(Autor: Professor Caviar)
A idolatria a Francisco Cândido Xavier é sinal de espiritualismo, de desapego à matéria, de pureza da alma? Não. Observando as reações das pessoas às críticas feitas a Chico Xavier e notando as suas paixões em favor da imagem "bondosa" do suposto médium brasileiro, a constatação na verdade é oposta.
Os seguidores de Chico Xavier demonstram estarem apegados à sua imagem de "velhinho frágil e doce", e o que isso significa é uma abordagem puramente materialista, e mesmo os gestos e a índole se sujeitam a essa ideia materializada de "bondade e humildade humanas".
Portanto, os seguidores de Chico Xavier são as pessoas mais materialistas que existem na face da Terra. Em materialismo, superam até mesmo os mais fanáticos comunistas. Isso porque os chiquistas não toleram críticas nem questionamentos, querem ver Chico Xavier intocável, como uma estátua que não deve ser tocada nem atacada.
Os defensores de Chico Xavier o veem como um totem inabalável. E o pior é que eles se revestem de todo tipo de verniz social: kardecianos "autênticos" mas pouco questionadores, ateus com menor grau de firmeza, esquerdistas sem muita convicção prática, agnósticos com algum deslumbramento religioso restante. Fora as pessoas que são realmente conservadoras.
Quando as críticas se dirigem a Chico Xavier por qualquer coisa, os defensores se armam e dizem coisas como "não é bem assim", "Chico errou, mas era bondoso", "Ele errou como espírita, mas ajudou muita gente" e tudo o mais. Sempre querem puxar a brasa para a sardinha de Chico Xavier, e no fim tudo fica na mesma.
É claro que os chiquistas nem sempre se entendem. Uns dizem que Chico Xavier tinha dons para profecia, ciência política, ciências gerais, filosofia, psicologia etc. Outros dizem que Chico Xavier era só um filantropo.
Uns dizem que Chico Xavier errou na mediunidade, e só acertou na caridade. Outros dizem que ele era um médium totalmente confiável. Uma torre de Babel é construída por aqueles que buscam o "Alto" endeusando Chico Xavier.
O motivo é sempre o mesmo: a imagem do "velhinho frágil, bondoso e gentil", aliado a outros paradigmas materiais de religiosidade. São imagens construídas mediante preconceitos terrenos a respeito de humildade, caridade e bondade humana. Um comportamento materialmente frágil, reação do espírito à fraqueza do corpo físico, com suas dores e limitações diversas.
Junte-se a isso os mitos conhecidos de santos e filantropos trazidos pelo imaginário católico, e se terá o mito materialista de Chico Xavier. O que conclui que o "médium" que falava tanto em "desapego à matéria" é objeto de tanto apego material de seus seguidores deslumbrados. É porque eles se apoiam nos estereótipos e simbologias puramente materiais que compõem a reputação de Chico Xavier, que no fundo nunca passou de um deturpador da Doutrina Espírita que mereceria o esquecimento.
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