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Articulista "viaja na maionese" com textão pseudo-científico endossando Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar)

Um texto sem pé nem cabeça foi publicado, tempos atrás - mais precisamente em 21 de maio de 2017, portanto, há três anos - por um desses pseudo-intelectuais do "espiritismo" brasileiro, Marcos Villas-Boas que, apesar de ter Doutorado em Filosofia de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é um daqueles pensadores frustrados que usam a "doutrina espírita" (da forma deturpada como se faz no Brasil) como um abrigo para sua mediocridade intelectual.

O texto, na verdade a terceira parte de uma série lançada pelo autor, é um engodo que mistura bajulações à ciência com alegações sem o menor pingo de fundamentos. Por exemplo, Marcos Villas-Boas despeja, na cara dura, que a assinatura do "espírito Humberto de Campos" era a mesma que ele assinou em vida, sem dar uma mostra sequer dessa tese. Pelo contrário, ela é refutada quando vemos que a assinatura do suposto espírito não era a mesma, como se vê aqui.

Em cima, se nota a assinatura falsa de Humberto de Campos, usada nas "psicografias" de Chico Xavier, e que lembra mais a letra pessoal do "médium" em escrita apressada. Ela claramente pode ser identificada como diferente da que é exibida abaixo, nesse arquivo de imagem. As diferenças são gritantes, e é uma pena que Marcos Villas-Boas, em sua arrogância, esculhambe os céticos, diante de sua burrice, aos níveis de um Caio Coppolla do "espiritismo", por não identificar diferenças grosseiras e escancaradas de caligrafias, cujas distinções não precisam de especialização em Grafologia para serem identificadas, bastando ver as formas como as letras são desenhadas.

Marcos Villas-Boas é aquele intelectual frustrado, aquele jurista frustrado que em seus textos misturava Ciência, Esoterismo, Umbanda, Doutrina Espírita, num engodo conceitual pseudo-científico, cheio de argumentos até verossímeis, mas longe de ter alguma validade intelectual e lógica, a mínima que houver. Reproduzimos o texto, por sinal muito grande (o que não seria problema, mas, neste caso, é, e dos mais graves), para mostrar a miséria intelectual do articulista e a sua confusão conceitual em torno da Doutrina dos Espíritos, a ponto de endossar a atividade duvidosa de Chico Xavier:

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Há provas científicas da existência dos Espíritos? Parte III

por Marcos Villas-Bôas - Coluna Ciência Espírita (sic) - Jornal GGN

Nos dois últimos textos, procuramos nos posicionar entre os crédulos e incrédulos, buscando construir uma perspectiva científica, crítica da literatura sobre manifestações de Espíritos. Isso já foi feito por inúmeros outros estudiosos bem mais célebres, como os citados Camile Flammarion, Carl Gustav Jung, Charles Richet, Pierre Curie, Marie Curie e muitos outros. Continuaremos com eles e acrescentaremos as visões de Gabriel Delanne e William Crookes.  

Richet, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia (ou Medicina) em 1913, criou o que se chama de Metapsíquica, precursora da Parapsicologia, que uns chamam de ciência e outros de pseudociência, como normalmente acontece com temas que “incomodam” as pessoas.

No seu Tratado de Metapsíquica, Richet registrou diversas experiências que realizou com médiuns, que levaram a uma melhor compreensão sobre, por exemplo: a) a telecinesia, ação mecânica sem contato sobre pessoas ou objetos, como a levitação; b) ectoplasmia, emissão de fluidos pelo corpo humano que dão origem a materializações de Espíritos; c) fenômenos psíquicos chamados de “subjetivos”, como telepatia, clarividência, clariaudiência, xenoglossia, psicografia e outros.

Fato curioso é que Chico Xavier recebeu, em 21 de janeiro de 1936, uma comunicação assinada pelo Espírito Humberto de Campos que trata do desencarne de Charles Richet, acontecido em 4 de dezembro de 1935. No relato, conta-se um diálogo entre aquele chamado de “Senhor” e o “Anjo da Morte”. Este advoga pela permanência de Richet na Terra, enquanto que aquele diz ser chegada a sua hora, pois, após 85 anos, ele não teria dado como certa a imortalidade, devendo retornar ao mundo espiritual para receber, como recompensa pelos seus trabalhos, a centelha divina da crença.

