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Chico Xavier: mitos x fatos

(Autor: Kardec McGuiver)

O Chico Xavier admirado por todos não é real. É resultado de um trabalho publicitário violento feito a pedido da FEB que queria uma liderança que servisse de isca a atrair fiéis para "aumentar o rebanho" de centros "espíritas" brasileiros.

Uma imagem de perfeição absoluta foi construída em torno do médium para que ele pudesse representar uma "santidade viva" a depositar esperança, mesmo falsa, nos que acreditavam nele.

Chico Xavier na verdade foi um produto da FEB. Beato católico fanático, que só queria uma igreja para poder rezar, foi adotado pela versão igrejeira do "Espiritismo" e como tinha carisma, foi transformado em ídolo da forma que foi narrada acima.

Mas esta postagem pretende confrontar os mitos e os fatos a respeito do médium mais popular do Brasil. Alerto que haverá muita decepção, pois os mitos contradizem com vários fatos. Mas é bom saber o que uma seita é capaz de fazer para se manter no poder e obter lucro financeiro.

MITO: Chico Xavier era um espírito puro, de máxima evolução.

FATO: Um festival de erros se encontra apenas neste mito. Sabe-se que espíritos puros não reencarnam na Terra, onde todos os espíritos pertencem a mesma ordem espiritual, diferindo apenas nos sub-níveis. Nem Jesus tinha evolução máxima, sendo o mais evoluído nos critérios terrenos mas não nos universais. E Xavier tinha características bem claras de atraso espiritual, sendo um dos mais inferiores espíritos na Terra, opostamente ao que se acredita ser.

MITO: Chico Xavier era a maior liderança no "Espiritismo".

FATO: Xavier sequer era "espírita". Era um beato católico dos mais fanáticos. Só tinha paranormalidade, que se atrofiou graças a falta de estudo, obrigando o médium a fazer fraudes para se manter em evidência. Xavier nunca entendeu a doutrina e foi responsável por muitas obras que ensinaram errado seus seguidores, através de muita deturpação e mentiras baseadas em enxertos católicos colocados pelo médium em suas obras.

MITO: Chico Xavier era o maior discípulo de Kardec, senão o próprio.

FATO: Xavier nuca entendeu o Espiritismo. Suas obras discordavam claramente das obras da codificação, e para pior. Xavier nunca foi muito racional, usando a sua inerente fé cristã. E se ele não conseguia seguir as ideias de Kardec, imagina se seria possível ele ser o próprio, como acreditam centenas de ingênuos. Esta tese de que Xavier era Kardec é absurda. Visto que o médium era menos evoluído intelectualmente, para que isso fosse possível, a regressão espiritual também deveria ser possível, o que anularia um dos mais importantes pontos descritos na codificação. Conclusão irrefutável: Xavier nunca foi Kardec e não conseguiu sequer ser seu discípulo, não passando de um beato católico intrometido.

MITO: Chico Xavier era a bondade absoluta.

FATO: Há muitas controvérsias diante deste mito. Não há provas de que a caridade supostamente praticada por Xavier tivesse resultado. No máximo, o médium fazia caridade paliativa, cedendo seu nome a centros que distribuíam sopas e abrigo. E Xavier praticou várias maldades, como apoiar a ditadura e ser conivente com a estranha morte do sobrinho que iria denunciá-lo.

MITO: Chico Xavier consolava as mães de jovens falecidos.

FATO: Não é recomendável este tipo de "ajuda", pois estimula o descontrole emocional de mães desesperadas por ter seu instinto materno (que e material, do contrario que muitos pensam) sendo "ferido". O ideal seria que Xavier tivesse uma conversa franca com as mães e convencê-las de que seus filhos estavam bem na vida espiritual, se preparando para novos desafios do outro lado. Mas como isso não atraia multidões, preferiu-se manter o show de "mediunidade" que infelizmente atraiu muitos espíritos mal intencionados e estimulou várias fraudes.

MITO: As obras e frases de Chico Xavier são essenciais para o desenvolvimento espiritual.

FATO: Nada disso. As obras de Xavier continham uma série de erros e mentiras. E a única coisa boa presente em suas obras é um moralismo cristão que não vai muito além do que se vê em sermões católicos. As frases isoladas atribuídas a ele podem facilmente ser encontradas em livros de auto-ajuda, mesmo os não-religiosos, que fingem oferecer teorias de Administração e Neurolinguística.

MITO: Chico Xavier foi o maior filantropo do Brasil. Ele ajudou muita gente.

FATO: Alto lá! Ele ajudou quem? Ajuda deve ser medida pelos resultados. Se tudo que falam sobre Chico Xavier fosse verdadeiro, o Brasil teria melhorado radicalmente e Uberaba - cidade onde ele vivia e trabalhava - seria número 1 no mundo em IDH, pois altruísmo inclui qualidade de vida. Como nada disso aconteceu, na melhor das hipóteses, Xavier foi um caridoso mediano, como eu e você que está lendo. Nada mais do que isso.

MITO: Data Limite é um importante alerta sobre o futuro da humanidade.

FATO: Balela! O que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" nunca passou de um Catolicismo híbrido com reencarnação. E como cópia do Catolicismo tinha que ter o seu "Apocalipse". Um ingênuo ouviu de Xavier um relato de um sonho banal e decidiu transformá-lo em "profecia" para promover o médium. Mas Data Limite é surreal, cheio de graves erros e ainda tem como base uma lenda religiosa aos moldes dos contos de fadas.

