(Autor: Senhor dos Anéis, por e-mail)
É constrangedor ver um monte de pobres tristonhos se submeterem a essa idolatria religiosa barata. A imagem que vemos de Francisco Cândido Xavier, no seu complexo de superioridade dissimulado de pretensa unanimidade religiosa, é deplorável em todos os sentidos, exceto para aqueles que ainda se deixam levar pelas paixões religiosas.
Tanto pensamento desejoso glorifica Chico Xavier e o molda conforme as paixões de qualquer um. Dependendo do delírio de cada fiel, Chico pode ser de bolsonarista a marxista, dentro do apelo demagógico de que "Chico Xavier é patrimônio de todos". Não, não é. A liberdade religiosa, infelizmente, é usada pelo "espiritismo" brasileiro para que qualquer um faça o que quisesse. Virou a religião da permissividade, do jeitinho, da dissimulação, da mentira.
Construímos armadilhas no jardim florido do pensamento desejoso e não sabemos. O pensamento desejoso já é considerado uma das piores doenças do Brasil, porque temos hoje a "ditadura das convicções pessoais", a supremacia da fantasia sobre a realidade, onde a "verdade contundente" é quase sempre a mentira descarada que certos aventureiros da opinião pública querem impor nas redes sociais.
Nessa imagem de Chico Xavier recebendo pessoas pobres para um ritual de cumprimentos, vemos pobres tristonhos e melancólicos em ato de submissão a um ídolo religioso. Ninguém tem direito de usar o pensamento desejoso e alegar que isso é um ato de cumplicidade e fraternidade, porque o distanciamento hierárquico é explícito nesta imagem: Chico Xavier acima dos pobres, promovendo culto à personalidade que não condiz à função, originalmente intermediária, de um médium.
Mas no Brasil "médium" é mesmo uma farsa. Eles produzem mensagens fake porque não possuem competência para se concentrarem para chamar os mortos que deseja, e também não tem a sintonia vibratória para atrai-los para contato.
Pelo contrário, os espíritos do além-túmulo fogem dos "médiuns", ou melhor, anti-médiuns brasileiros ("anti-médium" é porque os ditos "médiuns" querem ser o "centro das atenções", não os intermediários entre vivos e mortos), porque lá fora eles sabem muito bem das mentiras que a Terra esconde com certa habilidade. O "lado de lá" não se engana muito fácil, não.
O ato acima é, realmente, condenável. Um bando de pobres que não melhoram realmente de situação e só recebem algumas sacolas de mantimentos e alguns donativos. Roupas velhas, alimentos de marcas ruins, donativos que, no caso dos alimentos, se esgotam em três semanas, e roupas com manchas fungos e furos, ou trajes fora de moda que são dados aos pobres com o mesmo espírito de descaso de quem joga um saco de lixo na lixeira de um prédio.
A imagem acima é condenável porque não traz alegria nem esperança. São pobres que não tiveram profundas transformações de vida. Pobres que receberam uma caridade fraca e meramente paliativa, um arremedo de ações que só fazem sentido em situações de calamidade pública. Dar sopinhas, donativos, roupas estragadas, arroz, feijão e macarrão de marcas baratas e ruins, isso tudo não pode ser visto como "transformar vidas".
A "caridade espírita" é uma grande farsa que só serve para fazer propaganda dos "médiuns" e serve de pretenso atenuante para seus atos deploráveis, como escrever obras fake tidas como de autoria dos mortos - apesar de destoar de aspectos pessoais deles - e deturpar a Doutrina Espírita, substituindo a coerência racional de Allan Kardec por devaneios igrejistas medievais.
Os brasileiros andam muito, muito confusos e o pensamento desejoso passeia aqui e ali desafiando a coerência, a lógica e o bom senso em vários âmbitos da vida humana e do Conhecimento. A ditadura das convicções sociais é capaz de ver progressismo onde não existe, num tempo em que o projeto retrógrado de Jair Bolsonaro é supostamente definido como "o que há de novo na política".
Quantos umbrais não podem haver sob o paraíso da retórica? Quantas palavras são manobradas para atender a interesses pessoais e a convicções defendidas com cegueira emocional, que estabelece visões fantasiosas como "verdades indiscutíveis", se sobrepondo à realidade sob o preço de ameaças, represálias e outros atos perigosos?
A foto que acima vemos é de um caráter retrógrado. Muitos comparam esse retrato com os rituais sacerdóticos da Idade Média. Nessa época, sacerdotes medievais recebiam plebeus em fila, para o ritual de beijos nas mãos. Isso ocorre também no Vaticano, mas não creio que o papa, ainda mais o Papa Francisco (que é progressista e só coincide com o "médium" no codinome papal) faça culto à personalidade com isso. O beijar-na-mão do Vaticano é um ritual sem a função de adoração barata, como se vê no caso dos pobres cumprimentando Chico Xavier.
Uma amarga lição dessa imagem, que mantém os pobres na sua situação inferiorizada diante do culto à personalidade e do complexo de superioridade de um ídolo religioso, é que ela não apresenta lição alguma de fraternidade, por causa do distanciamento hierárquico. Seria idiota ver nesse ato uma demonstração de cumplicidade, pois está bem claro que os pobres aparecem tristes e inferiorizados, diante da superioridade "salvadora" de Chico Xavier. O distanciamento hierárquico está a olhos vistos.
Fico me lembrando do livro A Revolução dos Bichos (Animal Farm), de George Orwell, quando um dos personagens diz: "Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros". Quanto a esse ritual hierárquico, podemos usar o colóquio do momento e dizer: "Somos todos irmãos. Só que não".
