(Autor: Kardec McGuiver)
O fato dos religiosos se considerarem donos da verdade de cada crença os estimula a interferir na realidade cotidiana, como se o seu Deus particular - sim, aquele que só existe na cabeça de cada fiel! - além de ser real, concordasse com as decisões que seus fiéis pensam que vem d'Ele.
O prefeito de Uberaba, Paulo Piau, cujo texto em que pegamos a informação não informou se é ou não evangélico, decidiu doar áreas públicas da prefeitura, pagas com impostos da população, a duas igrejas evangélicas, supostamente para agradar as suas lideranças. Afirmou que faz isso em benefício de toda a população, colocando todos "em harmonia".
Acontece que é a mesma cidade que fez desenvolver o mito de Chico Xavier, tendo inclusive um memorial dedicado a ele, estimulando o turismo religioso com base no médium que nunca entendeu a Doutrina Espírita, apesar de ser confundido insistentemente como sendo a sua maior liderança.
Na cidade também é onde se encontram as poucas instituições que receberam o auxílio meramente paliativo vindo do médium e de seus parceiros, auxílio que não conseguiu melhorar de forma significativa a qualidade de vida dos moradores da cidade como um todo.
Apesar disso, a crença dos admiradores de Xavier define o médium como o "maior filantropo do mundo" e único brasileiro a supostamente atingir a evolução máxima do espírito (??!!). Prerrogativa "dada por Deus" mesmo sem o médium saber nada da doutrina e mesmo após cometer muitos erros (entre eles o de fazer apologia do sofrimento como salvação da alma), além da citada caridade apenas paliativa que não eliminou problema algum.
Certamente os "espíritas" locais, eternos rivais dos evangélicos, reprovaram a iniciativa do prefeito. Resta saber se continuariam reprovando se ao invés das igrejas evangélicas, as instituições "espíritas" é que fossem as beneficiadas pela medida.
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