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"Fraternidade" do joio com o trigo?

(Por Fabiano Cardoso Mota, via e-mail)

O Espiritismo que a gente vê no Brasil me causa revolta, por insistir num igrejismo mascarado pelo mesmo papo de "entender Kardec". Os mesmos caras que praticam a vaticanização da Doutrina Espírita se arrogam em condená-la, falando mal daquilo que eles mesmos fazem.

As contradições do Espiritismo se tornam tão grandes que a crise agora aumenta e se agrava, causando o esvaziamento dos centros espíritas e o enfraquecimento da doutrina, que na verdade não foi coisa nenhuma do que se apresenta aos iniciados. Aquela fachada de "doutrina do amor", "religião despretensiosa" e aquela falsa estrutura de simplicidade, altruísmo e simplicidade revela uma alcateia de mistificadores famintos com a ascensão social, através de uma auto-divinização hipócrita e enganadora.

Agora os espíritas falam em "termos que ser fraternos". A gente viu esse filme. Esquecer as diferenças, ler melhor Kardec e praticar a caridade (de preferência aquela que ajuda pouco os pobres para não tirar "demais" dos ricos), e todo aquele apelo cheio de corações, flores, crianças sorrindo etc. Fizeram tudo isso e as diferenças não desapareceram, os conflitos nunca sumiram.

Na verdade, é tudo um bando de roustanguistas babando o ovo em Kardec e prometendo uma "fraternidade" da complacência ao erro, que apenas mascara os conflitos, contradições, fraudes, mentiras e outras intrigas que emporcalham o trabalho do mestre Kardec. E isso incluindo os "médiuns" que vivem no culto à personalidade, usando a "caridade" apenas para alimentar a adoração cega e fanática que muitos têm em relação a estes mistificadores, que despejam seus fakes do além-túmulo para fazer propaganda religiosa.

E aí vale tudo. Oscar Niemeyer catolicizado, Raul Seixas debiloide, Humberto de Campos igrejeiro, Auta de Souza masculinizada, Olavo Bilac sem o talento poético de antes, todos pregando o igrejismo medieval, dizendo o quanto sofrer é lindo, pensando não mais como eles mesmos, mas como o "médium" do momento, revelando o quanto de fraudes existem nessas mensagens supostamente espirituais em que até a assinatura leva a caligrafia do "médium".

Seremos "fraternos" assim? E ainda misturando o joio roustanguista com o trigo kardeciano? Criando florestas de árvores frondosas mortas pelo parasitismo das ervas daninhas? Que fraternidade é essa em que o deturpador toma as rédeas, fingindo tolerância com os espíritas autênticos? Essa farsa do Espiritismo no Brasil só consegue fazer agravar mais e mais a crise, por causa de suas intermináveis contradições e erros que não devem ser subestimados, pelo seu mais alto grau de gravidade e prejuízos causados.

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