(Autor: Profeta Gandalf)
O Espiritismo foi originalmente codificado por um cientista, um estudioso da Educação que também atuava em outras áreas, como Línguas , Física e Matemática. Um homem que defendia a pesquisa e a verificação de informações para se chegar a qualquer tipo de conclusão.
O Espiritismo foi originalmente codificado por um cientista, um estudioso da Educação que também atuava em outras áreas, como Línguas , Física e Matemática. Um homem que defendia a pesquisa e a verificação de informações para se chegar a qualquer tipo de conclusão.
Mas num certo país, acostumado com o medieval domínio religioso que manipula os seus habitantes até mesmo quando o assunto não é religião, resolveu pegar essa doutrina, criada de maneira científica e deturpar tudo, enxertando a emotividade como atributo exclusivo e jogando literalmente no lixo todo o trabalho de um cientista, que só é lembrado na hora de "autenticar" essas práticas postiças de puro pieguismo.
Kardec, para os espíritas brasileiros, se tornou apenas uma grife. Um modo de legitimar os enxertos que são colocados de maneira irresponsável pelos seguidores da doutrina, que infelizmente não conhecem a obra do Mestre Lionês, por considerar difícil de ler, preferindo romances com histórias fictícias, que são infelizmente tratadas como "teoria espírita" pelos incautos que se recusam a pesquisar os livros da codificação.
Para piorar, Kardec é usado como "escudo" por esses incautos que, preferindo a fé cega que eles não consideram cega, quando são criticados por alguém mais esclarecidos, destilam a sua raiva de modo "doce", usando o nome do codificador que eles nunca leem, para defender os pontos de vista absurdos que eles acreditam.
Espiritismo brasileiro é puramente dogmático
No Brasil, o Espiritismo acabou se tornando uma gororoba de fantasias emprestadas de outras doutrinas e filosofias nada racionais. Rituais católicos, protestantes, misticismo oriental, práticas esquisitas, personalidades de outras crenças, santos, padres, freis, "irmãos", muita coisa estranha vem sendo colocada no movimento espírita com a desculpa esfarrapada de"complementação", mesmo que sejam todas negadas nas obras escritas por Kardec. Essa pseudo-complementação acabou dando um caráter puramente dogmático aquilo que deveria ser científico e filosófico.
Aliás, Kardec nem mesmo é o nome considerado mais importante do Espiritismo brasileiro, já que o responsável pela codificação só é lembrado como se fosse um "cartório" para legitimar ideias falsas.
Para os brasileiros, o maior espírita foi Chico Xavier, um simples médium (nas palavras do próprio - que os seguidores entendem como "humildade" mas na verdade eram declarações fatídicas), um "carteiro que entregava cartas", com qualidades morais iguais a muitos seres humanos bondosos.
Mas a FEB e seu seguidores quiseram transformar um bondoso "carteiro" em guru, em líder máximo da doutrina, a ponto de achar que era o próprio codificador reencarnado, o que as evidências inquestionáveis mostram que é um absurdo. Como um ingênuo médium, dominado por uma instituição (a FEB) e por espíritos católicos (Padre "Emmanuel" da Nóbrega, André Luiz) pode ser a reencarnação de um pesquisador questionador (que aliás tinha ponto de vista oposto ao dos espíritos que gerenciavam o pensamento do médium brasileiro)? Nunca!
Chico era bondoso? Era. Mas isso é uma obrigação de qualquer um. Isso não deveria fazer de um simples médium um "semi-deus", como acontece no Brasil, a ponto de seus admiradores - chamados pejorativamente de "Chiquistas" - se inquietarem desesperadamente em defesa do médium.
"Esqueçam a evolução intelectual. legal mesmo é a evolução moral", defendem
Os equívocos que existem em nome da doutrina acabaram gerando um enorme estrago, já que inúmeros centros pelo país, acabavam por adotar e difundir estes enxertos como se fossem parte da doutrina.
Mas o pior mesmo, foi abrir mão, integralmente, do caráter científico da doutrina, sobrando apenas o rótulo, como meio de dar "seriedade" a credulidade praticada pelos seus seguidores.
A priorização da emotividade, da "bondade" ( não o verdadeiro altruísmo, mas a "bondade" do moralismo católico, bom lembrar), da evolução puramente moral, se tornam cada vez mais fortes para os seguidores brasileiros da doutrina, se tornando o ponto básico da versão brasileira - e sincretizada - da mesma.
Até mesmo as defesas feitas pelos seguidores de Xavier, enfatizam o caráter moral do médium, quando na verdade as críticas são pela ausência de cientificismo em seu trabalho. É aquela coisa: os críticos defendendo o intelecto, os chiquistas defendendo a pura moral, estes achando que o intelecto está embutido na moral, quando na verdade - e os livros de Kardec falam nisso várias vezes - moral e intelecto são aspectos bastante diferentes, masque devem co-existir na mesma medida, para garantir o verdadeiro equilíbrio mental de qualquer pessoa.
Mas infelizmente, vemos o aspecto intelectual se enfraquecer. Todo o esforço e trabalho de Kardec jogado na sarjeta, em troca de uma literatura fantástica que quer vender genéricos de "O Mágico de OZ" como se fossem teses científicas da doutrina.
Triste ver livros e outras obras que se fazem em nome da doutrina, se limitarem a mensagens de "paz, amor e esperança", quando na verdade a doutrina é muito mais do que isso. Não sabem o seguidores que uma maior racionalidade, questionamento e até a contestação, que leva a análise daquilo que nos chega, é o que vai garantir um futuro mais próspero a todos, pois raciocinando melhor, entendemos como funciona as coisas e fica mais fácil achar uma solução real - não mística, como todas as religiões pregam - para os problemas que nos cercam.
Enquanto estivermos preocupados com meras mensagens de "paz, amor e esperança", vamos continuar com o mundo do jeito em que estrá, como todos os problemas sem solução e com uma fé cega tão ilusória e nociva que qualquer narcótico vendidonas bocas de fumo que existem por aí.
A verdadeira liberdade é dada pelo raciocínio, pela análise daquilo que nos chega e pela recusa em aceitar qualquer coisa "bondosa" como sinônimo de verdade absoluta, não deixando que o prestígio de quem quer que seja sirva de prova de defesa de ideias absurdas.
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