Chico Xavier morava em Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais, quando realizou a referida psicografia, tinha 25 anos e não havia concluído o ensino primário. Naquele tempo de comunicação muito mais difícil, obviamente, até aquele momento, Chico nem sequer sabia quem era Charles Richet, muito menos como teria sido sua vida, seus estudos, sua descrença e sua morte, acontecida apenas 48 dias antes da psicografia.  

Se a psicografia está assinada por Humberto de Campos, com a mesma assinatura que ele tinha em vida, tendo, inclusive, a viúva dele ajuizado ação judicial para receber direitos autorais pelas obras publicadas por Chico, os incrédulos precisam explicar qual outra razão existiria para os dados psicografados, senão a de ter havido, de fato, comunicação com o Espírito Humberto de Campos.  

Richet era um homem da ciência, preocupado com a sua imagem no seio científico e muito pautado nos experimentos. É interessante notar que, para muitos, se tornou um maluco voltado para assuntos metafísicos, enquanto que, para “os céus”, ainda era um descrente. Ele inicia o livro assim:

“Não verão os seus propósitos realizados aqueles que neste livro esperarem encontrar considerações nebulosas acerca dos destinos do homem, da magia e da teosofia. Tudo fiz por escrever um livro de ciência e não de devaneios. […] Não obstante, os fatos existem: são numerosos, autênticos, brilhantes. Achar-se-ão, no decorrer das páginas dessa obra, exemplos tão abundantes, tão preciosos, tão demonstrativos, que não percebo como um sábio de boa-fé, consentindo na verificação deles, possa ousar por todos em dúvida. […] Escrevendo este livro à maneira dos tratados clássicos das outras ciências, tais como a física, a botânica, a patologia, quisemos tirar aos fatos, aos quais chamam ocultos, e dos quais muito indiscutivelmente são reais, a aparência sobrenatural e mística que lhes emprestaram as pessoas que nada sabem sobre eles” (Antelóquio do Tratado da Metapsíquica, p. 9-10).

Richet passou boa parte da vida dedicado a fenômenos espíritas, mas não os reconhecia como tal, apesar de ter convicção a respeito de uma força desconhecida agindo ali. Ele buscava explicações “metapsíquicas” (anímicas) para as manifestações, mas nem sempre encontrava. Foi um grande colaborador da Ciência Espírita, apesar de ser tido pelos espíritas como uma espécie de adversário, conforme ele mesmo relata:

“Os espíritas receberam o meu Tratado de Metapsíquica com grande frieza. Compreendo o seu estado de espírito. Em vez de aceitar a sua teoria ingênua e frágil, propus aguardar, para se constituir qualquer teoria defensável, que os fatos fossem classificados, codificados, marcados, acompanhando-os das necessárias exigências do método experimental. Ao contrário, os espíritas julgam possuir já uma explicação adequada para todos os fenômenos. Disse-lhes que a sua explicação era hipotética, mas não hesitei em reconhecer que em certos casos, raros, a hipótese espírita, simplista, parecia ser preferível. Creio bem que isso não é senão uma aparência. Portanto a aparência continua nela.

Se os espíritas fossem justos, reconheceriam que a minha tentativa de fazer entrar na ordem dos fatos científicos todos os fenômenos que constituem a base de sua fé, mereceria eu verdadeiramente alguma indulgência.

Reconhecem eles que o passo dado para trás é largo, já que desde agora a metapsíquica (criptestesia) parece estar definitivamente classificada como um fato científico confirmado.

A ciência é, acima de tudo, a soberana mestra do futuro. Não será por meio de preces, nem por atos de fé nem por convicções irrefletidas, que ela irá tomar corpo: é unicamente por meio de investigações exatas, multiplicadas” (Tratado da Metapsíquica, p. 19-20).   

As pessoas deveriam aprender com os fatos do passado, mas isso leva, às vezes, muito tempo para acontecer. Ainda que Richet não fosse reconhecedor dos Espíritos, ele terminou por comprovar a sua existência via experimentos que realizou, mas que não conseguia explicar inteiramente por causas anímicas.

Como acontece na política, os indivíduos – e não é diferente com alguns espíritas – se irritam quando o outro não concorda perfeitamente com eles, mesmo que suas ideias endossem as crenças deles próprios. Por seguirem uma filosofia que prega mais humildade e caridade, deveriam ter mais cuidado.

Richet foi um gênio, inspiradíssimo pelos Espíritos, como explicou a comunicação de Humberto de Campos. As suas conclusões ajudaram a explicar muito do que já havia sido dito pelos Espíritos a Allan Kardec algum tempo antes.  

