(Autor: Professor Caviar)
Sério problema trouxe o acadêmico "espírita" Alexandre Caroli Rocha quando deu suas conclusões acerca dos casos Humberto de Campos e Jair Presente, dentro de uma abordagem que soa científica na aparência, mas covardemente anti-científica no conteúdo.
No caso Humberto de Campos, Caroli propôs que o problema das "psicografias" fosse deixado "em aberto", esperando que análises acerca da mediunidade e do mundo espiritual fossem revelar a situação da validade ou não da identidade espiritual do suposto falecido. Ou seja, Caroli não acredita que uma simples análise textual, mesmo comprovando problemas de linguagem, estilo e aspectos pessoais, fosse suficiente para declarar veracidade ou farsa numa suposta psicografia. Caroli é daquele tipo que não crê na fórmula "2 + 2 = 4", achando que é "necessária" uma complicada equação matemática para se chegar ao número 4.
Isso traz um grave problema a partir da seguinte omissão de Caroli. Ele não defendeu que os livros "psicográficos" que Francisco Cândido Xavier lançou sob os nomes de Humberto de Campos e Irmão X tenham que ser retirados de circulação, tornando-se indisponíveis para o público.
Afinal, se é necessário, como diz Caroli Rocha, que haja análises sobre o postmortem e sobre a atividade mediúnica, seria necessário, também, que as obras "psicográficas" fossem retiradas de acesso, seja no mercado ou mesmo na Internet, não permitindo disponibilidade gratuita na Internet e vetando a comercialização até mesmo em sebos literários.
Isso porque, se a tese de Caroli Rocha tem sentido, a identidade espiritual nas "psicografias" é neutra, porém duvidosa. Ou seja, as obras não são falsas, mas também não são verdadeiras, tudo fica num zero a zero, o que também não autorizaria a disponibilização pública dos livros, diante desse aspecto duvidoso. Seria necessário, conforme a tese de Caroli, um exame apurado para que depois os livros, se tiverem a veracidade reconhecida, serem liberados para o público.
Diante do silêncio de Caroli Rocha diante da tarefa de banir o acesso dos livros, ele nada declarou, mas inferimos que o "movimento espírita" libera as obras "psicográficas" para o público, incluindo disponibilidade gratuita na Internet, sob a alegação de "liberdade de crença".
Essa tese da "liberdade de crença" é absurda e ofensiva à memória dos mortos. Afinal, se pressupõe que as obras "psicográficas" podem ser reconhecidas como "verídicas" ou não "conforme a fé de cada um". Usar a "liberdade da fé" para tal finalidade é extremamente leviano e mostra o quanto "médiuns" podem fazer o que querem e acabam sendo "donos dos mortos", o que, infelizmente, é legitimado pelas leis antigas que entregaram Chico Xavier à impunidade.
Qualquer pessoa pode se passar por um morto e escrever mensagens da mente dela, exigindo apenas dessa pessoa um prestígio religioso, uma suposta atividade filantrópica e um conteúdo "cristão" nas mensagens forjadas. Isso em nenhum momento garante honestidade, e se revela um pernicioso meio de mascarar fraudes literárias se deixando valer por supostos "ensinamentos cristãos" e "lições de vida".
Querer que as pessoas "acreditem como quiserem" na veracidade ou não dessas obras é um desrespeito à memória e ao legado do morto, que não está aí para reclamar. Ele tem seu legado simbólico avacalhado, porque deixou de valer por ele mesmo.
O caso Humberto de Campos é ilustrativo. Ele deixou, praticamente, de ter autonomia e foi vítima das tramoias do traiçoeiro Chico Xavier, que chegou ao cúmulo de assediar o filho homônimo, num espetáculo de pregação religiosa e amostras de Assistencialismo, a ponto do "médium" ser conhecido na posteridade como "dono de Humberto de Campos", algo que soa não apenas leviano, mas absoluta e indiscutivelmente deplorável.
Isso cria um precedente para fazermos o que quisermos com os mortos. Sem medirmos escrúpulos em cairmos em contradição. Ver Nelson Moraes, suposto médium que se apropriou de Raul Seixas, botando sob seu nome ideias reacionárias como a tese do "inimigo de si mesmo" - que o "espiritismo" brasileiro defende e, mesmo condenando o suicídio, leva, por acidente, a muitos sofredores extremos tirarem sua própria vida - , é algo muito preocupante.
AS CARTAS NÃO-VERÍDICAS ATRIBUÍDAS A JAIR PRESENTE
A abordagem "escorregadia" de Alexandre Caroli Rocha sobre o caso Jair Presente apresenta um problema. Ele disse que as supostas cartas espirituais que Chico Xavier lançou, sob o nome do jovem rapaz, são "verídicas", mas sem garantia de que elas "seriam realmente escritas por alguém morto".
Isso coloca Caroli Rocha numa grande, terrível e vergonhosa contradição. Uma suposta carta espiritual só pode ser considerada verídica se for comprovada a identidade espiritual do suposto autor espiritual. A presença, tão somente, de informações e dados relacionados à vida do morto, por mais corretos e realistas que sejam, não garante a veracidade.