MITO: Chico Xavier era uma pessoa progressista.

FATO: Errado. Ele era exatamente o oposto. Defendia um Catolicismo mais medieval (que nem os católicos gostam), era machista, homofóbico e racista (apesar de ter sido pardo, mesma etnia do jogador Neymar). Seus preconceitos eram manifestados discretamente e de forma aparentemente formal. Seu repertório de valores ainda continham muitas ideias e conceitos retrógrados. A falsa imagem de "progressista" era para associá-lo à doutrina original, embora ele discordas de Kardec em quase tudo.

MITO: Chico Xavier nunca fez mal aos outros.

FATO: É triste dizer isto: mas é outro erro. Xavier cometeu maldades. Só em deturpar uma doutrina que ajudaria a evolução espiritual, já seria um bom motivo para punição. Mas Xavier aprontou mais: participou e autenticou fraudes, apoiou a ditadura militar em sua pior fase, usou nomes de mortos para assinar suas obras e autorizou a provável "queima de arquivo" do sobrinho que iria denunciá-lo como fraudador. A lógica e o bom senso consideram estas atitudes como formas de maldade.

MITO: Seu primeiro livro, Parnaso do Além Túmulo, contém psicografias de autores famosos.

FATO: Não. Apesar de ainda ter manifestado sua paranormalidade, esta não se prestava para tudo. Xavier era bom leitor de livros e tinha excelente redação. A FEB se aproveitou disso e de seu carisma e o obrigou a escrever um livro com falsa psicografias, usando nomes de famosos para que pudesse se tornar vendável. Espacialistas em literatura garantem que o conteúdo destoa do estilo e da qualidade das obras dos autores referidos, sendo claramente inferiores.

MITO: Chico Xavier doou todo o direito autoral para obras de caridade.

FATO: Na verdade, Chico Xavier doou os direitos autorais a FEB, a editora que o "contratou". Ela inventou a lenda para reforçar o mito de altruísmo extremo do médium. Lideranças da FEB acharam ótimo utilizar o dinheiro dos livros para  proveito próprio, se tornando uma das instituições mais ricas do país, segundo informações de dissidentes não-identificados. O dinheiro reservado para a caridade, se verdadeiro, foi muito pouco, visto o resultado observado na caridade "espírita", que nunca ia além da caridade paliativa feita por muitas ONGs e associações.

MITO: Chico Xavier era muito pobre. E morreu ainda mais pobre.

FATO: Xavier nunca foi pobre. Funcionário público aposentado, tinha uma renda considerada digna para o padrão de vida que o interessava. Não vivia como indigente, como muita gente gostaria de acreditar. Do contrário que se pensa, recebia sim, parte dos direitos, embora oficialmente isso era negado. Quando morreu estava internado em um dos melhores hospitais do país.

MITO: Chico Xavier era analfabeto e sua intelectualidade era sugerida pela mediunidade.

FATO: Outra mentira. Chico Xavier era relativamente culto. Lia muito e escrevia bem, mesmo quando não estava sob influência de espíritos. O fato de ter sido um funcionário público já comprova sua capacidade, pois a capacidade de ler era requisito indispensável. Há quem diga que muitos dos livros psicografados vinham da mente fértil dele, que era fã de literatura. Uma de suas exigências quando viajava sempre era uma estante de livros para que pudesse ler nas horas vagas. E como lia bem, escrevia bem , tendo uma fértil imaginação.

MITO: Chico Xavier era um médium perfeito.

FATO: Errado. Por ele nunca ter estudado a doutrina de forma correta (e o conteúdo de suas obras é uma prova disso), sua mediunidade se tornou confusa, irresponsável e não raramente fraudulenta. Suas capacidades se atrofiaram, mas como o show teve que continuar, apelou para fraudes, enganando a muitos tão ignorantes sobre a doutrina quanto ele.

MITO: Emmanuel era o seu mentor espiritual e guia.

FATO: Errado. Emmanuel era um espírito obsessor, mistificador, de índole duvidosa e completamente enganador. A irresponsabilidade mediúnica de Xavier e o seu fanatismo católico (Emmanuel é espírito de padre) permitiu que um espírito de ordem inferior pudesse controlá-lo em um processo conhecido como fascinação, um estágio avançado de obsessão, onde a opinião do espírito enganador é facilmente absorvida pela vítima. 

MITO: Chico Xavier morreu no dia em que brasileiros estavam felizes.

FATO: Mais uma prova do caráter alienado e conservador do médium ao definir um reles lazer supérfluo, o futebol, como se fosse a felicidade de uma sociedade. Se Xavier fosse espírito superior, consideraria como verdadeira felicidade a melhoria da qualidade de vida com o fim das injustiças e da sociedade de classes. Um espírito superior nunca daria importância a uma reles brincadeirinha, algo bastante supérfluo para a obtenção da dignidade de um povo.

MITO: Chico Xavier encerrou a capacidade de reencarnar.

FATO: Xavier tinha características claras de um grande atraso espiritual. Como foi dito, espíritos puros não reencarnam em planetas inferiores. E Xavier com certeza reencarnou ou na Terra ou em planeta de nível inferior ou igual. Superior nunca, pois Xavier era claramente inferior, pois era desprovido de intelectualidade e sua bondade era medíocre, estereotipada e paliativa. Além disso, a narração da chegada dele ao mundo espiritual tem traços evidentes de conto de fadas, completamente oposta ao que recomenda as obras da codificação.

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