
(Autor: Senhor dos Anéis)
A tendenciosa frase de Francisco Cândido Xavier - "A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!" - revela uma grave incoerência em poucas palavras, mostrando o absurdo que contraria frontalmente os postulados da Doutrina Espírita.
A frase é igrejeira, coloca a Fé acima da Razão, e não traz coisa alguma de relevante e rebaixa a Sabedoria a um processo de permissividade que nada tem a ver com sua própria natureza. É na verdade uma mensagem que Chico Xavier lançou para favorecer seus interesses pessoais.
Ele sabe que sua literatura é fake, mas como criou um trote que repercutiu amplamente por todo o país, com pretensas "psicografias" que apresentam problemas nos aspectos pessoais dos supostos autores espirituais, ele teve que carregar a mentira em toda a vida, contando com um forte lobby, uma gigantesca rede de apoio que envolve até juristas, jornalistas e acadêmicos.
Por isso é que Chico Xavier, diante de tantas irregularidades e confusões causadas, fazia julgamentos de valor diversos e várias de suas frases só ajudavam mesmo um único destinatário: ELE MESMO. Esta frase é uma carteirada muito mal disfarçada, e que soa como um pastiche de pensamento oriental, que, vista superficialmente, parece uma lição de profunda humildade. Mas não é.
Pelo contrário, ela envolve um sutil sentimento de orgulho. A "sabedoria superior" tolera ideias absurdas, violações à Lógica e ao Bom Senso, usa o perdão como permissividade, autorizando o mau mestre a seguir com seu erro. A segunda frase da mensagem é até sem nexo e mostra o anti-intelectualismo que sempre reinou na mente de Chico Xavier: "Tem coisas que o coração só fala para quem quer escutar!".
A mensagem, em suma, expressa a visão ultraconservadora e uma abordagem submissa da humildade humana, que nada tem a ver com o humanismo autêntico. Pelo contrário, essa frase está de acordo com os ideais de submissão humana que fazem de Chico Xavier um dos pilares do pensamento ultraconservador brasileiro.
Chico sempre foi explícito ao defender um moralismo subserviente que pedia aos sofredores que, ao mesmo tempo, aceitem suas próprias desgraças e compreendam e perdoem (no sentido do perdão como sinônimo de permissividade) os abusos dos algozes. A desculpa dessa Teologia do Sofrimento "espírita" é que a desgraça humana da vida presente, mesmo trazendo traumas e abalos emocionais profundos, será "compensada" por Deus pela utopia da "vida futura".
Evidentemente, a "linda" mensagem de Chico Xavier é contrária ao pensamento de Allan Kardec e isso está explícito nessa e em outras ideias do "médium". Afinal, ela envolve uma série de contrassensos e incoerências, das quais destacamos:
1) A sabedoria superior é vista por Chico Xavier como aquela que tolera até mesmo coisas absurdas. Por esse raciocínio, um professor teria que dar nota dez a um aluno que tirou zero numa prova.
2) Eufemismos como "condenar" e "julgar" são usados para criminalizar o senso crítico, o que afronta a maior ferramenta estimulada abertamente por Kardec, que é o raciocínio lógico e investigativo.
3) Sendo Chico Xavier um partidário da supremacia da Fé sobre a Razão, embora, de maneira falsa, tente "apoiar" o Conhecimento e a liberdade do pensamento, ele comete um absurdo, porque nenhuma sabedoria seria superior com a Razão se subordinando aos devaneios da Fé. A sabedoria, neste caso, seria inferior, porque o Saber seria rebaixado a escravo da Fé e do misticismo.
Portanto, a mensagem de Chico Xavier é das mais anti-kardecianas. As pessoas no Brasil costumam estar movidas pela cegueira emocional e não vão admitir isso. Terão um trabalho imenso para sair de suas paixões religiosas pelas quais manifestam perigosa dependência psicológica, como se a Fé lhes trouxesse alguma salvação, embora nunca tragam.
Isso mostra o quanto o nome do Espiritismo foi profanado pelos deturpadores, que na fachada juram fidelidade absoluta a Kardec, mas, no conteúdo, cometem traições vergonhosas, preocupantes e violentas. Dá pena em atribuir Judas Iscariotes como o maior traidor da História, porque ele teria traído Jesus uma única vez.
Os "espíritas" brasileiros, incluindo o exemplo deixado por Chico Xavier, é que traíram e traem Kardec todos os dias, todas as horas, segundo a segundo, sem descanso. Mas, hipócritas, os deturpadores do Espiritismo vão sempre beijar Kardec e dirigir a ele as mais gosmentas bajulações, bem mais patéticas do que o personagem Rolando Lero bajulando o professor Raimundo, este, sim, criação original de um outro Chico que melhor incorporava diferentes personalidades.