É preciso ter em mente que o conhecimento transmitido a Kardec pelos Espíritos era avançado demais para a época e boa parte dele não poderia ser explicado com tranquilidade a partir de experimentos, ainda que outra parte pudesse. Deste modo, alguns dos cientistas mais críticos e menos crédulos, é de se compreender perfeitamente, viam Kardec como uma figura séria, porém crédula demais, que exagerou na crença em torno das comunicações que fazia.

A questão é que as psicografias, os experimentos científicos (espíritas ou não) e a prática mediúnica que vieram após Kardec, e continuam crescendo até hoje, apenas confirmaram o que está nos seus livros.

Se, mesmo apesar de ter confirmado muito do que estava no Livro dos Médiuns, de Kardec, Richet era descrente na existência de Espíritos; o seu amigo e companheiro em pesquisas, Gabriel Delanne, era o contrário dele. Com pai espírita e mãe médium, Delanne era convicto:

“Força é que se convençam de que muitos milhões de homens não são vítimas de uma loucura contagiosa; que, se creem, é porque a doutrina lhes oferece os mais dignos ensinos, porque abre ao espírito os mais vastos horizontes. Convém, enfim, que se deixem de lado as fáceis zombarias empregadas há vinte e cinco anos nos jornalecos, e que nem mesmo fazem rir os que editam. A nova ciência que ensinamos não consiste, somente, no movimento de uma mesa, porque, tão grande é a distância que vai destes modestos ensaios as suas consequências, quão a maçã de Newton à gravitação universal.

Convidamos o homem de boa fé a fazerem pesquisas sérias, pedimos-lhes que meditem nos ensinamentos de nossa filosofia e eles se convencerão de que nas nossas explicações nunca intervém o sobrenatural.

O Espiritismo repele o milagre com todas as forças. Faz de Deus o ideal da justiça e da ciência; diz que o Criador do Mundo, tendo estabelecido leis que exprimem seu pensamento, não pode derrogá-las, pois que elas são a obra da razão suprema e é impossível qualquer infração a essas leis. Os fatos espíritas podem ser todos, senão explicados, pelo menos compreendidos com os dados da ciência atual, o que demonstraremos no fim desta obra.

A parte espiritual do homem foi desprezada pelos sábios; seus trabalhos versavam tão-só sobre o corpo e eis que os Espíritos invadem a Ciência que os havia desenhado” (O Espiritismo perante a Ciência, p. 94-95).

Nesse mesmo livro, Delanne faz um ótimo histórico das manifestações espíritas e das experimentações científicas sobre elas. Destaque-se a menção a William Crookes, cientista nomeado cavaleiro em 1897, condecorado com a medalha de Ordem ao Mérito pelo Rei Eduardo VII em 1910 e muito renomado por descobrir o tubo de imagem, que deu ensejo à TV e aos primeiros monitores (de computadores etc.); o elemento químico Tálio, de número atômico 81, em 1861; o radiômetro em 1873; e obter a primeira amostra conhecida de Hélio em 1895; até que decidiu enveredar pelos estudos científicos espíritas, como explica Delanne:

“O ilustre inventor do radiômetro penetra num domínio até então completamente desconhecido, e que, marcando o limite das coisas que se sabem, toca nas que se ignoram e que, talvez, nunca se venham saber.

Esse químico ilustre, esse físico de gênio, Crookes, submeteu a estudo as manifestações espíritas, não com ideias preconcebidas, mas com o desejo firme de instruir-se e de só apoiar o seu julgamento na evidência. Diz ele:

‘Em presença de semelhantes fenômenos, os passos do observador devem ser guiados por uma inteligência tão fria e pouco apaixonada, quanto os instrumentos de que faz uso. Tendo a satisfação de compreender que está na trilha de uma verdade nova, esse único objetivo deve animá-lo a prosseguir, sem considerar se os fatos que se lhe apresentam são naturalmente possíveis ou não.

Com tais ideias, começou ele seus estudos sobre o Espiritismo; duraram perto de 10 anos e foram publicados com o título – Recherches sur le phénomènes du Spiritualisme, traduzido do inglês por J. Alidel’” (O Espiritismo perante a Ciência, p. 100).

