(Autor: Kardec McGuiver)
Desmontamos em outra oportunidade o mito de que Francisco Cândido Xavier praticou caridade máxima. Uma caridade sem resultados significativos e que serviu mais como meio de promoção para o médium e propaganda para aumentar a vendagem de seus livros.
Mas uma face triste, cruel do "homem chamado amor", que soterra definitivamente o mito de "bondade máxima" tão associado frequentemente ao médium: a adesão a sadomasoquista Teologia do Sofrimento.
A Teologia do Sofrimento é uma teoria medieval difundida mais tarde por Teresa de Lisieux que se baseia no absurdo de que o sofrimento em si (não a tentativa de sair dele) seria uma forma de alcançar uma prosperidade futura. Ela é resultante da má interpretação do episódio do sofrimento de Jesus relatado no Novo Testamento.
Segundo a teologia, os sofredores estariam compensando com a dor atual a dor que possivelmente não teriam no futuro, como um "pagamento adiantado" de uma "dívida divina", semelhante ao que acontece na Terra (materialismo). Os sofredores, assim, seriam considerados "privilegiados" por possivelmente "escaparem de sofrimentos futuros".
Madre Teresa de Calcutá, outro falso mito de "bondade máxima" também acreditava na teologia e suspeita-se que tenha colocado propositadamente seus "ajudados" em péssimas condições, crendo a eficácia dessa teologia, enquanto ela, viajava e se hospedava com o maior luxo, junto com autoridades de índole suspeita, recebendo deles dinheiro para sustentar os ouros do Vaticano.
Chico Xavier, católico praticante e fanático que nunca entendeu o Espiritismo, mas é estigmatizado como sua "maior liderança" trouxe de sua verdadeira crença essa teologia macabra, utilizando-a para ilustrar algumas de suas frases mais famosas, estimulando a aceitação passiva do sofrimento e impedindo toda a tentativa de sair dele.
O médium acreditava que os sofredores deveriam aceitar calados o seu infortúnio e terem fé em uma felicidade futura (que obviamente nunca chegaria, por ser sempre futura) e pensarem que estão "pagando uma dívida divina" e que sairão dela se aceitarem felizes a sua pior condição.
O curioso que, como Madre Teresa, Chico Xavier nunca confortou os aflitos, assim como nunca afligiu os confortáveis, pois a maioria de seus admiradores estão em ótimas condições financeiras já que o "Espiritismo" e uma religião de elite. Pimenta nos olhos dos outros é refresco e assim fica fácil concordar com o médium. O outro é que se vire para sair da dor.
Legal (para os confortáveis, mas péssimo para os aflitos) que esta teologia dispensa os mais abastados para ajudar os mais humildes, pois crentes que os sofredores "estão pagando suas dividas" os ricos "espíritas" se recusarão a ajudar para supostamente "não interromper este pagamento" e "garantir a prosperidade futura do desgraçado". Aí o rico fica dispensado de tirar uma parte de seu supérfluo patrimônio e continuar seguindo com sua egoística prosperidade presente.
E nada como o "homem mais bondoso do mundo", o "homem chamado amor" para garantir que a má distribuição de renda e as injustiças continuem na sociedade graças a essa teologia cruel que te servido com que pobres continuem pobres e ricos continuem ricos. Chico Xavier, por isso, é cada vez mais admirado por impedir que haja um rombo nos gordos patrimônios dos ricos irresponsáveis que seguem a doutrina e pensam ser "caridosos" só por estarem frequentando centros "espíritas" assistindo palestras que falam ideias sem pé nem cabeça.
E graças a Teologia do Sofrimento estimulado pelo "tão adorado" Chico "Amor" Xavier, o bastião defensor dos ricos, os confortáveis nunca se afligem, pois os sofredores é que se danem, esperando uma prosperidade que nunca chegará, pois o Espiritismo serio recomenda que não existe dívidas "divinas" e que a prosperidade vem apenas do esforço e da tentativa de sair do sofrimento.
Sofrer calado e "amando" só cria inércia e perpetua a dor, além de manter problemas, injustiças que só criarão ainda mais sofrimento. Chico Xavier estava sendo sádico mesmo sem assumir e graças a ele, o Brasil segue inerte cada vez mais incapaz de resolver os problemas mais simples, mas garantindo a perpétua prosperidade das classes mais abastadas.
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