muitos ainda elegem o falso filantropo como "homem mais bondoso da Terra".
Fé cega porque se recusa a verificar se o que dizem do médium e verdade ou não, confiando excessivamente na mitologia construída em torno dele. Interessante que mentiras positivas nunca são questionadas. Para muitos parece mais salutar acreditar nas lindas mentiras contadas sobre Chico Xavier do que na triste verdade da realidade em que ele se encontrava.
Porque a mitologia construída em torno de Chico Xavier tinha dois objetivos:
- Tentar apagar as acusações de charlatanismo;
- Alavancar as vendas dos livros "psicografados" pelo médium.
Sobre isso, temos que dar explicações:
Xavier era de fato um médium. Mas como não estudou o Espiritismo, além e não saber usar de maneira correta e responsável a mediunidade, não o era 24 hora por dia. Havia momentos que a "antena pifava". A falta de tempo, somada a obrigação de lançar livros (ordem de Emmanuel, o espírito "trevosos" que o dominava), fazia com que Xavier tivesse que forjar psicografias e comunicações, pois apesar de ser um ato de humildade (?!), admitir que não estava nas condições de "receber espíritos" ia contra a mitologia de "médium infalível" associada a ele.
E nem venham me dizer que os livros tinham que ser publicados porque "se convertiam em ajuda aos mais necessitados". Nunca se viu de fato a "imensa" ajuda feita pela imensa venda dos livros assinados pelo médium. Os livros vendem barbaridades ate hoje (apesar do conteúdo confuso e anti-doutrinário). Se com esta venda toda, o Brasil não conseguiu eliminar seus problemas, tem alguma coisa errada com a mitologia da "caridade incomparável" atribuída a Xavier. Alguém recebe pelos livros. Se não o próprio Xavier, alguma das lideranças da FEB é sustentada pelas vendas.
Mais uma vez: só a fé cega pode ser depositada em Chico Xavier. Somente a falta de conhecimento pode eleger um homem que fez caridade apenas paliativa, que era médium irresponsável e pedia para "sofrermos com alegria", como "o homem-amor". Isso além de ter recusado a dor órgãos após a sua morte e de apoiar explicitamente a ditadura militar, sem reprovar torturas e todo tipo de atrocidade e censura. Para quem acha que estou mentindo, assistam a entrevista que ele deu no extinto programa de talk show Pinga Fogo, em 1971, no auge da pior fase da ditadura militar. Quem acredita no mito da "bondade infinta" do médium vai se arrepiar.
Quem tem lógica e observação responsável sabe muito bem que o mito "Chico Xavier" foi construído artificialmente. É necessário livrarmos desta fé cega e reconhecer que o médium fez mais mal do que bem. Se o Espiritismo, com seu poder transformador, tivesse sido seguido na sua originalidade kardeciana, sem a intromissão de Bezerras, Chicos, Divaldos e quejandos, os problemas de nossa sociedade teriam acabado, sem a caridade paliativa ensinada pela deturpação doutrinária, que mais serve para engolir problemas do que para eliminá-los.
Definitivamente: Chico Xavier, o mito que a fé cega de seus admiradores incautos consagrou.
Comentários
Postar um comentário