É constrangedor ver um monte de pobres tristonhos se submeterem a essa idolatria religiosa barata. A imagem que vemos de Francisco Cândido Xavier, no seu complexo de superioridade dissimulado de pretensa unanimidade religiosa, é deplorável em todos os sentidos, exceto para aqueles que ainda se deixam levar pelas paixões religiosas.
Tanto pensamento desejoso glorifica Chico Xavier e o molda conforme as paixões de qualquer um. Dependendo do delírio de cada fiel, Chico pode ser de bolsonarista a marxista, dentro do apelo demagógico de que "Chico Xavier é patrimônio de todos". Não, não é. A liberdade religiosa, infelizmente, é usada pelo "espiritismo" brasileiro para que qualquer um faça o que quisesse. Virou a religião da permissividade, do jeitinho, da dissimulação, da mentira.
Construímos armadilhas no jardim florido do pensamento desejoso e não sabemos. O pensamento desejoso já é considerado uma das piores doenças do Brasil, porque temos hoje a "ditadura das convicções pessoais", a supremacia da fantasia sobre a realidade, onde a "verdade contundente" é quase sempre a mentira descarada que certos aventureiros da opinião pública querem impor nas redes sociais.
Nessa imagem de Chico Xavier recebendo pessoas pobres para um ritual de cumprimentos, vemos pobres tristonhos e melancólicos em ato de submissão a um ídolo religioso. Ninguém tem direito de usar o pensamento desejoso e alegar que isso é um ato de cumplicidade e fraternidade, porque o distanciamento hierárquico é explícito nesta imagem: Chico Xavier acima dos pobres, promovendo culto à personalidade que não condiz à função, originalmente intermediária, de um médium.
Mas no Brasil "médium" é mesmo uma farsa. Eles produzem mensagens fake porque não possuem competência para se concentrarem para chamar os mortos que deseja, e também não tem a sintonia vibratória para atrai-los para contato.
Pelo contrário, os espíritos do além-túmulo fogem dos "médiuns", ou melhor, anti-médiuns brasileiros ("anti-médium" é porque os ditos "médiuns" querem ser o "centro das atenções", não os intermediários entre vivos e mortos), porque lá fora eles sabem muito bem das mentiras que a Terra esconde com certa habilidade. O "lado de lá" não se engana muito fácil, não.
O ato acima é, realmente, condenável. Um bando de pobres que não melhoram realmente de situação e só recebem algumas sacolas de mantimentos e alguns donativos. Roupas velhas, alimentos de marcas ruins, donativos que, no caso dos alimentos, se esgotam em três semanas, e roupas com manchas fungos e furos, ou trajes fora de moda que são dados aos pobres com o mesmo espírito de descaso de quem joga um saco de lixo na lixeira de um prédio.
A imagem acima é condenável porque não traz alegria nem esperança. São pobres que não tiveram profundas transformações de vida. Pobres que receberam uma caridade fraca e meramente paliativa, um arremedo de ações que só fazem sentido em situações de calamidade pública. Dar sopinhas, donativos, roupas estragadas, arroz, feijão e macarrão de marcas baratas e ruins, isso tudo não pode ser visto como "transformar vidas".
A "caridade espírita" é uma grande farsa que só serve para fazer propaganda dos "médiuns" e serve de pretenso atenuante para seus atos deploráveis, como escrever obras fake tidas como de autoria dos mortos - apesar de destoar de aspectos pessoais deles - e deturpar a Doutrina Espírita, substituindo a coerência racional de Allan Kardec por devaneios igrejistas medievais.
Os brasileiros andam muito, muito confusos e o pensamento desejoso passeia aqui e ali desafiando a coerência, a lógica e o bom senso em vários âmbitos da vida humana e do Conhecimento. A ditadura das convicções sociais é capaz de ver progressismo onde não existe, num tempo em que o projeto retrógrado de Jair Bolsonaro é supostamente definido como "o que há de novo na política".
Quantos umbrais não podem haver sob o paraíso da retórica? Quantas palavras são manobradas para atender a interesses pessoais e a convicções defendidas com cegueira emocional, que estabelece visões fantasiosas como "verdades indiscutíveis", se sobrepondo à realidade sob o preço de ameaças, represálias e outros atos perigosos?
A foto que acima vemos é de um caráter retrógrado. Muitos comparam esse retrato com os rituais sacerdóticos da Idade Média. Nessa época, sacerdotes medievais recebiam plebeus em fila, para o ritual de beijos nas mãos. Isso ocorre também no Vaticano, mas não creio que o papa, ainda mais o Papa Francisco (que é progressista e só coincide com o "médium" no codinome papal) faça culto à personalidade com isso. O beijar-na-mão do Vaticano é um ritual sem a função de adoração barata, como se vê no caso dos pobres cumprimentando Chico Xavier.
Uma amarga lição dessa imagem, que mantém os pobres na sua situação inferiorizada diante do culto à personalidade e do complexo de superioridade de um ídolo religioso, é que ela não apresenta lição alguma de fraternidade, por causa do distanciamento hierárquico. Seria idiota ver nesse ato uma demonstração de cumplicidade, pois está bem claro que os pobres aparecem tristes e inferiorizados, diante da superioridade "salvadora" de Chico Xavier. O distanciamento hierárquico está a olhos vistos.
Fico me lembrando do livro A Revolução dos Bichos (Animal Farm), de George Orwell, quando um dos personagens diz: "Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros". Quanto a esse ritual hierárquico, podemos usar o colóquio do momento e dizer: "Somos todos irmãos. Só que não".
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