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Rádio Boa Nova demonstra que "espiritismo" sinalizou para o "Fora Dilma"

(Autor: Professor Caviar)

O "espiritismo" se autoproclama "progressista" e sustenta essa falsa postura com aparatos de pretensa humildade e suposta simplicidade. Exemplo disso é que seus principais sacerdotes, chamados de "médiuns", dispensam as batinas e economizam nos rituais, evitando exageros na pompa ritualística como se observa nos católicos.

Isso e os apelos emocionais das crianças pobres e a "caridade" marqueteira do Assistencialismo fazem com que o "espiritismo" seja aceito por setores das esquerdas, mesmo com um histórico no qual o "movimento espírita" demonstra se identificar melhor com políticos e ativistas de direita, como a defesa do golpe militar de 1964 da FEB, o apoio à ditadura militar por Francisco Cândido Xavier e as recentes aparições de Divaldo Franco e João de Deus ao lado de políticos decadentes e retrógrados, respectivamente, João Dória Jr. e Michel Temer, num clima de indisfarçada cumplicidade.

Um texto bastante sutil do blog da Rádio Boa Nova, publicado em 18 de março de 2016, revela a postura dissimulada, mas nem tanto, do "espiritismo" brasileiro. Embora o texto pareça imparcial e ideologicamente neutro, algumas posições sinalizam a sua inclinação para a oposição ao governo Dilma Rousseff e à defesa do juiz federal Sérgio Moro, cujas arbitrariedades feitos ao arrepio das leis jurídicas mais sérias - como o aparato truculento das "conduções coercitivas" e os acordos espúrios de delação premiada, denunciados recentemente pelo advogado Rodrigo Tacla Duran - fazem sua Operação Lava Jato ser apelidado pejorativamente de "República de Curitiba".

O texto sempre tem um tom "conciliador", mas alguns pontos são observados: o não questionamento da hipótese de Lula ter tido "um pedido de prisão", ainda que sob análise da Justiça, assim como a aparente autorização desta à divulgação de grampos telefônicos. 

Sabe-se que juristas e especialistas em Direito sérios definem como ilegal essa divulgação, como em uma das gravações em que Lula se despede de Dilma com um "tchau, querida", ironizado depois pelos oposicionistas da presidenta, e outra em que a falecida ex-primeira-dama, Marisa Letícia, mulher de Lula, solta um palavrão.

O texto também tenta não se vincular à postura de Sérgio Moro "preocupado" com a falta de empenho político para o "combate à corrupção", que apenas um mês depois seria iniciado. Ao longo desses tempos, o "espiritismo" brasileiro sinalizou apoio ao governo Michel Temer e, de forma subliminar, aos projetos retrógrados propostos pelo governante.

O texto abaixo segue os clichês "fraternais" da "paz sem voz" - "ajamos em silêncio, por meio da oração" - , num apelo claramente igrejeiro que trata a "paz" e o "amor ao próximo" como ideias amorfas que não resolvem, por si, os conflitos humanos, até porque, em muitos casos, o "espiritismo" apela para os sofredores se conformarem com as desgraças e, portanto, esta doutrina igrejeira consentir muitas vezes com a desigualdade social que diz combater. Vamos ler o texto, com o cuidado de não sucumbir às paixões religiosas.

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“Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”

Blog Rádio Boa Nova - 18 de março de 2016

Na última quinta-feira (17) o Brasil assistiu um capítulo inédito na história da República. Um ex-presidente com pedido de prisão em análise pela Justiça foi empossado no cargo de ministro. Logo em seguida, o ato solene foi suspenso temporariamente por um juiz.

As cenas protagonizadas no Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff e pelo antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ocorreram pouco mais de 15 horas depois da divulgação de grampos telefônicos autorizados pela Justiça.

Após a cerimônia de posse, o ex-presidente Lula divulgou uma “carta aberta” em que diz confiar no Supremo Tribunal Federal e que espera justiça.

Já o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato em primeira instância revelou estar preocupado com possíveis conflitos nas ruas do país a partir das novas revelações da operação, que geraram manifestações voluntárias nas ruas de todo o país tanto de pessoas favoráveis quanto contrárias à condução das investigações.

Moro, mais uma vez, criticou a falta de iniciativa política para combater a corrupção mesmo com dois anos de operação com amplo destaque na mídia.

Visão Espírita

Neste momento que assola o Brasil, recorremos as mensagens edificantes e pacíficas dos espíritos iluminados, que com muita ternura e compreensão nos enviam palavras de conforto.

Joanna de Ângelis nos fala a respeito da oração e da serenidade:

“Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranquilidade.”

Eurípes Barsanulfo, grande expoente do Espiritismo em nosso país, ressalta sobre o nosso posicionamento como espíritas diante de momentos o qual vivenciamos:

“Contudo, nesta hora grave, pela qual passa o povo brasileiro, faze com que o Espiritismo nos permita contribuir de forma lúcida e competente.”

Neste momento não podemos deixar com que nossos corações se envolvam no temor ou em mensagens intolerantes, que estejam regadas de ódio e rancor. Dr. Bezerra de Menezes nos deixa a mensagem:

“Ide e Amai. Não vos permitais ser inimigo de ninguém, mesmo que tenhais aqueles que se tornaram adversários vossos.”

Que tudo que estamos vivendo seja um aprendizado para respeitar pontos de vistas diferentes dos nossos. Isso é viver em paz em nosso Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

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