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Ladrões invadem Casa da Prece, em Uberaba, arrombando portas e roubando objetos

(Autor: Equipe Dossiê Espírita)

Mais uma vez, o legado de Francisco Cândido Xavier sofre um ataque em Uberaba, não por uma questão de intolerância religiosa, mas por circunstâncias normais de ataques de vandalismo ou de roubo, que demonstram o quanto a cidade do Triângulo Mineiro decaiu severamente em qualidade de vida.

Na virada da segunda-feira, 30 de janeiro, e o dia seguinte, 31, um grupo de ladrões arrombou as portas da Casa da Prece, local onde Chico Xavier, no seu tempo, realizava "reuniões mediúnicas", e roubaram um considerável número de objetos. O roubo foi constatado quando o "filho adotivo" de Chico Xavier e responsável pelo seu legado em Uberaba, Eurípedes Higino, chegou ao local com outras pessoas para a reunião do Grupo da Prece.

"Invadiram, quebraram três portas internas, pegaram algumas roupas e esparramaram pelo corredor. Quebraram o vidro da livraria também. Eles levaram aparelhagem de som, uns 30 enxovais que a gente iria doar para gestantes carentes, umas cinco cestas básicas. Não teve arrombamento nos portões externos, e nem a gente, nem a PM, sabe como entraram e tiraram o som pesado de lá. Está uma incógnita ainda de quem fez isso", disse Eurípedes.


Ele ainda acrescentou, perplexo: "É triste, porque lá é um lugar sagrado, que só faz o bem. A gente realmente está assustado". Ele já chamou a Polícia Militar, que iniciou as investigações. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. Até a livraria foi afetada, com um vidro quebrado e uma parte de seu acervo mexida.


PREÇO DA DETURPAÇÃO E DA TEOLOGIA DO SOFRIMENTO

Enquanto os "espíritas" definem esse incidente como "teste para paciência e perdão", o que se vê é um fato consequente da decadência social de Uberaba, que no censo de 2010 caiu nada menos que 106 posições em relação ao censo de 2000, segundo dados do IBGE. A cidade já não tinha bons índices de desenvolvimento humano (IDH), estando em 104º em 2000, e, no ano de centenário de Chico Xavier, a cidade que o adotou despencou para 210º lugar.

Embora a suposta caridade de Chico Xavier seja muito festejada e as "cartas mediúnicas" sejam vistas como a sua "maior bondade", ele nada fez pelo próximo como muitos imaginam e insistem até hoje em acreditar. Sua aparente filantropia não diferia muito da pretensa assistência social dos quadros "filantrópicos" do apresentador Luciano Huck no seu Caldeirão do Huck, da Rede Globo (que blinda os "médiuns espíritas"). Huck já demonstrou profunda admiração por Chico Xavier.

Além disso, as "cartas mediúnicas" se revelaram perversas: obsediavam os entes queridos mortos, criavam mensagens fake com base na leitura fria dos depoimentos de parentes e fontes jornalísticas pesquisadas, alimentavam o sensacionalismo da grande imprensa e prolongavam os lutos familiares, mesmo com uma vaga e deturpada "certeza da vida após a morte", feita mais por crenças igrejeiras do que por conhecimentos lógicos.

Chico Xavier defendeu a ditadura militar, era reacionário e adepto da Teologia do Sofrimento. Ele sempre defendia que os sofredores tivessem que sofrer, resignados e calados, as desgraças da vida, e isso se confirma não só em suas próprias palavras, mas naquelas que, através de livros "psicográficos" fake, o "médium" botava no crédito de gente que nunca defenderia isso, como Humberto de Campos, Casimiro de Abreu, Meimei e Auta de Souza.

