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Conservadorismo desmascara falso "Espiritismo" brasileiro e leva-lo ao fim

(Autor: Kardec McGuiver)

Dizem os mais sábios que mentira tem perna curta. Mas esta mentira durou mais de 130 anos. Depois de enganar multidões por um período relativamente longo, o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo", algo que seria uma ciência infelizmente transformada em uma igreja de dogmas absurdos e contraditórios, começa a ruir graças a sua incapacidade de sustentar teses sem lógica, que pareciam agradáveis a muitos ingênuos seguidores.

As declarações recentes de Divaldo Franco, considerado pela opinião pública como a maior liderança daquilo que o senso comum define como "Espiritismo", tem deixado muitos seguidores de cabelo em pé, se esquecendo de que a versão brasileira da doutrina sempre foi conservadora e totalmente rompida com a racionalidade da doutrina original.

Muitos se esquecem das declarações de Chico Xavier no programa popularesco Pinga Fogo, da extinta TV Tupi, onde... digamos... vomitou o mais retrógrado conservadorismo a ponto de exaltar ditadores e torturadores e condenar movimentos sociais e integrantes das classes oprimidas, numa atitude que destruiu de vez o mito do velhinho bondoso que "só vivem em prol dos mais necessitados". Esta declaração está de acordo com o que pensa a FEB a instituição que responde pelo "Espiritismo" brasileiros e que não segue orientação kardeciana e sim Roustainguista, apesar de não assumir isso publicamente.

Kardec era um progressista assumido e atuante. Era simpatizante das ideias de Karl Marx e há uma lenda que diz que os dois teriam se encontrado, embora nada exista de confirmável sobre este episódio. Já Roustaing era um advogado conservador, de orientação católica e que sonhava em ver a sua igreja aceitando ideias como reencarnação e comunicação com os mortos. Mesmo assumidamente karedeciano, o "Espiritismo" brasileiro sempre defendeu as ideias de Roustaing sem mencionar a autoria, a ponto de estar secretamente registrado nos estatutos da FEB.

Mas esta confusão que admite um autor e segue outro começa a ruir. Mesmo que dê para mentir durante longo tempo, não dá para mentir eternamente. As mentiras do "Espiritismo" brasileiro começam a ruir através das declarações conservadoras de Divaldo Franco, ele mesmo uma figura retrógrada que fala como um padre e se veste como um professor do século XIX.

Um manifesto onde verdadeiros espíritas aparecem como signatários tenta colocar Divaldo, suposta maior liderança da doutrina e que Herculano Pires classificou como um impostor responsável por uma caridade considerada "condenável" (nas palavras do próprio tradutor kardeciano), em seu devido lugar.

O "Espiritismo" brasileiro merece entrar em uma fase onde possa arrancar de vez as aspas aqui colocadas. Descartar o igrejismo febiano consagrado por figuras intrusas como Bezerra de Menezes e Chico Xavier (seguidos sem hesitação pelo ultraconservador Divaldo Franco) e retomar a racionalidade consagrada por Allan Kardec, infelizmente reduzido pelos brasileiros a um objeto de bajulação.

Como há males que vem para o bem, os escândalos recentes envolvendo Divaldo Franco podem destruir de vez o falso "Espiritismo" contaminado por inúmeras contradições e incontáveis absurdos. Chega de sermos enganados e retomemos os estudos sobre a vida espiritual. Os espíritos querem falar, mas não neste circo de ilusões a quela a doutrina foi reduzida no Brasil.

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