(Autor: Professor Caviar)
Para Francisco Cândido Xavier, o prazer da vida não existe. O simples ato de querer as coisas soa um mal, e a encarnação só serve para o cumprimento rigoroso de supostas dívidas morais.
Essa visão comprova a herança roustanguista de Chico Xavier, algo que os "espíritas" põem debaixo do tapete, fingindo que eles atuam de acordo com os ensinamentos espíritas originais. E aqui vemos uma mensagem de Chico com mais um daqueles apelos moralistas ultraconservadores, defendendo um moralismo punitivista, mesmo com palavras que parecem bastante dóceis.
As pessoas tomadas de paixões religiosas - sentimentos de emotividade e êxtase extremamente perigosos e traiçoeiros à vida humana - é que ignoram o caráter cruel da mensagem que aqui reproduziremos, que merecem o completo repúdio porque nunca trazem de solução para a vida, e só servem para traduzir um moralismo retrógrado em palavras que parecem bastante agradáveis, como o sabor de uma cicuta (ou "chicuta"?). Vamos a essa mensagem:
"Tratemos de acumular créditos espirituais, para que a lei se sensibilize em nosso favor; quando somos úteis aos nossos semelhantes a lei vai nos transformando a quitação de nossos débitos em oportunidade de mais serviço".
Depois as pessoas não gostam quando se compara Chico Xavier a Jair Bolsonaro. Eles só se diferem da forma como usam seus discursos, mas seu moralismo ultraconservador é explicitamente igual. Chico Xavier defendia a servidão, o trabalho exaustivo, a submissão humana. Isso é progressismo? Não, meus caros. Isso é ultraconservadorismo na sua forma mais explícita.
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