Vamos usar como exemplo uma obra de ficção baseada em fatos reais. Ela pode apresentar fatos que se confirmem com os registros históricos que os preservam na memória historiográfica. Podem esses fatos não serem contraditórios, mas havendo uma natureza de construção de narrativa, com diálogos fictícios e alguma introdução de personalidades e situações fictícias, o trabalho é ficcional.
Nas "cartas mediúnicas", nota-se, aliás, a disparidade de aspectos pessoais observada na linguagem. Na primeira mensagem atribuída a Jair Presente lançada por Chico Xavier, o texto segue o mesmo estilo pessoal do "médium", conhecido por outras "psicografias" e rigorosamente coincidente com os depoimentos pessoais do beato de Pedro Leopoldo, durante as entrevistas.
Nas mensagens posteriores do suposto Jair Presente, há uma linguagem estranhamente neurótica, com um inimaginável excedente de gírias que nem mesmo um hippie usaria, e o texto é tão nervoso que lembra mais o de um usuário de cocaína, contradizendo a condição de que o morto, no mundo espiritual, desenvolveria a calma passados alguns meses de sua desencarnação.
A análise textual, que Caroli Rocha recusa acolher em sua metodologia, é bastante certeira para apontar problemas graves nas pretensas psicografias. E análises consistentes, com provas robustas, já derrubaram, por exemplo, qualquer chance de veracidade do livro Parnaso de Além-Túmulo, faltando apenas um parecer oficial e uma reportagem por parte de alguém com grande visibilidade diante do público em geral.
Caroli Rocha caiu no ridículo quando disse que as cartas atribuídas a Jair Presente são "verídicas", mas não garantiu que elas sejam "realmente escritas por alguém morto", porque a veracidade não está na correção das informações apresentadas, mas na comprovação da identidade autoral.
É extremamente covarde, no caso de Humberto de Campos, de Caroli Rocha deixar o problema "em aberto", achando que contestar a veracidade das "psicografias" soa "escorregadio". "Escorregadia" é a postura de Caroli que, no caso, permite que, mesmo com a pendência de analisar as "psicografias" sob a metodologia desejada por ele, os livros sejam disponibilizados livremente, como se fossem "verídicos".
Caroli Rocha comprova que se trata de um acadêmico medíocre, ao qual não tem o menor mérito de ser considerado um intelectual. O próprio Allan Kardec teria reprovado Caroli, por conta do medo que este tem em questionar problemas estabelecidos e não agir com o necessário rigor da lógica. Portanto, Alexandre Caroli Rocha merece uma nota zero nas suas pesquisas.
Sério problema trouxe o acadêmico "espírita" Alexandre Caroli Rocha quando deu suas conclusões acerca dos casos Humberto de Campos e Jair Presente, dentro de uma abordagem que soa científica na aparência, mas covardemente anti-científica no conteúdo.
No caso Humberto de Campos, Caroli propôs que o problema das "psicografias" fosse deixado "em aberto", esperando que análises acerca da mediunidade e do mundo espiritual fossem revelar a situação da validade ou não da identidade espiritual do suposto falecido. Ou seja, Caroli não acredita que uma simples análise textual, mesmo comprovando problemas de linguagem, estilo e aspectos pessoais, fosse suficiente para declarar veracidade ou farsa numa suposta psicografia. Caroli é daquele tipo que não crê na fórmula "2 + 2 = 4", achando que é "necessária" uma complicada equação matemática para se chegar ao número 4.
Isso traz um grave problema a partir da seguinte omissão de Caroli. Ele não defendeu que os livros "psicográficos" que Francisco Cândido Xavier lançou sob os nomes de Humberto de Campos e Irmão X tenham que ser retirados de circulação, tornando-se indisponíveis para o público.
Afinal, se é necessário, como diz Caroli Rocha, que haja análises sobre o postmortem e sobre a atividade mediúnica, seria necessário, também, que as obras "psicográficas" fossem retiradas de acesso, seja no mercado ou mesmo na Internet, não permitindo disponibilidade gratuita na Internet e vetando a comercialização até mesmo em sebos literários.
Isso porque, se a tese de Caroli Rocha tem sentido, a identidade espiritual nas "psicografias" é neutra, porém duvidosa. Ou seja, as obras não são falsas, mas também não são verdadeiras, tudo fica num zero a zero, o que também não autorizaria a disponibilização pública dos livros, diante desse aspecto duvidoso. Seria necessário, conforme a tese de Caroli, um exame apurado para que depois os livros, se tiverem a veracidade reconhecida, serem liberados para o público.
Diante do silêncio de Caroli Rocha diante da tarefa de banir o acesso dos livros, ele nada declarou, mas inferimos que o "movimento espírita" libera as obras "psicográficas" para o público, incluindo disponibilidade gratuita na Internet, sob a alegação de "liberdade de crença".
Essa tese da "liberdade de crença" é absurda e ofensiva à memória dos mortos. Afinal, se pressupõe que as obras "psicográficas" podem ser reconhecidas como "verídicas" ou não "conforme a fé de cada um". Usar a "liberdade da fé" para tal finalidade é extremamente leviano e mostra o quanto "médiuns" podem fazer o que querem e acabam sendo "donos dos mortos", o que, infelizmente, é legitimado pelas leis antigas que entregaram Chico Xavier à impunidade.
