(Autor: Profeta Gandalf)
Não tem jeito. Pelo que se observa, o mito de Chico Xavier e a sua influência na versão brasileira da doutrina ainda vão continuar por muitos anos. Mídia, seguidores e não seguidores ainda, ao ouvir falar na palavra "Espiritismo", a primeira imagem que lhes vem a mente é a de Chico Xavier. Os "espíritas" brasileiros se consideram kardecistas, mas de Kardec nada sabem, preferindo a sedução do mitológico médium mineiro, falecido em 2002.
Não tem jeito. Pelo que se observa, o mito de Chico Xavier e a sua influência na versão brasileira da doutrina ainda vão continuar por muitos anos. Mídia, seguidores e não seguidores ainda, ao ouvir falar na palavra "Espiritismo", a primeira imagem que lhes vem a mente é a de Chico Xavier. Os "espíritas" brasileiros se consideram kardecistas, mas de Kardec nada sabem, preferindo a sedução do mitológico médium mineiro, falecido em 2002.
Por isso mesmo, não me assumo mais como espírita, embora siga as orientações das pesquisas kardecianas e os estudiosos que tentam dissociar a doutrina desse chiquismo sincrético responsável por essa bagunça toda. A luta para dissociar é dura, pois o prestígio que o médium tem é enorme e bem sólido.
A FEB tem trabalhado muito, junto aos meios de comunicação, para manter vivo o mito do ingênuo médium, transformado (contra a vontade dele, vale lembrar) em "líder" da doutrina, mesmo indo contra o que Kardec pesquisou no século XIX, pois garante os lucros para a instituição, cuja maior parte não vai para a caridade, como todos pensam.
O grande problema é que esse chiquismo trabalha com a mesma fé cega que as outras religiões, com o agravante que é considerada uma fé raciocinada, o que de fato não é. Essa fé cega acaba atraindo pessoas carentes emocionalmente, a procura de uma divindade a fazer o papel de "babá" e resolver os problemas que o próprio fiel se recusa a resolver. Essa fé cega acaba fortalecendo a versão distorcida da doutrina.
Como combater isso? Complicado. Seria ótimo se eliminássemos definitivamente e sem chance de retorno, a influência de Chico Xavier e de seus discípulos, retomando o lado científico da doutrina. Mas como tem muita gente que se recusa a isso, cometendo a contradição de abrir mão da racionalidade, mesmo assumindo uma fé supostamente raciocinada, o jeito é pularmos fora do movimento chiquista e estudar Kardec isoladamente. Como dizia o saudoso José Manoel Barbosa: "se eles não querem ser passar de ano, passe você!".
Se a maioria quer ficar acreditando nas ilusões das colônias espirituais e nessa apalhaçada de acreditar que os brasileiros representam um "povo escolhido", ao morrer, todos os que acreditarem nisso terão uma surpresa que para elas não será nada agradável. Eu pelo menos estou tranquilo, pois não acredito nestas ilusões e vou "passar de ano", com nota bem alta. Quem viver (e quem não viver também) verá.
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