SE A MISÉRIA CONTINUA, É PORQUE A "CARIDADE" FOI FAJUTA

A "caridade" espetacularizada dos "médiuns espíritas" é, na verdade, uma cortina de fumaça para as acusações, fartas de provas, de que eles deturparam o legado de Allan Kardec, desfigurando os ensinamentos espíritas originais, desenvolvidos com o suor e o bolso do pedagogo francês, a ponto de substituir as bases kardecianas pelo Catolicismo de origem jesuíta que prevaleceu no Brasil-colônia.

Hoje o que se conhece como Espiritismo se rebaixou, vertiginosamente, a um sub-Catolicismo. Virou um refúgio para católicos que não aceitaram as transformações da Igreja Católica nos últimos 150 anos. Combinando o antigo Catolicismo medieval do Império Romano com algumas concessões ligadas à feitiçaria ou ao ocultismo místico - daí a aparente homeopatia e a suposta mediunidade - , o "espiritismo" brasileiro, por mais que bajule Kardec, rompeu severamente com ele.

Isso influi em muitos deslizes e muitos equívocos que atraem espíritos inferiores e impedem que o "espiritismo" brasileiro trabalhe de verdade para o progresso do Brasil. A desonestidade doutrinária, feita pela bajulação de Allan Kardec mas pelo apreço à herança jesuíta-roustanguista assumida pela FEB desde 1884 e difundida até para "dissidentes" desta federação, atrai espíritos inferiores e mistificadores, o que resulta no mau agouro que a religião representa.

"CARIDADE" DE CHICO XAVIER FOI FAJUTA: FOI MERO ASSISTENCIALISMO, NÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL

Ainda assim, o que ocorreu na Casa da Prece não foi uma reação de intolerância religiosa nem de contestadores da deturpação espírita. Foi um assalto comum, de pessoas desesperadas com a miséria em que viviam, e que enxergavam na instituição apenas um local de privilegiados como outro qualquer. Se fosse, por exemplo, a sede de um partido político ou o fã-clube de um ator de novela, o incidente teria sido rigorosamente o mesmo.

O que se pode inferir é que esses ataques, tanto o vandalismo ao mausoléu de Chico Xavier quanto o arrombamento e o roubo de objetos na Casa da Prece refletem que a "caridade" tão festejada do "médium" mineiro, objeto de ostensiva adoração e de verdadeiro culto à personalidade do dito "homem-amor", simplesmente fracassou.

A "filantropia Lata-Velha" de Chico Xavier em nada ajudou para melhorar a vida da população de Uberaba, daí que, sem educação nem qualidade de vida, as pessoas cometem vandalismos e roubos, no entanto sem ver a natureza da instituição, pois cometem esses atos diante da primeira instituição que veem pela frente e atacam o primeiro monumento que estiver em seu acesso.

Isso mostra o quanto esse papo de "assistência social", "caridade transformadora", "filantropia revolucionária", "transformação de vidas", "educação libertadora" e outras falácias envolvendo os "médiuns espíritas" não passa de conversa para boi dormir. Se elas realmente funcionassem, simplesmente ataques aos legados de Chico Xavier não teriam acontecido e, em Salvador, turistas poderiam percorrer Pau da Lima sem o menor risco de assaltos ou outros ataques.

O que o "espiritismo" faz é mero Assistencialismo, não Assistência Social. Assistencialismo apenas alivia a dor da pobreza, eliminando seus efeitos mais drásticos, mas sem acabá-la de fato. É uma "caridade" que ajuda pouco, mais garantindo publicidade e ostentação para o "benfeitor", diferente da Assistência Social, que "cura" a "doença" da pobreza em completo.

O que se observa nas atividades aparentemente filantrópicas do "espiritismo" é Assistencialismo. Tão somente isso. Fala-se muito em "transformações de vidas", mas a realidade é que isso não ocorre e, em vez de "curar" a pobreza, apenas "alivia suas dores". Se a "caridade espírita" realmente funcionasse, o Brasil teria atingido padrões escandinavos de vida. Até pela pretensa grandeza com que julgam ter os "médiuns espíritas" e "filantropos" similares.

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