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Parlamentares que exaltam Chico Xavier integram ala conservadora do Legislativo federal


(Autor: Professor Caviar)

Matéria da Folha de São Paulo - jornal que agora blinda Francisco Cândido Xavier, talvez porque o empresário Luís Frias estivesse esperando alguma "ajuda espiritual" para lhe designar como herdeiro natural do espólio do falecido irmão Otávio Frias Filho - informa que dois parlamentares disputam a causa em favor de Chico Xavier para qual cidade será dado o título de "capital nacional da mediunidade".

São dois parlamentares. Um é o deputado federal mineiro Franco Cartafina, do PP (que, apesar do nome Partido Progressista, é um partido de direita, nada progressista, tendo no seu DNA político a ARENA, partido da ditadura militar), de uma família de pecuaristas de Uberaba. Outro é o senador cearense Luís Eduardo Girão, do Podemos (PODE), outro partido de direita. Girão é empresário, já atuou como dirigente esportivo (presidiu o Fortaleza Esporte Clube) e apoiou Jair Bolsonaro para a Presidência da República, em 2018.

Enquanto Cartafina deseja que sua terra natal, Uberaba, onde Chico Xavier viveu de 1959 a 2002, seja considerada "capital nacional da mediunidade", o "kardecista" Girão quer que Pedro Leopoldo, terra natal do "médium", receba tal título. No Senado, Girão deu a largada na sua proposta. Na Câmara dos Deputados, Cartafina chegou depois.

É extremamente ridícula a iniciativa, tanto numa quanto em outra parte. Sobretudo quando se começa a questionar com maior intensidade a prática "mediúnica" de Chico Xavier, com aspectos duvidosos sendo cada vez mais conhecidos (e, em parte, reconhecidos) pelas pessoas. Afinal, toda mentira tem perna curta, e problemas que vão de falhas estilísticas (o "escritor morto" com um estilo muito diferente do que o marcou em vida) a diferenças em caligrafias (houve inclusive "mortos" que "escreveram" com a caligrafia de Chico Xavier) são muito evidentes e comprovam fraudes.

E para a turma do "paz e bem" que acha que pode "esquerdizar" a pessoa de Chico Xavier com um simples devaneio do pensamento desejoso, é bom deixar claro que os dois políticos, Cartafina e Girão, integram a ala conservadora do Congresso Nacional. Girão apoiou a Operação Lava Jato e ainda cobra respeito a seu processo e legado. Girão e Cartafina defendem a reforma previdenciária, e seus partidos participaram do golpe político contra Dilma Rousseff.

Além do mais, Cartafina e Girão não são políticos de grande expressão, muito menos entre a direita conservadora. E é muito comum gente surgir do nada querendo blindar Chico Xavier para obter vantagens promovendo a idolatria religiosa, já participando dessa cadeia de autopromoção que fez com que o próprio Chico se autopromovesse para evitar ser punido por sua duvidosa "mediunidade".

Quanto à Folha de São Paulo, é risível a sua postura recente em blindar Chico Xavier, num momento em que até as Organizações Globo arrefeceram um pouco na blindagem (continuam, mas sem a intensidade de antes). A alegação de que Chico Xavier "fez obras de caridade" é tão vaga e sem fundamento quanto dizer que Lula "é o dono do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia". Poucos percebem, mas o que Chico Xavier fez nunca passou de Assistencialismo barato, feito para acobertar sua imagem de deturpador do Espiritismo, reacionário convicto e fraudador literário.

E é ilustrativo que a FSP é famosa por hostilizar o ex-presidente Lula. E também por defender o golpe político de 2016. Quem fica esperando que uma "plêiade" de progressistas esteja associada a Chico Xavier, é bom se preparar para a decepção: para um "médium" conservador, os apoiadores são conservadores. E Luís Frias esperando o "recado do além" para fazê-lo o "escolhido" para assumir o espólio de Tavinho Frias.

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