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Como num conto de fadas confuso, eis um texto de um seguidor de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar)

Quando se trata do Padre Quevedo, estudioso da paranormalidade que contestou a obra de Francisco Cândido Xavier, apontando fraudes consistentes e contradições sérias na obra "mediúnica", os chiquistas cometem um duplo defeito: a intolerância religiosa e a xenofobia.

No primeiro caso, não admitem que a abordagem científica tenha mais êxito e empenho no lado dos católicos e não dos "espíritas", estes que, mesmo pregando a Fé acima da Razão, se acham com mais razão do que a própria Razão. Ver que, do lado dos católicos, há gente mais fiel ao rigor da lógica kardeciana do que os "espíritas" brasileiros é impressionante e, para muitos, chocante.

No segundo caso, há a implicância com o sotaque espanhol de Oscar Quevedo, espanhol naturalizado, usada para desqualificá-lo, principalmente a partir da forma como pronunciou a frase "Isso não existe", parodicamente repetida como "Isso non ecziste". É uma maneira de desqualificar um padre de origem espanhola que não tem o direito de analisar fenômenos brasileiros.

E a fala desengonçada de Chico Xavier, que, à maneira de Jair Bolsonaro - ah, lá vêm as "insuportáveis" comparações entre Chico Xavier e Jair Bolsonaro - , era acusado de ter problemas psicológicos? Mais uma vez os "espíritas", com suas traves nos olhos, se orgulham em criticar os argueiros nos olhos dos outros, se é que foi visto algum argueiro no olho de Quevedo.

O texto abaixo é uma amostra de triunfalismo cafajeste - aquela mania de dizer "as críticas contra o espiritismo são muito válidas, porque acabam ajudando a doutrina" - de um sujeito chamado José Luiz Chaves, que, embora tenha se gabado em ter "debatido com Padre Quevedo", de quem disse ter sido aluno de parapsicologia, não apresenta fundamentação lógica e apenas desqualifica o espanhol, enquanto glorifica um Espiritismo original que o articulista aprecia na sua forma deturpada e igrejeira, que prevalece no Brasil.

Defendendo uma religião hipócrita - o "espiritismo" brasileiro, que trai mais Allan Kardec do que Judas traiu Jesus, e ainda jura falsa fidelidade - , José Luiz Chaves não cita o seu fervoroso ídolo, Chico Xavier, nominalmente, mas é o "médium" que o articulista defende, quando, entre outras coisas, desqualifica Quevedo quando ele menciona suspeitas de problemas mentais atribuídos ao "médium" (e manifestas pelo pai do "bondoso espírita").

O texto abaixo é bastante oco em argumentos, não possui fundamentação alguma em termos de Lógica e Bom Senso e só serve para defender a causa própria, essa confusa religião "espírita" - que o autor alega ser acolhida por "membros de todas as religiões" - que nasceu divorciada dos ensinamentos originais, apesar de toda a verborragia bajulatória a Kardec.

Portanto, o texto deve ser lido com muito cuidado para que as pessoas não se rendam aos apelos emotivos que os "espíritas" costumam trazer em seus textos. A leitura deve ser feita com o desconfiômetro ligado e com senso crítico, métodos aliás recomendados pelo próprio Kardec. Como num conto de fadas confuso, eis um texto de um chiquista:

Como um filme de confuso enredo, eis as ideias do padre Quevedo

Por José Luiz Chaves - jornal O Tempo, Belo Horizonte, 02 de abril de 2012

Com seu fanatismo contra o espiritismo, o padre Quevedo acabou beneficiando-o. É que os fenômenos espíritas - ou espirituais para são Paulo (1 Coríntios 13:3) - têm na parapsicologia o seu fundamento científico, pelo que Quevedo ficou incomodado e passou a atacá-lo com todas as armas, chamando os espíritas de doentes mentais, charlatões, feiticeiros, criminosos etc., tal como fazia a Igreja até à primeira metade do século XX. Já o espiritismo, seguindo são Paulo (1 Coríntios 13:3), ensinava que fora da caridade não há salvação.

E é do grande filósofo e escritor acadêmico francês Léons Denis a afirmação de que o espiritismo não é a religião do futuro, mas é o futuro de toda religião. De fato, hoje, as casas espíritas são frequentadas não só pelos seguidores de Kardec, mas por pessoas de todas as religiões, principalmente católicas.

Quando eu fiz com Quevedo um curso de parapsicologia, na época em que eu cursava na PUC Minas comunicação e expressão (professor de português e literatura), ele dizia o absurdo de que não havia uma só pessoa no mundo de curso superior que acreditasse na reencarnação!

E, segundo ele, os milagres só existem nos meios católicos, como se Deus fizesse acepção de pessoas, e quando eles são fenômenos mediúnicos especiais provocados por espíritos. Deus tem os espíritos trabalhando no seu projeto (Hebreus 1: 14). Uns dedos de mão humana apareceram escrevendo na parede do palácio do rei Belsazar, o que é a escrita direta (Daniel 5:5). Samuel profetizou até depois de morto (Eclesiástico 46: 20). Na transfiguração ou sessão espírita do monte Tabor, presidida por Jesus, o maior dos médiuns, para a qual Ele convidou os médiuns especiais muito solicitados por Ele, Pedro, Tiago e João, Ele se comunica com os espíritos de Elias e Moisés (Mateus 17:2). Por oportuno, lembro aqui que, depois do episódio em que Elias teria subido para os céus numa nave de fogo, ele continuou aqui na Terra, pois escreveu uma carta para o rei Jeorão (2 Crônicas 21:12).

Num recente programa do Jô Soares, Quevedo, negando a comunicação com os espíritos, falou que não existem demônios, espíritos de mortos, diabos, lúcifer e satanás. No sentido dos cristãos evangélicos de hoje, não existem mesmo.

E ele disse uma meia verdade, pois, não explicou que os demônios são espíritos humanos ("daimones" nos originais gregos do Novo Testamento), e que diabo, lúcifer e satanás não são espíritos, mas símbolos do mal. Houve muitos risos. Quevedo afirmou que os espíritas são gente boba! Por causa de seus erros, por duas vezes, a Igreja já o suspendeu de suas funções sacerdotais. Mas ele parece parado no tempo e no espaço! Na internet, pode-se ver um debate entre mim e ele.

Sem querer, ele ensina também verdades espíritas, pois ele afirma que os fenômenos espíritas se devem ao médium, pelo que ele tem que estar perto do local dos fenômenos, ou distante no máximo 50 metros. De fato, isso é verdade, pois os espíritos se comunicam através dele. E ele é como uma rádio, que tem seu alcance limitado. Quevedo defende também o dogma da comunhão dos santos da Igreja, do qual os padres nunca falam, e que consiste na colaboração recíproca entre os espíritos encarnados e desencarnados, o que é espiritismo, o qual avança firme e célere pelo mundo afora, apesar das loucuras do nosso irmão Quevedo!

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