Pular para o conteúdo principal

"Espiritismo" virou o mercado das palavras bonitinhas

(Por Plínio Sacramento Silva, via e-mail)

Causa muita decepção esse Espiritismo que nós temos. Divorciado dos postulados do mestre Allan Kardec, o que vemos é apenas uma reedição do Catolicismo do Brasil-colônia, de conteúdo medieval, igrejeiro, ritualista, moralista.

O que vemos é um mercado de palavras bonitinhas, de palestras e seminários que falam muito sobre coisa nenhuma, temas sobre Família, juventude, velhice, nascimento e morte que nem há a menor necessidade de dizer. Da mesma forma que eles desperdiçam o tempo teorizando demais sobre Amor e Fraternidade.

São temas banais, em que a prática não precisa de mil teorias. Mas se o nosso Espiritismo de Chico Xavier, Divaldo Franco e toda a turma ficam teorizando demais sobre o Amor, um sentimento que deveria ser mais praticado que estudado, então a coisa está estranha.

Isso porque, se o Amor torna-se um suposto problema, não digamos filosófico, mas puramente temático, se observarmos que o Espiritismo feito no Brasil nada tem de filosófico, buscando mais mentiras e meias-verdades do que as verdades tão cobiçadas, há um grande erro. É porque falta Amor na prática, o Amor mais parece um bife duro que demoramos a mastigar do que um sentimento que flui naturalmente entre as pessoas.

Em muitos momentos, vemos que o Amor deixa de existir entre os espíritas brasileiros e seus consortes no exterior, já que frequentemente andam se multiplicando textos e mais textos falando que a gente tem que aceitar o sofrimento, abrir mão de nossos desejos, deixar de ser o que somos já que nós somos inimigos de nós mesmos e o legal é ser só "alguém na multidão", ou, melhor dizendo, "mais uma ovelha a se perder dentro do rebanho".

Até parece que é feito de propósito. De repente, os nossos tão badalados espíritas brasileiros querem nos preparar para os tais "pacotes de maldades" do presidente Michel Temer e companhia. Os trabalhadores vão ter que trocar o feijão com arroz pelo pão e água, diante dos cortes de gastos públicos. Mas se o governo do presidente Temer já acena para a precarização do trabalho, da renda, da qualidade de vida, da Educação e da Saúde, os espíritas já falavam em precarização da vida, reduzindo pessoas que nascem com um excelente potencial de vida a serem escravos de algozes e pessoas estúpidas.

É o que está por trás do balé das palavras que hoje já ouvimos de denúncias sobre o Espiritismo feito no Brasil, verdadeiras coreografias de frases entrosadas, palavras edificantes, as tais "mensagens de amor" que servem de entretenimento para pessoas que não cultivam o Amor por vontade própria, precisam do religiosismo com sabor artificial de amor trazido por Chico Xavier e suas palavras enfeitadas que, na vida prática, não contribuem em nada para coisa nenhuma.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um