Pular para o conteúdo principal

Data Limite: insistindo com a farsa

(Autor: Kardec McGuiver)

Imagine que você sonhou um sonho banal cheio de características surreais. Você conta a um amigo. Este, fascinado com o que ouviu, decide transformar em profecia e espalha para todo mundo, com algumas alterações. Ingenuamente, muitos acreditam e decidem espalhar a tal "profecia". Videos são produzidos, teses são lançadas e muito dinheiro é investido para alimentar a "profecia". Que uma simples observação lógica e sensata comprova ser uma farsa. Que tudo não passou de um mero sonho banal.

Esta é a trajetória de "Data Limite", uma tese absurda construída com base em um sonho banal de conteúdo surreal. Poderia ter sido esquecido, mas como quem sonhou foi o superestimado Francisco Cândido Xavier, muitos fanáticos decidiram utilizar o sonho como forma original de canonizar o seu tão amado ídolo. E tome ginástica intelectual para tentar comprovar o impossível.

Como havia dito, muito dinheiro está sendo investido na produção de videos e textos para inutilmente transformar um sonho banal em profecia. Há muita gente interessada em transformar Chico Xavier em semi-deus e todo  trabalho tem sido feito para tentar convencer toda a humanidade que o médium de Uberaba é o magnânimo "Senhor do Universo", "sabedor de todas as coisas".

Recentemente um site que deveria ser sobre ciência, mas que tem dado muito espaço a pseudo-ciências, está fazendo uma série para tentar comprovar a veracidade da absurda tese de que o sonho do médium-beato era uma profecia para o futuro, ignorando o fato de que tanto Xavier como os espíritos que o "apoiavam" eram ignorantes e de moral duvidosa. O próprio Xavier não era tão bondoso assim, pois apoiou a ditadura em sua pior fase e foi conivente com a "queima de arquivo" feita com o sobrinho que iria denunciá-lo.

Fatos reais tem servido para comprovar que a tese chamada de "Data Limite" não passa de puro delírio de fanáticos desesperados em canonizar Chico Xavier. O "Espiritismo" brasileiro na verdade é uma cópia do Catolicismo e apenas adapta alguns dos ritos para o seu próprio contexto. O que significa que se há a canonização, ele é feita um pouco diferente da dos católicos assumidos. Mas de qualquer forma há canonização sim. 

E aprovar a tese da "Data Limite" é uma boa forma de canonizar o médium que nunca passou de um mero beato que só queria rezar e conversar com a sua falecida mãezinha. Xavier nunca teve algo a ver com ciência, nunca se interessou por ciência (seus livros têm uma avalanche de graves erros científicos) e as tentativas de transformá-lo em cientista são iniciativas de fanáticos interessados em louvar seu ídolo e defender teses sem sentido que servem mais para confortar ilusoriamente mentes ingênuas interessadas em fugir da realidade triste que o "Espiritismo" chiquista nunca conseguiu explicar.

"Data Limite" é uma farsa e todo o empenho e gasto tem sido uma perda de tempo e de dinheiro e do contrário que seus defensores alegam, serve mais para travar a evolução espiritual do planeta com ilusões que servem mais como consolo para mentes ingênuas. Sem a adesão a esta farsa teríamos muito mais condições de evoluir espiritualmente. 

Sonhos muitas vez não passam de somente sonhos. E quanto mais absurdos, menos merecem ser realizados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um