(Autor: Professor Caviar)
Mais uma das frases simplórias e prosaicas de Francisco Cândido Xavier, desta vez sem pé nem cabeça, sendo apenas um joguinho de palavras para entreter a moçada.
Vejamos: "Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche. O resto, mais que perda de tempo... é perda de vida".
Ahn?! Essa frase nem de longe reflete sabedoria, mas um jogo de palavras, apenas. As pessoas é que, com o apego doentio a um ídolo religioso, atribuem sabedoria a toda bobagem que ele disser. Até se Chico Xavier tivesse dito "Atchim!" seria visto como "sabedoria".
Vejamos. Essa ideia não traz com clareza o que é o sentido de revanche. Há muitos problemas nela. Prazer? O "espiritismo", a partir do próprio Chico Xavier, criminalizou o prazer humano. Devoto da Teologia do Sofrimento, ele sempre achava o prazer uma fonte de valores doentios. Mas, olha só quem fala: doentias eram aquelas sessões "mediúnicas" comandadas pelo "médium", espécies de orgias da fé, da mistificação e do fanatismo.
Outra coisa: como assim "merecem revanche"? E o que é "revanche"? As frases em questão só confundem as mentes, como um próprio mistificador faz, e mostra o quanto Chico personifica muito bem o perigo dos deturpadores e mistificadores representaram nos alertadas dado por Allan Kardec em suas obras e por mensageiros como o espírito de Erasto.
Vamos tentar interpretar essas duas frases. O riso, o amor e o prazer é que devem ser combatidos? O que faz o riso e o amor ao lado do prazer se, em outras ocasiões, Chico Xavier, que fazia apologia ao sofrimento humano, definia o prazer como fonte de terríveis tentações? E o que é revanche? Não é sinônimo de ofensa e vingança?
Dizem os dicionários que a revanche é uma reparação dura e rude de um dano. É uma vingança, o reparo de uma ofensa com outra ofensa dada em troco. Mesmo a metáfora de "reparar o amor com outro amor" não sustenta, porque a frase não tem o propósito de expressão poética, sendo difundida, com um certo exagero por alguns chiquistas, como se fosse "filosofia". E isso, evidentemente, também não se sustenta, porque, de tão truncada, essa ideia não traz verdade nem clareza alguma.
As frases revelam, portanto, as ideias truncadas que, com muitíssima antecedência, Kardec havia advertido em O Livro dos Médiuns. Não há como interpretar com segurança essas duas frases de Chico Xavier, e a constatação de que as mesmas não revelam sabedoria não partem de intolerância religiosa nem de ódio, mas de um simples exercício de raciocínio lógico.
Portanto, essas duas frases de Chico Xavier não passam de "bobagem da grossa", que só servem para o mero joguinho de palavra para distrair seus desocupados seguidores que precisam estarem apegados a ídolos religiosos para forjar falsas alegrias e energias falsamente positivas, porque essas pessoas não são naturalmente alegres nem positivas. As paixões religiosas e a fascinação obsessiva em torno dos "médiuns" serve para essa falsa sensação de energias "elevadas".
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