Ao contrário dos demais livro citados, a obra de Crookes, tão ou mais fenomenal, é encontrada apenas em inglês ou francês, sendo ainda maior a razão para transcrevermos trechos neste e em outros textos, em inglês e depois com tradução livre em português, comentando-os em seguida. Comecemos apenas com um aperitivo e deixemos o restante para os posts que virão logo em seguida:

“Twelve months ago in this journal I wrote an article, in which, after expressing in the most emphatic manner my belief in the occurrence, under certain circumstances, of phenomena inexplicable by any known natural laws, I indicated several tests which men of science  had a right to demand  before giving credence to the genuineness of these phenomena. Among the tests pointed out were, that a ‘delicately poised balance should be moved under test conditions;’ and that some exhibition of power equivalente to so many ‘foot-pounds’ should be ‘manifested in his laboratory, where the experimentalist could weigh, measure, and submit it to proper tests’. I said, too, that I could not promise to enter fully into this subject, owing to the difficulties of obtaining opportunities, and the numerous failures attending the enquiry; moreover, that ‘the persons in whose presence these phenomena take place are few in number, and opportunities for experimenting with previously arranged apparatus are rarer still’.

Opportunities having since offered for pursuing the investigation, I have gladly availed myself of them for applying to these phenomena careful scientific testing experiments, and I have thus arrived at certain definite results which I think it right should be published. These experiments appear conclusively to establish the existence of a new force, in some unknown manner connected with the human organisation, which for convenience may be called the Psychic Force.

Of all the persons endowed with a powerful development of this Pschic Force, and who have been termed ‘mediums’ upon quite another theory of its origin, Mr. Daniel Dunglas Home is the most remarkable, and it is mainly owing to the many opportunities I have had of carrying on my investigation in his presence that I am enabled to affirm so conclusively the existence of this Force. The experiments I have tried have been very numerous, but owing to our imperfect knowledge of the conditions which favour or oppose the manifestations of this force, it has but seldom happened that a result obtained on one occasion could be subsenquently confirmed and tested with apparatus specially contrived for the purpose” (Researchers in the Phenomena of Spiritualism, p. 9-10).

Crookes explica quão científicos e sérios foram seus experimentos, e, em suma, afirma que chegou a resultados inexplicáveis pelas leis naturais, conforme tradução livre abaixo:

“Doze meses atrás, eu publiquei um artigo neste jornal, no qual, após expressar da maneira mais enfática minha crença na ocorrência, sob certas circunstâncias, de fenômenos inexplicáveis por quaisquer leis naturais conhecidas, eu indiquei vários testes os quais homens da ciência tinham o direito de demandar antes de dar credencial de genuinidade a tais fenômenos. Entre os testes referidos estava o de que ‘uma delicada balança deveria ser usada em condições de testes’ e que alguma exibição de poder equivalente a tantas ‘libras’ deveria ser ‘manifestada no seu laboratório, onde o experimentalista poderia pesar, medir e submetê-la aos testes apropriados’. Eu disse, também, que eu não poderia prometer entrar totalmente nesse assunto, devido às dificuldades de obter oportunidades e às inúmeras faltas de me comprometer com a averiguação; ademais, que ‘as pessoas nas presenças das quais esses fenômenos tomam lugar são poucas em número e oportunidades para experimentação com aparato previamente preparado são ainda mais raras’.

Oportunidades tendo, desde então, aparecido para realizar a investigação, eu tenho prazerosamente me servido delas para aplicar a esses fenômenos cuidadosos experimentos científicos de teste e eu, então, cheguei a certos resultados definidos os quais eu acho que deveriam ser publicados. Esses experimentos parecem conclusivamente estabelecer a existência de uma nova força, em alguma maneira desconhecida conectada com a organização humana, que, por conveniência, pode ser chamada a Força Psíquica.

De todas as pessoas dotadas de poderoso desenvolvimento dessa Força Psíquica, e que têm sido chamadas de ‘médiuns’ por outra teoria acerca da sua origem, o Sr. Daniel Dunglas Home é a mais marcante, e é, sobretudo, devido às muitas oportunidades que eu tive de realizar a minha investigação na sua presença que eu estou permitido afirmar tão conclusivamente a existência dessa Força. Os experimentos que eu tenho testado são muito numerosos, mas, devido ao nosso imperfeito conhecimento das condições que favorecem ou opõem manifestações dessa força, até a caprichosa maneira pelas quais são exercidas, e ao fato que o próprio Sr. Home está sujeito a incontáveis fluxos e refluxos de força, apenas raramente um resultado obtido numa ocasião poderia ser subsequentemente confirmado e testado com aparato especialmente idealizado para o fim.”

(...)

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