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Origem da fase "dúbia" do "espiritismo" foi uma revanche

(Por Rafael Picanço, via e-mail)

É preciso que os espíritas conheçam certas verdades de seu movimento, já que as contradições que se divulgam aos montes tiram todo o mérito do Espiritismo que se faz no Brasil de ser visto como uma coisa séria e responsável.

Chama a atenção a adoração extremada a Chico Xavier e Divaldo Franco, que poucos se lembram que são deturpadores da pior espécie, maus divulgadores do pensamento de Allan Kardec, que eles, comprovadamente, demonstraram não entender nada.

Os espíritas entram em contradição sempre, dizendo que são rigorosamente fiéis a Kardec, mas apoiam ideias contrárias a ele, e misturam pensamentos trazidos pelo Codificador com outros contrários àqueles, divulgados por nomes como Emmanuel, André Luiz e as usurpações nominais de pobres coitados como Meimei (Irma de Castro Rocha) e Humberto de Campos, que não estão mais aí para reclamar de tanta apropriação.

E qual a origem dessa vergonhosa postura, desse Espiritismo que acende velas a dois senhores, Allan Kardec e Chico Xavier, tão antagônicos em todos os aspectos? Simples! A origem de tudo isso se deu por uma sutil revanche, que, como sempre, é sempre revestida do verniz de "amor, bondade e fraternidade".

Luciano dos Anjos, dirigente da FEB, havia publicado um livro, A Anti-História das Mensagens Co-Piadas, denunciando que as primeiras obras "psicográficas" de Divaldo Franco teriam sido plagiadas de supostas psicografias de Chico Xavier, que também são obras duvidosas, muitas delas pastiches literários ou subprodutos de "leitura fria", aquela prática fraudulenta de colher informações entrevistando pessoas e forjando mensagens do além com os dados obtidos.

Isso criou uma grande crise no "movimento espírita". Na verdade esses escândalos foram denunciados bem antes do livro, porque este narra os casos já ocorridos, a partir de 1962, quando Chico Xavier lançou uma carta dizendo que os textos de Divaldo eram parecidos com o do colega mineiro.

O alarde em torno disso causou uma crise, Divaldo e Chico chegaram a não se comunicarem, até que Antônio Wantuil de Freitas, o elo de ligação entre as "partes hostis" (Luciano e os dois "médiuns"), se aposentou e, doente, faleceu anos depois.

Aí, vieram as supostas divulgações do espírito de Adolfo Bezerra de Menezes, médico e político que presidiu a FEB. Isso veio já desde os anos 1960, depois do escândalo de "médium plagiando médium", o que soa como uma revanche, pois, se o denunciante era roustanguista, então seus desafetos passaram a alegar "fidelidade absoluta" a Allan Kardec.

A brincadeira gerou efeito, e, com a morte de Wantuil (1974), a crise do roustanguismo, que é a tendência abertamente favorável à causa de Jean-Baptiste Roustaing, aquele farsante que tentou desqualificar Kardec, se tornou aguda e aí, vemos o que vemos: gente bajulando Kardec e praticando o igrejismo.

E aí Divaldo e Chico passaram a ser tidos como "fiéis discípulos de Allan Kardec", falsamente reconhecidos como "respeitadores da obra kardeciana", quando seus livros e ideias contrariam severamente o pensamento do Codificador, pois não há nada nos livros de Chico e Divaldo que esteja de acordo com o pensamento de Kardec.

Eles apenas foram se vingar das denúncias de Luciano dos Anjos e, vendo que ele era roustanguista de carteirinha, resolveram, apenas de sacanagem, dizer que eram "absolutamente fiéis" a Allan Kardec, mesmo cometendo aberrantes traições doutrinárias.

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