Qualquer pessoa pode se passar por um morto e escrever mensagens da mente dela, exigindo apenas dessa pessoa um prestígio religioso, uma suposta atividade filantrópica e um conteúdo "cristão" nas mensagens forjadas. Isso em nenhum momento garante honestidade, e se revela um pernicioso meio de mascarar fraudes literárias se deixando valer por supostos "ensinamentos cristãos" e "lições de vida".
Querer que as pessoas "acreditem como quiserem" na veracidade ou não dessas obras é um desrespeito à memória e ao legado do morto, que não está aí para reclamar. Ele tem seu legado simbólico avacalhado, porque deixou de valer por ele mesmo.
O caso Humberto de Campos é ilustrativo. Ele deixou, praticamente, de ter autonomia e foi vítima das tramoias do traiçoeiro Chico Xavier, que chegou ao cúmulo de assediar o filho homônimo, num espetáculo de pregação religiosa e amostras de Assistencialismo, a ponto do "médium" ser conhecido na posteridade como "dono de Humberto de Campos", algo que soa não apenas leviano, mas absoluta e indiscutivelmente deplorável.
Isso cria um precedente para fazermos o que quisermos com os mortos. Sem medirmos escrúpulos em cairmos em contradição. Ver Nelson Moraes, suposto médium que se apropriou de Raul Seixas, botando sob seu nome ideias reacionárias como a tese do "inimigo de si mesmo" - que o "espiritismo" brasileiro defende e, mesmo condenando o suicídio, leva, por acidente, a muitos sofredores extremos tirarem sua própria vida - , é algo muito preocupante.
AS CARTAS NÃO-VERÍDICAS ATRIBUÍDAS A JAIR PRESENTE
A abordagem "escorregadia" de Alexandre Caroli Rocha sobre o caso Jair Presente apresenta um problema. Ele disse que as supostas cartas espirituais que Chico Xavier lançou, sob o nome do jovem rapaz, são "verídicas", mas sem garantia de que elas "seriam realmente escritas por alguém morto".
Isso coloca Caroli Rocha numa grande, terrível e vergonhosa contradição. Uma suposta carta espiritual só pode ser considerada verídica se for comprovada a identidade espiritual do suposto autor espiritual. A presença, tão somente, de informações e dados relacionados à vida do morto, por mais corretos e realistas que sejam, não garante a veracidade.
Vamos usar como exemplo uma obra de ficção baseada em fatos reais. Ela pode apresentar fatos que se confirmem com os registros históricos que os preservam na memória historiográfica. Podem esses fatos não serem contraditórios, mas havendo uma natureza de construção de narrativa, com diálogos fictícios e alguma introdução de personalidades e situações fictícias, o trabalho é ficcional.
Nas "cartas mediúnicas", nota-se, aliás, a disparidade de aspectos pessoais observada na linguagem. Na primeira mensagem atribuída a Jair Presente lançada por Chico Xavier, o texto segue o mesmo estilo pessoal do "médium", conhecido por outras "psicografias" e rigorosamente coincidente com os depoimentos pessoais do beato de Pedro Leopoldo, durante as entrevistas.
Nas mensagens posteriores do suposto Jair Presente, há uma linguagem estranhamente neurótica, com um inimaginável excedente de gírias que nem mesmo um hippie usaria, e o texto é tão nervoso que lembra mais o de um usuário de cocaína, contradizendo a condição de que o morto, no mundo espiritual, desenvolveria a calma passados alguns meses de sua desencarnação.
A análise textual, que Caroli Rocha recusa acolher em sua metodologia, é bastante certeira para apontar problemas graves nas pretensas psicografias. E análises consistentes, com provas robustas, já derrubaram, por exemplo, qualquer chance de veracidade do livro Parnaso de Além-Túmulo, faltando apenas um parecer oficial e uma reportagem por parte de alguém com grande visibilidade diante do público em geral.
Caroli Rocha caiu no ridículo quando disse que as cartas atribuídas a Jair Presente são "verídicas", mas não garantiu que elas sejam "realmente escritas por alguém morto", porque a veracidade não está na correção das informações apresentadas, mas na comprovação da identidade autoral.
É extremamente covarde, no caso de Humberto de Campos, de Caroli Rocha deixar o problema "em aberto", achando que contestar a veracidade das "psicografias" soa "escorregadio". "Escorregadia" é a postura de Caroli que, no caso, permite que, mesmo com a pendência de analisar as "psicografias" sob a metodologia desejada por ele, os livros sejam disponibilizados livremente, como se fossem "verídicos".
Caroli Rocha comprova que se trata de um acadêmico medíocre, ao qual não tem o menor mérito de ser considerado um intelectual. O próprio Allan Kardec teria reprovado Caroli, por conta do medo que este tem em questionar problemas estabelecidos e não agir com o necessário rigor da lógica. Portanto, Alexandre Caroli Rocha merece uma nota zero nas suas pesquisas.
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