Pular para o conteúdo principal

Edição especial de "Espiritismo e Ciência" enfoca o duvidoso André Luiz

(Autor: Professor Caviar)

Usando uma foto do médico brasileiro Oswaldo Cruz, a revista "Grandes Nomes do Espiritismo", volume especial da publicação "Espiritismo e Ciência", focaliza o suposto espírito André Luiz, figura bastante duvidosa e que mostrou indícios de não ser mais do que um personagem fictício, suposto autor espiritual de arremedos de ficção científica que prometiam descrever, aos vivos da terra, o "mundo espiritual".

Sabe-se que André Luiz foi o nome de um falecido irmão de Francisco Cândido Xavier, e que teria sido usado para batizar o suposto autor da obra Nosso Lar, de 1943, reconhecidamente um plágio do livro A Vida Além do Véu (The Life Beyond the Veil), do reverendo inglês George Vale Owen. O próprio livro de Owen, foi lançado em 1921 no Brasil pela mesma editora da FEB.

O plágio apenas foi amenizado por sutilezas mil. Consta-se que Nosso Lar teria recebido até sugestões do admirador de Chico Xavier, o "menino-prodígio da mediunidade" Waldo Vieira, também fã de quadrinhos de ficção científica. Mais tarde, Waldo seria convidado para "desenvolver melhor" a obra de "André Luiz".

A revista ainda aponta para a desnecessária polêmica sobre quem teria sido "André Luiz" na última encarnação, em que atribuições diversas, como dos médicos Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e até do obscuro Faustino Esporel, também dirigente esportivo. Afinal, a figura do suposto médico espiritual se revela fictícia, e a atribuição de encarnações só serve para desperdiçar o tempo do público em tão fútil entretenimento.

A revista em questão também mostra um tópico de Chico Xavier, exaltado como um "exemplo de humildade e fé", um recurso emotivo, mas falacioso (Ad Passiones), que nada nos diz em favor da Doutrina Espírita original.

Note-se que as revistas sobre Espiritismo publicadas no Brasil refletem a péssima qualidade de nosso jornalismo, cujos casos de incompetência se observam nas revistas Veja e Isto É, na Rede Globo, na Globo News, e em muitos e muitos periódicos que contraram repórteres carneirinhos - que ainda por cima escrevem e informam mal - ou colunistas reacionários.

O que se vê é um engodo como sempre vemos na "fase dúbia" do "espiritismo" brasileiro. A evocação do nome de Allan Kardec ao lado de seus deturpadores. E uma revista chamada "Espiritismo e Ciência", agindo assim, deveria mudar seu nome para "Espiritismo e Igreja", cometendo esse desserviço de oferecer uma abordagem desfigurada da Doutrina Espírita.

Daí que tais revistas não servem para a real compreensão do Espiritismo. Vale descartar, para evitar que se propague a desinformação com a veiculação de inverdades que o apelo à emoção, com palavras como "amor", "caridade", "bondade", "humildade" e "fraternidade" não pode legitimar. O próprio Kardec sempre priorizou a razão e o exame inescrupuloso que não cai na tentação das palavras açucaradas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um