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A bajulação dos deturpadores aos espíritas autênticos

(Autor: Equipe Dossiê Espírita)

Nada como um deturpador igrejeiro do "movimento espírita" sair bajulando e exaltando os espíritas autênticos. Não bastassem as bajulações um tanto tendenciosas a Allan Kardec e seus espíritos relacionados - de Jesus de Nazaré a Erasto - , as adulações envolvem também espíritas brasileiros autênticos, como José Herculano Pires e Deolindo Amorim.

Na crise em que vive o "espiritismo" brasileiro, não são poucos os "médiuns" e os palestrantes que deturpam o Espiritismo a correr para o barco adversário, como piratas que migram para o navio inimigo. Assim, tentam "exaltar" a sabedoria e a coerência dos autênticos batalhadores da Doutrina Espírita, como se isso representasse um serviço exemplar para a propagação do verdadeiro Espiritismo.

Mas não é. A bajulação a Herculano, Deolindo, Carlos Imbassahy e outros não é garantia que o deturpador aprendeu realmente a lição e vai se tornar "espírita para valer". A aparente confraternização esconde, sob a beleza do seu discurso e a aparente pureza de seus gestos, objetivos bastante levianos de arrivismo e até de vínculo com causas que lhes são contrárias.

Quantas vítimas dessa adulação viscosa, essa baba de ovo, essa saliva escorrendo pela boca, de pessoas que deturpam o sentido de fraternidade, pregando uma espécie de "fraternidade para mim mesmo", na qual se exalta todo mundo que representa algo positivo e avançado para se obter vantagens pessoais e estabelecer vínculo com as personalidades realmente valiosas que passaram pela Terra.

Quantos bajuladores baratos se escondem em livros, palestras e títulos tão nobres. No "espiritismo" brasileiro, abrigo para tantas mentes medíocres, trapaceiras e canastronas, tantos são os que bajulam todo mundo que estiver ligado a algo positivo. Há aqueles que bajulam até mesmo Ernesto Che Guevara e Jimi Hendrix, talvez para causar impressão no público mais jovem.

Ah, quanta falta de observação de muitos brasileiros, iniciantes, leigos ou mesmo habituais no "espiritismo" brasileiro, de quantas incoerências existem em muitos palestrantes, em parte "médiuns", em outra parte apenas pretensos intelectuais, que com seu balé de palavras bonitas veiculam ideias que se chocam entre si, sendo capazes de escrever uma coisa num texto e outra completamente diferente em outro.

Quantos bajuladores arrancam aplausos com suas belas palavras! Ah, que veneno pode representar um elogio vindo de um bajulador barato, ferindo mais do que uma maledicência aberta! Quantos traidores não estão por trás daqueles que apertam a mão de pessoas de perfil mais avançado, dando-lhe os mais elaborados louvores verbais, para depois apunhalá-los pelas costas praticando ideias contrárias as dos bajulados.

Os brasileiros não observam isso com cautela e aceitam que escritores e palestrantes "espíritas" digam uma coisa num momento e outra depois. Num momento, ficam com o cientificismo de Kardec e juram fidelidade absoluta. Num outro momento, o traem com igrejismo extremado, e ficam com os deturpadores que usam a "caridade" como escudo para seus trabalhos de catolicização do Espiritismo.

Quanta podridão há nos bastidores do "movimento espírita". Quantos roustanguistas de carteirinha se dizem "absolutamente fiéis" a Kardec. Quantos exércitos de palavras são feitos para mostrar o bom mocismo dos deturpadores, que pensam que se pode falar em "caridade" e "fraternidade" para legitimar ideias contrárias à Codificação.

Diante desse esforço hercúleo dos Golias da palavra, dos Constantinos da fé a pregar mistificação, o "espiritismo", que tanto se gaba em "valorizar o Conhecimento", ainda condena o questionamento aprofundado, que tão levianamente define como "falta de perdão", usando expressões fortes como "tóxico do intelectualismo" para esconder seu medo de ser questionado.

Pois Kardec, que aceitava o debate e a controvérsia, nunca aprovaria esse engodo doutrinário, essa "lavagem de porco" a que se reduziu o "espiritismo" no Brasil, misturando igrejismo e cientificismo, ideias fantasiosas e outras realísticas, teorias mediúnicas corretas com mediunidade fake, e pregando a Teologia do Sofrimento sem assumir no discurso essa teoria medieval. O amor não pode proteger a hipocrisia.

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