Pular para o conteúdo principal

"Espiritismo" e a analogia da consulta médica

(Autor: Equipe Dossiê Espírita)

O seguinte texto pode esclarecer como reagem os "espíritas" brasileiros em relação ao sofrimento humano.

Um paciente no consultório médico faz sua queixa de uma grave doença que lhe causa dores insuportáveis. Ele recorreu ao doutor confiante de que pudesse obter alguma receita ou remédio para cura, e por isso estava ali na sua exposição.

- Eu não consigo andar, de tanta dor!! Não consigo fazer as coisas do dia a dia, mas também tenho dificuldades para descansar. Perco o sono todas as noites, diante da dor que eu sinto, preciso de sua ajuda para me dar um remédio para a cura. Faço todas as recomendações que o senhor lhe der.

O médico, porém, responde com uma pergunta:

- Amigo, eu acho que você deve conviver com a dor. Deve aceitá-la, talvez até gostar dela, e ter paciência o máximo que puder.

- Como assim, doutor? Eu peço a cura e tento me esforçar para aguentar as dores que sinto agora, com a força da minha mente para evitar gemer, e você me diz para eu gostar da dor?

- Meu amigo, isso é um desafio que você tem que ter. Se eu curar você da doença, como é que você irá aprender com a vida?

- Eu estou deixando de fazer até as coisas mais desafiadoras, doutor! Só estou sentindo dor! Até as coisas mais simples estou tendo dificuldade para fazer! Perco sono toda noite!

- Já reservou um tempo para preces?

- Olha, doutor, faço preces o tempo inteiro. Digo sempre para Jesus me ajudar a suportar a dor, mas a coisa é difícil, é angustiante. Nem dá para mentalizar direito, com tanta dor no corpo!

- Amigo, confie e tenha paciência. Aguente a dor. Aguente quantos anos forem necessários. Se morrer, é porque você recebeu o abraço de Deus.

- Mas eu sinto dor. Eu gastei transporte e reservei um tempo para sua consulta, para você dizer para eu aceitar a dor até não se sabe quando, ou talvez até o fim da vida? E acha que vou perder essa vida, na qual eu nasci para alguma missão, assim de bandeja, jogando a vida no lixo?

- Entenda, amado amigo. Sua missão é sentir dor, que irá moldar sua alma. Se eu lhe desse a cura, como você se comportaria com isso?

- Eu me comportaria bem, seria feliz e prestativo, faria todo tipo de atividade, não teria medo de desafios, aprenderia a vida da melhor forma.

- Por que você não faz tudo isso sentindo dor? Veja o céu azul, os pássaros cantando, o rio mantém seu curso mesmo com os gritos de dor e os conflitos das espécies.

- Por que está me dizendo isso?

- Veja bem. Todos sentem os piores flagelos e a Terra gira, as flores nascem, crescem e morrem, os passarinhos voam e os belos ruídos da Natureza ressoam harmoniosamente.

- Mas eu sinto dor. Como é que posso me relaxar para ver o céu azul e os passarinhos? Meu corpo sofre de intensa dor.

- Mude seus pensamentos que a dor logo sai.

- Não dá. É orgânico. Tento mentalizar o fim da dor e ela só se agrava. Só para andar até aqui tive dificuldades, e ainda vim de longe, pegando mais de um ônibus!

- Meu amigo, tenha paciência e fé em si mesmo...

- Não posso. Tentei tudo. Que médico é esse que tem a cura nas mãos mas prefere que eu fique aguentando a dor? Depois eu critico o seu trabalho e o senhor não gosta e sai chorando. Se eu soubesse a sua resposta, nunca teria vindo aqui. Teria ficado em casa convivendo com a dor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um