
(Autor: Professor Caviar)
Pretensa profecia da "data-limite" que desuniu seguidores de Francisco Cândido Xavier. Falsas psicografias que semeavam desavenças entre parentes dos mortos. Deturpação doutrinária que trouxe pontos duvidosos para a Doutrina Espírita, a partir dos livros do próprio Chico Xavier. Ideias feitas sem fundamento teórico, como "cidades espirituais" concebidas por fantasias materiais. Moralismo retrógrado através da Teologia do Sofrimento, que Chico Xavier sempre apoiou (é aquela ideia de "aguentar a desgraça em silêncio").
Tudo isso mostra, com provas surpreendentes e consistentes, que Chico Xavier foi o mais perigoso dos inimigos internos do Espiritismo, constituindo de um falso cristo, um falso profeta e um falso sábio, e, além disso, se servindo do "bombardeio de amor" (técnica traiçoeira de manipulação mental) que garante a sua popularidade de uma forma ou de outra. E vemos que tudo isso era advertido, sete décadas antes da ascensão do perigoso beato, por Erasto, em mensagem transmitida em 1862 e aproveitada pelo professor Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 21, "Falsos Cristos e Falsos Profetas", Instruções dos Espíritos.
Embora muitos se recusem desesperadamente a identificar os alertas descritos ao mito oficial de Chico Xavier, imagem adocicada moldada pela mídia e pelo poder religioso da FEB, esses alertas, sim, correspondem aos erros - não acidentais e gravíssimos - que o "médium" de Pedro Leopoldo e Uberaba cometeu em toda sua trajetória e que desmerecem, por completo, até a menor admiração que se dá a ele, cujos "pontos positivos" são tão insignificantes quanto as virtudes de qualquer corrupto. Vamos lá:
III – Os Falsos Profetas da Erraticidade
ERASTO - Discípulo de São Paulo, 1862
10 – Os falsos profetas não existem apenas entre os encarnados, mas também, e muito mais numerosos, entre os Espíritos orgulhosos que, fingindo amor e caridade, semeiam a desunião e retardam o trabalho de emancipação da Humanidade, impingindo-lhe os seus sistemas absurdos, através dos médiuns que os servem. Esses falsos profetas, para melhor fascinar os que desejam enganar, e para dar maior importâncias às suas teorias, disfarçam-se inescrupulosamente com nomes que os homens só pronunciam com respeito.
São eles que semeiam os germes das discórdias entre os grupos que os levam isolar-se uns dos outros e a se olharem com prevenções. Bastaria isso para os desmascarar. Porque, assim agindo, eles mesmos oferecem o mais completo desmentido ao que dizem ser. Cegos, portanto, são os homens que se deixam enganar de maneira tão grosseira.
Mas há ainda muitos outros meios de os reconhecer. Os Espíritos da ordem a que eles dizem pertencer, devem ser não somente muito bons, mas também eminentemente racionais. Pois bem: passai os seus sistemas pelo crivo da razão e do bom-senso, e vereis o que restará. Então concordareis comigo em que, sempre que um Espírito indicar, como remédio para os males da Humanidade, ou como meios de realizar a sua transformação, medidas utópicas e impraticáveis, pueris e ridículas, ou quando formula um sistema contraditado pelas mais corriqueiras noções científicas, só pode ser um Espírito ignorante e mentiroso.
Por outro lado, lembrai-vos de que, se a verdade nem sempre é apreciada pelos indivíduos, sempre o é pelo bom-senso das massas, e isso também constitui um critério. Se dois princípios se contradizem, tereis a medida do valor intrínseco de ambos, observando qual deles encontra mais repercussão e simpatia. Com efeito, seria ilógico admitir que uma doutrina cujo número de adeptos diminui, seja mais verdadeira que outra, cujo número aumenta. Deus, querendo que a verdade chegue a todos, não a confina num círculo restrito, mas a faz surgir em diferentes lugares, a fim de que, por toda parte, a luz se apresente ao lado das trevas.
Repeli impiedosamente todos esses Espíritos que se manifestam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento. São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que tentam impor-se a pessoas fracas e crédulas, prodigalizando-lhes louvores exagerados, a fim de fasciná-las e dominá-las. São geralmente, Espíritos sedentos de poder, que, tendo sido déspotas no lar ou na vida pública, quando vivos, ainda querem vítimas para tiranizar, depois da morte. Em geral, portanto, desconfiai das comunicações que se caracterizam pelo misticismo e a extravagância, ou que prescrevem cerimônias e práticas estranhas. Há sempre, nesses casos, um motivo legítimo de desconfiança.
Lembrai-vos, ainda, de que, quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, ela é comunicada, por assim dizer, instantaneamente, a todos os grupos sérios que possuem médiuns sérios, e não a este ou aquele, com exclusão dos outros. Ninguém é médium perfeito, se estiver obsedado, e há obsessão evidente quando um médium só recebe comunicações de um determinado Espírito, por mais elevado que este pretenda ser. Em conseqüência, todo médium e todo grupo que se julguem privilegiados, em virtude de comunicações que só eles podem receber, e que, além disso, se sujeitam a práticas supersticiosas, encontram-se indubitavelmente sob uma obsessão bem caracterizada. Sobretudo quando o Espírito dominante se vangloria de um nome que todos, Espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, não deixando que seja comprometido a todo instante.
É incontestável que, submetendo-se ao cadinho da razão e da lógica toda a observação sobre os Espíritos e todas as suas comunicações, será fácil rejeitar o absurdo e o erro. Um médium pode ser fascinado e um grupo enganado; mas, o controle severo dos outros grupos, com o auxílio do conhecimento adquirido, e a elevada autoridade moral dos dirigentes de grupos, as comunicações dos principais médiuns, marcadas pelo cunho da lógica e da autenticidade dos Espíritos mais sérios, rapidamente farão desmascarar esses ditados mentirosos e astuciosos, procedentes de uma turba de Espíritos mistificadores ou malfazejos.
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