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As quedas dos diversos "castelos de areia" dos ídolos brasileiros


(Autor: Professor Caviar)

Os brasileiros permanecem em zonas de conforto que não são aquelas que julgam dos outros, mas a que está em si mesmos, da mediocridade de crenças, atitudes, posturas e pontos de vista que prevalecem há 45 anos, e que agora perdem o sentido completamente.

A decadência dos chamados "influenciadores digitais", essas pessoas que vendiam um mundo sem sentido, mostra o caráter nefasto deste "universo" no qual a pretensão, o mascaramento da realidade em prol de fantasias agradáveis - das quais os "espíritas" são os últimos a estarem livres dessa, e não são só os "espíritas imperfeitos", mas aqueles que criticam a "imperfeição" dos outros ou mesmo aqueles que, em falsa modéstia, fingem admitir sua própria imperfeição - e outras formas de dissimulação para manter intatas as vantagens pessoais aqui e ali.

A queda se deu a partir do mau exemplo de Gabriela Pugliesi, uma dublê de musa fitness e de nutricionista que vendia uma falsa imagem de "vida saudável", expressa pela aparente "boa forma" da moça. A decadência dela se deu quando sua irmã, Marcela Mineli, se casou, em cerimônia pomposa, com Marcelo Bezerra de Menezes - por ironia, é o mesmo clã do "espírita" Adolfo Bezerra de Menezes, o "Kardec brasileiro" que introduziu o Roustanguismo no Brasil - , e vários convidados, inclusive Gabriela e o marido, Erasmo Viana, contraíram coronavírus, mostrando que a Covid-19 foi uma doença introduzida no Brasil a partir de ricaços que vieram de viagens do exterior.

Até aí, tudo bem, embora, na festa que se sucedeu à cerimônia nupcial, Gabriela tivesse se embriagado muito, de cair no chão, o que contraria a imagem que ela vendia no seu canal do YouTube, promovendo "vida saudável" e "cuidados para a boa forma", com o patrocínio de duas dezenas de anunciantes. Ela ganhava muito dinheiro fingindo ser o que não é, e ainda jogava mensagens de auto-ajuda (não muito diferentes daquelas que marcam a "iluminada trajetória" do senhor Francisco Cândido Xavier).

Só que Gabriela Pugliesi foi longe demais, quando, após um isolamento absoluto, dela e de seu marido, para se curarem da Covid-19, os dois comemoraram a cura, cinicamente, com uma festa, cujo pretexto foi a homenagem a uma ex-competidora do Big Brother Brasil, Mari Gonzalez, então eliminada do reality show. Gabriela já havia publicado um comentário infeliz dizendo que "o coronavírus igualou as pessoas".

E aí, Gabriela Pugliesi convidou várias outras influencers e fizeram barulheira durante toda a madrugada e parte da manhã. Bebiam muito sob a trilha sonora de pop dançante e música popularesca como "funk", "sertanejo" e axé-music (depois dizem que esta é a "expressão das periferias", quando são os ricos que mais consomem essas porcarias musicais), e pouco lhe importaram as queixas da vizinhança, que avisava que tinha até idosa de 90 anos querendo dormir.

Em vez disso, a "galera" embriagada esnobava. "F***-se a vida!", dizia, sarcástica, Gabriela Pugliesi com um copo de cerveja na mão, enquanto um fundo de pop eletrônico era tocado. O episódio repercutiu muito mal e a influenciadora, que tinha algo em torno de 4,5 milhões de seguidores e mais de R$ 3 milhões de remuneração só como youtuber patrocinada por 20 anunciantes, praticamente perdeu tudo.

A lista de seguidores diminuiu drasticamente. Gabriela, que já publicou livros como Raio X e A vida é Mara!, e chegou a ser definida por uma matéria de O Globo como "supersaudável", passou a perder uma média diária de 150 mil, e, para não passar mais vexame, encerrou o seu canal no Instagram e no YouTube e resolveu "se retirar" para "pensar na vida", como prometeu em um vídeo onde supostamente ela aparecia "arrependida" e "muito triste" com o ocorrido.

