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Frase sobre Espiritismo por Chico Xavier: mais incoerência

(Autor: Professor Caviar)

A fascinação obsessiva é um véu que os "médiuns" deturpadores do Espiritismo utilizam para seduzir as pessoas e promover uma imunidade em níveis estratosféricos.

Uma observação atenta às frases ditas por Francisco Cândido Xavier mostra que as mesmas nem de longe refletem a beleza e a sabedoria de que muito se alardeia. E não é preciso muito esforço para perceber o quanto essas frases se tornam tão populares nas redes sociais, reduto de sociopatas e outros medievais digitais.

Vamos a um depoimento a respeito do Espiritismo e caridade que Chico Xavier disse, e que reflete um pouco de oportunismo, pretensiosismo disfarçado de despretensão e uma certa dose de hipocrisia:

"Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque, positivamente, não acredito que a religião A seja melhor do que a religião B... Nas origens de toda religião cristã está o pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho...

Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu 'Fora da Caridade', ou seja, fora do Amor não há salvação...".

Em primeiro lugar, o igrejismo de Xavier expressa seu sutil "ecumenismo" quando fala que não acredita que a "religião A seja melhor do que a religião B". Lembremos que Chico Xavier sempre foi católico, de valores bastante ortodoxos, e fica subentendido que ele "nunca quis mudar a religião de ninguém" porque "todas as religiões" seguem a linha do Catolicismo. Observe que o "médium" citou o jargão católico "Nosso Senhor Jesus Cristo".

Em outras palavras, o que o primeiro parágrafo quis dizer foi que "todas as religiões são benvindas", desde que "cristãs", eufemismo para a visão católica-medieval que se tem de Jesus de Nazaré, na qual a visão de "amor" e "caridade" obedece abordagens místicas e valores hierárquicos próprios do moralismo conservador defendido a ferro e a fogo pelo moralismo aristocrático e clérigo da Idade Média.

Quanto ao segundo parágrafo, o que se nota é uma apropriação tendenciosa de Chico Xavier ao Espiritismo. O "médium" tenta alegar que, se a máxima fosse "fora do Espiritismo não há salvação", ele teria pulado fora. Mas ele usou uma desculpa de apelo emocional para se autopromover às custas da Doutrina Espírita usando as palavras "caridade" e "amor", com um oportunismo que seduz facilmente os brasileiros de coração mole.

A verdade é que Chico Xavier nunca foi espírita e seu caminho sempre foi o Catolicismo ortodoxo, do qual divergia apenas pela paranormalidade doméstica que praticava, falando com o espírito da mãe e do jesuíta Emmanuel. E essa apropriação de palavras como "amor" e "caridade" mostram que Xavier simplesmente personificou, com muita exatidão, o perigo alertado por Kardec, o inimigo interno do Espiritismo dotado de apelos emocionais, textos rebuscados e ideias mirabolantes. O próprio Kardec havia alertado de que esses inimigos internos falariam coisas "maravilhosas" como "amor e caridade", para depois impor suas ideias mistificadoras e conservadoras.

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