(Autor: Laudelino José)
É com muito pesar que escrevo sobre os rumos do Espiritismo no Brasil, que parece que preferiu virar um outro Catolicismo. Que as religiões se moldem no Catolicismo para fazer seus dogmas e ritos, tudo bem, mas as demais seitas sempre buscam alguma variedade, alguma diferença.
Os espíritas, não. Pelo contrário. Eles usam a doutrina de Allan Kardec para se afastar dele e se aproximar do Catolicismo propriamente dito, reciclando até formas medievais, acolhendo a Teologia do Sofrimento que havia sido esquecida se não fosse o distinto senhor Francisco Cândido Xavier. Pois foi esse senhor, conhecido popularmente como Chico Xavier, que resgatou dos escombros medievais essa ideologia, que lá fora está associada à senhora Madre Teresa de Calcutá, que faz apologia à desgraça humana como forma de apressar o caminho para os céus.
Isso é de uma leviandade muito grande. Se autoprejudicar na pressa de alcançar o paraíso, furando a fila da evolução humana! E isso quando, de forma bastante irresponsável, se inventam paraísos à maneira das paixões materialistas, as fantasiosas colônias espirituais que mais parecem cenário de ficção científica ruim. Creio que nem os filmes B de invasões alienígenas e naves espaciais chegariam a tanta tosqueira como a dos livros espíritas!
Tão materialista é esse espiritismo que isso traz até energias confusas para a vida das pessoas. Meu filho, por exemplo, um sujeito diferenciado, gentil, decente, que nunca se apegou a futilidades materiais e conseguia atrair, para a vida amorosa, moças distintas que se afinavam com a personalidade dele, foi só ele se tornar espírita para a coisa virar de cabeça para baixo.
De repente moças que poderiam ser suas namoradas desapareciam uma a uma do seu caminho e o rapaz passava não só a ser paquerado por "periguetes" fúteis como a ser assediado por elas, que se aproximavam no seu caminho a ponto de serem vistas por ele todo santo dia! Que energia espiritualista é essa que leva uma pessoa a estar no acesso a pessoas apegadas a gozos tão fúteis, e atrair para si gente que não tem nenhuma afinidade?
Temos que dar um jeito nesse Espiritismo hipócrita no Brasil, que não tem nada de Allan Kardec, apesar de seus cavalheiros e damas tanto defenderem o "respeito rigoroso" ao ilustre acadêmico de Lyon. Isso porque o que reina nessa religião é a hipocrisia, a dissimulação, o fingimento, gente com preguiça de se assumir católica e que usa de uma outra doutrina por oportunismo e buscando vantagens pessoais.
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