CHICO XAVIER FEZ FRAUDES, SIM, E SUA "CARIDADE" NUNCA TEVE PROVAS NEM FUNDAMENTOS

O episódio veio pouco antes de outro, que revela uma queda vertiginosa. A atriz Regina Duarte, que muitos admiravam não só como a "namoradinha do Brasil", de papéis meigos no início de carreira, como também por papéis empoderados em trabalhos como Malu Mulher e Vale-Tudo, sem falar da divertida Viúva Porcina de Roque Santeiro, decaiu não só por apoiar Jair Bolsonaro e aceitar o convite para ser secretária de Cultura, mas pela entrevista arrogante que ela fez na CNN Brasil.

Na entrevista, ela minimizou a gravidade da ditadura militar, dizendo, de forma insensível, que "sempre houve tortura no Brasil", e, além disso, cantou "Pra Frente Brasil", aquela música do compositor Miguel Gustavo que simbolizou o "Brasil Grande" consagrado pela vitória na Copa do Mundo de 1970. É engraçado essa associação de Seleção Brasileira com cenários políticos conservadores, nos últimos 50 anos. Em 2002, a SBF conquistou o "penta", Chico Xavier morreu em seguida e, recentemente, se revelou que os jogadores Rivaldo, Cafu e Ronaldinho Gaúcho, além do treinador Luiz Felipe Scolari, são apoiadores confessos de Jair Bolsonaro.

E aí chegamos ao "médium" que é ultraconservador, apesar das esquerdas passarem pano nisso e o adorarem criando teses mirabolantes para desmentir seu direitismo, que salta mais aos olhos do que os próprios olhos "saltados" que Chico Xavier teve em sua vida.


Diante da crise do coronavírus, alguns engraçadinhos saltaram o nome Chico Xavier nos trend topics do Twitter. É incrível que Chico Xavier também vive apoiado por "robôs". A maioria dos comentários seguia sempre algo parecido como: 

"Hoje acordei e vi no Twitter as seguintes palavras e fiquei preocupado: 

- explosão do vulcão Krakatoa;
- coronavírus;
- fim do mundo;
- data-limite;
- Chico Xavier".

Fora isso, tínhamos o mesmo papo de chiquistas tomados de fascinação obsessiva, que diziam que Chico Xavier "doou sua vida pelo próximo", assim, de maneira vaga, sentimentaloide, sem qualquer tipo de fundamentação.

Fala-se tanto da "caridade" de Chico Xavier, mas provas, que é bom, não há coisa alguma. Ou melhor, há provas de que isso não passou de um blefe. Afinal, se sua "caridade" tivesse ocorrido mesmo, o Brasil teria sido um país bastante desenvolvido há muito tempo, e não teríamos Jair Bolsonaro governando o nosso país.

Essa "caridade", sabemos, nunca passou de uma lorota digna daqueles "sertanejos" que fazem lives nas redes sociais e que são tão rasos, em personalidade, quanto Gabriela Pugliesi. É aquela "caridade de fachada", na qual o "filantropo" não contribui, ele apenas arrecada as doações feitas por outras pessoas, enquanto o "benfeitor" fica com a promoção pessoal. E lembremos que nem é uma caridade maravilhosa, mas uma coisa fajuta chamada Assistencialismo, só para piorar as coisas.

As poucas fotos de Chico Xavier "praticando caridade" são poucas e vagas. Na verdade, não eram mais do que inspeções em "casas espíritas" para o Assistencialismo dos outros. Mas outros atos que definem a "indiscutível caridade" de Chico Xavier - que chegava a enganar até opositores do "médium" - nunca passaram de doações de cachê (coisa que qualquer famoso mão-de-vaca é capaz de fazer, visando vantagens pessoais), doações de terreno negociadas com os grandes proprietários de terras (Chico Xavier apoiava o coronelismo, né, esquerdas?) e o engodo sensacionalista das "cartas mediúnicas", obras fake alimentadas pela "leitura fria" das entrevistas dos "auxílios fraternos".

