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A indústria do sofrimento e a manutenção da desgraça

(Autor: Kardec McGuiver)

Pensando bem, analisando friamente, conseguimos entender finalmente a guinada conservadora do "Espiritismo" brasileiro, uma seita que da doutrina original francesa só pegou o nome, alguns pontos ideológicos e a bajulação ao mestre original. Embora as velas mais belas e iluminadas sejam acendidas para Jean Baptiste Roustaing, o verdadeiro patrono do "Espiritismo" brasileiro.

O "Espiritismo"brasileiro se reduziu a uma sita igrejeira, ressuscitadora do Catolicismo medieval e cada vez mais afinada como formas toscas de caridade, que nunca resolvem nada, apenas servindo de consolo para a desgraça que nunca é resolvida. Infelizmente, descobrimos que a permanência da desgraça humana é benéfica aos "Espiritismo" brasileiro.

O "Espiritismo", após romper com a racionalidade original, que não atrai público e não aumenta o patrimônio das entidades que o administram, resolveu se tornar uma seita conservadora, bastante retrógrada e comprometida com um moralismo que soa estranho e datado para a doutrina original que os brasileiros fingem seguir. E incrível, isso vem transformando o "Espiritismo" numa seita sutilmente cruel, preservadora da desgraça humana que lhe serve de garota-propaganda.

A manutenção da desgraça tem ajudado muito o "Espiritismo" brasileiro, pois ajuda a aumentar seguidores por meio de inócuos "tratamentos espirituais" que nunca passaram de isca para tentar aumentar o rebanho e garantir a sobrevivência da seita que favorece o prestígio de lideranças a ganhar prêmios, viagens e a capacidade de manipular as mentes das pessoas, servindo de meios para que as elites mantenham a ganância humana que aumenta a renda dos mais ricos.

Por isso que é interessante para os "espíritas" que a desgraça seja mantida. A desgraça, além de garota-propaganda do "Espiritismo", é o seu principal motor, já que o rompimento com Allan Kardec a transformou numa seita cheia de dogmas absurdos e contraditórios. Isso espanta seguidores, forçando os "espíritas" a usar a falsa caridade como meio de atrair mais pessoas e impedir a saída de várias outras.

Isso tem ajudado a atrair muitas energias negativas que tem arruinado com seguidores da "doutrina" e trazido violência aos bairros onde estão instalados centros. A ojeriza claramente mostrada contra o verdadeiro altruísmo, caracterizado pelo apoio a criminalização dos ideais progressistas, completa o serviço, mostrando que o "Espiritismo", se apoia a caridade paliativa, condena a caridade eficiente, presente de forma explícita nos governos progressistas que tivemos entre 2003-2016.

Eu sei que o que estou dizendo pode ser desagradavelmente surpreendente para quem durante muitas décadas elegeu o "Espiritismo" como a "doutrina da caridade". Se analisarmos a falta de resultado do suposto altruísmo praticado por fiéis e lideranças, perceberemos que a doutrina popularizada pelo beato católico Chico Xavier nada tem de bondosa, utilizando da caridade como forma de promoção e sustento para os administradores das entidades envolvidas com a seita.

Esta denúncia que fazemos nada tem de intolerância contra a religiosidade e sim contra o abuso de lideranças que usam a fé alheia para lucrar e enganar pessoas para garantir o prestígio. A religiosidade nunca deveria ser o instrumento de poder a lideranças que se auto-divinizam para obter favorecimento. 

É triste ver que o legado de Allan Kardec se converteu em um instrumento de favorecimento para a manutenção das desigualdades que perpetuam os problemas da sociedade que travam a evolução humanitária.

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