A tendenciosa frase de Francisco Cândido Xavier - "A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!" - revela uma grave incoerência em poucas palavras, mostrando o absurdo que contraria frontalmente os postulados da Doutrina Espírita.
A frase é igrejeira, coloca a Fé acima da Razão, e não traz coisa alguma de relevante e rebaixa a Sabedoria a um processo de permissividade que nada tem a ver com sua própria natureza. É na verdade uma mensagem que Chico Xavier lançou para favorecer seus interesses pessoais.
Ele sabe que sua literatura é fake, mas como criou um trote que repercutiu amplamente por todo o país, com pretensas "psicografias" que apresentam problemas nos aspectos pessoais dos supostos autores espirituais, ele teve que carregar a mentira em toda a vida, contando com um forte lobby, uma gigantesca rede de apoio que envolve até juristas, jornalistas e acadêmicos.
Por isso é que Chico Xavier, diante de tantas irregularidades e confusões causadas, fazia julgamentos de valor diversos e várias de suas frases só ajudavam mesmo um único destinatário: ELE MESMO. Esta frase é uma carteirada muito mal disfarçada, e que soa como um pastiche de pensamento oriental, que, vista superficialmente, parece uma lição de profunda humildade. Mas não é.
Pelo contrário, ela envolve um sutil sentimento de orgulho. A "sabedoria superior" tolera ideias absurdas, violações à Lógica e ao Bom Senso, usa o perdão como permissividade, autorizando o mau mestre a seguir com seu erro. A segunda frase da mensagem é até sem nexo e mostra o anti-intelectualismo que sempre reinou na mente de Chico Xavier: "Tem coisas que o coração só fala para quem quer escutar!".
A mensagem, em suma, expressa a visão ultraconservadora e uma abordagem submissa da humildade humana, que nada tem a ver com o humanismo autêntico. Pelo contrário, essa frase está de acordo com os ideais de submissão humana que fazem de Chico Xavier um dos pilares do pensamento ultraconservador brasileiro.
Chico sempre foi explícito ao defender um moralismo subserviente que pedia aos sofredores que, ao mesmo tempo, aceitem suas próprias desgraças e compreendam e perdoem (no sentido do perdão como sinônimo de permissividade) os abusos dos algozes. A desculpa dessa Teologia do Sofrimento "espírita" é que a desgraça humana da vida presente, mesmo trazendo traumas e abalos emocionais profundos, será "compensada" por Deus pela utopia da "vida futura".
Evidentemente, a "linda" mensagem de Chico Xavier é contrária ao pensamento de Allan Kardec e isso está explícito nessa e em outras ideias do "médium". Afinal, ela envolve uma série de contrassensos e incoerências, das quais destacamos:
1) A sabedoria superior é vista por Chico Xavier como aquela que tolera até mesmo coisas absurdas. Por esse raciocínio, um professor teria que dar nota dez a um aluno que tirou zero numa prova.
2) Eufemismos como "condenar" e "julgar" são usados para criminalizar o senso crítico, o que afronta a maior ferramenta estimulada abertamente por Kardec, que é o raciocínio lógico e investigativo.
3) Sendo Chico Xavier um partidário da supremacia da Fé sobre a Razão, embora, de maneira falsa, tente "apoiar" o Conhecimento e a liberdade do pensamento, ele comete um absurdo, porque nenhuma sabedoria seria superior com a Razão se subordinando aos devaneios da Fé. A sabedoria, neste caso, seria inferior, porque o Saber seria rebaixado a escravo da Fé e do misticismo.
Portanto, a mensagem de Chico Xavier é das mais anti-kardecianas. As pessoas no Brasil costumam estar movidas pela cegueira emocional e não vão admitir isso. Terão um trabalho imenso para sair de suas paixões religiosas pelas quais manifestam perigosa dependência psicológica, como se a Fé lhes trouxesse alguma salvação, embora nunca tragam.
Isso mostra o quanto o nome do Espiritismo foi profanado pelos deturpadores, que na fachada juram fidelidade absoluta a Kardec, mas, no conteúdo, cometem traições vergonhosas, preocupantes e violentas. Dá pena em atribuir Judas Iscariotes como o maior traidor da História, porque ele teria traído Jesus uma única vez.
Os "espíritas" brasileiros, incluindo o exemplo deixado por Chico Xavier, é que traíram e traem Kardec todos os dias, todas as horas, segundo a segundo, sem descanso. Mas, hipócritas, os deturpadores do Espiritismo vão sempre beijar Kardec e dirigir a ele as mais gosmentas bajulações, bem mais patéticas do que o personagem Rolando Lero bajulando o professor Raimundo, este, sim, criação original de um outro Chico que melhor incorporava diferentes personalidades.
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