Por ironia, o jornalista José Herculano Pires, que, apesar de sua correta condição do Espiritismo, sempre passou pano em Chico Xavier, falava, de Divaldo Franco, a respeito de práticas de "conduta condenável no terreno da caridade", usadas para blindar os aspectos sombrios da biografia do "médium" baiano, mas que podem também ser aplicadas na trajetória do "médium" mineiro, cuja alegação de "caridade" tornou-se uma carteirada para não ser condenado pelos erros cometidos.

E isso se dá quando um escândalo surge, como um tsunami que invade uma cidade com a relativa vagareza do mar desaguando na praia, muitos não conseguem perceber. É o "fogo amigo" que a historiadora Ana Lorym Soares, aparentemente uma simpatizante "isenta" de Chico Xavier, lançou, por acidente, contra o "médium", confirmando que as "psicografias" foram uma armação de dirigentes da FEB, que assumidamente elaboraram os textos dos livros e mexiam até mesmo depois da primeira edição. Parnaso de Além-Túmulo, por exemplo, sofreu modificações cinco vezes.

A alegação, trazida pela autora, de "consulta dos amigos espirituais" ou de que "as modificações eram necessárias para deixar as psicografias publicáveis para o grande público" são papos furados, uma vez que a tarefa principal - a modificação textual feita pelos "editores da Terra" - já revela uma fraude, pela lógica que se tem através da análise dessas atividades.

Isso poderia trazer um escândalo grave, não fossem as paixões religiosas que arrumam qualquer desculpa para inocentar Chico Xavier, que sempre permanece naquela imagem de "fada-madrinha do mundo real", como se fosse um personagem de contos-de-fadas para adultos e idosos.

Afinal, trata-se de um ato desonesto, de uma confirmação de fraudes, e a própria Ana Lorym deixa latente que os "grandes intelectuais" da FEB são os dirigentes Manuel Quintão e Luís da Costa Porto Carreiro Neto, que davam o tom dos estilos literários imitados pelas "psicografias". Nota-se, por exemplo, em Volta, Bocage, que o "dr. Porto Carreiro", como Chico Xavier definiu numa carta a Antônio Wantuil de Freitas sobre as revisões de Parnaso de Além-Túmulo, fez praticamente todo o processo imitador, tendo o "bondoso médium" colaborado pouco, mais para inserir valores igrejistas na poesia do pseudo-Bocage.

São coisas vergonhosas, e fazem com que a alegação de que Chico Xavier "conversava com os mortos", que se tornou pretenso consenso a partir da imprensa sensacionalista, fosse mesmo uma grande lorota. E era um meio até de desqualificar as mensagens dos espíritos - mesmo quando se reconhece que elas têm natureza fake - , porque, independente de fraude ou não, os textos tinham sempre o acabamento dos dirigentes da FEB, o que, na prática, indica que eles é que ficavam com a palavra final.

Portanto, isso permitiu toda a farra que se faz usando os nomes dos mortos. Virou uma impunidade tremenda, com direito a alguns "médiuns", a partir dos próprios casos de Chico Xavier e Divaldo Franco, bancarem os "donos dos mortos".

Isso é deplorável, é uma irresponsabilidade, é um desrespeito aos mortos e um desrespeito a todos os brasileiros. É um festival de mentiras, de abusos diversos, que nenhum pretexto de "caridade", nenhum pretexto de "divulgar a mensagem cristã" ou "propagar o Espiritismo", serve de atenuante. Só isso poderia derrubar Chico Xavier, que já foi cúmplice da farsante Otília Diogo e passou pano para João de Deus, denunciado por diversos crimes. 

Chico Xavier era para ser um dos mais "cancelados" das redes sociais, não fossem as paixões religiosas que cegam não só os seguidores mais fanáticos, mas também os simpatizantes que se dizem "isentos" e "não-espíritas". Só a fascinação obsessiva, reprovada pela Codificação, para não incluir o tendencioso "médium" na lista dos ídolos que caem como "castelos de areia" tragados pelas águas.

Chico Xavier, pela sua obra, nunca foi "espírito de luz" nem "homem bom e imperfeito", mas uma figura deplorável que merece o mais duro repúdio da população, como um inimigo interno que arruinou o legado do Espiritismo original.

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