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Mostrando postagens de novembro, 2016

Não há resgate coletivo. E isso o cotidiano nos explica com facilidade

(Autor: Professor Caviar) Na madrugada de ontem, numa serra na Colômbia, um trágico acidente ceifou quase todos os ocupantes de um avião que levava a equipe catarinense Associação Chapecoense de Futebol, time conhecido como Chapecoense ou, simplesmente, Chape. No acidente, inicialmente 75 pessoas faleceram. A maioria dos jogadores do Chapecoense, parte da tripulação boliviana que estava no avião, jornalistas e dirigentes esportivos. Apenas seis pessoas foram resgatadas com vida. O famoso zagueiro Neto foi resgatado com vida, e está sob cuidados médicos. A tragédia comoveu o mundo inteiro e revelou um sonho interrompido de um time em ascensão. Consta-se que o Chapecoense era melhor do que muito time festejado que vence fácil qualquer torneio, e seu time era considerado de grande entrosamento. Com a perda de muitos desses jogadores, o time terá que recomeçar a temporada de 2017 do zero, provavelmente aproveitando jogadores juvenis. Sob a ótica "espírita", fal

Símbolo da deturpação da Doutrina Espírita, "André Luiz" volta "condenando" a traição

(Autor: Professor Caviar) Parece cômico, mas pode ser também trágico. O suposto médico de ficção André Luiz, "moldado" através de plágios em torno de uma obra de George Vale Owen e pelas sugestões de Waldo Vieira, informações colhidas pelo esperto Francisco Cândido Xavier, reaparece agora nas mãos de outro suposto médium, Antônio Baduy Filho, já que Chico Xavier faleceu há 14 anos. Um livro publicado em dois volumes e que supostamente se dedica a analisar O Evangelho Segundo o Espiritismo , usando o título um tanto igrejeiro,  Vivendo o Evangelho , revela uma hipocrisia aberrante relacionada ao "movimento espírita": a dos traidores que reprovam a traição. Os "espíritas" brasileiros agem como Jean-Baptiste Roustaing mas tentam falar como Erasto. Praticam traição ao legado kardeciano mas se dizem "preocupados" com as traições à Doutrina Espírita. Isso soa como um ladrão que realiza um assalto e depois liga para a polícia dizendo que

O "rouba mas faz" dos "espíritas"

(Autor: Professor Caviar) Vamos pensar no caso da campanha eleitoral. Um político de um grupo que detém o poder numa comunidade - pode ser um bairro ou uma região de cidades, ou mesmo um Estado brasileiro - resolve, para fortalecer suas vantagens eleitorais, oferecer cestas básicas para a população pobre, durante sua campanha eleitoral. A ideia parece atraente, a oferta de cestas acontece em clima de muita festa e alegria, os pobres estão eufóricos e felizes e, em fileiras que os fiscais mal conseguem organizar, recebem as cestas com sacos de arroz e feijão, algum óleo ou farinha de trigo e outros produtos alimentícios ou de produção de alimentos. O candidato tende a garantir, com esse ato, uma larga vantagem eleitoral, por conta de aparente generosidade. Hoje, no entanto, um ato como este é considerado corrupção. Pior: é classificado como um crime eleitoral. O que, à luz do jogo de aparências, parece ser uma avaliação cruel e injusta das "leis da Terra". Mas a

Lição de desapego: jogar fora os livros do pseudo-Humberto de Campos

(Por Rafael Felipe Menezes, via e-mail) Muito engraçados os seguidores de Chico Xavier. Se acham livres de obsessão, mas quando seu ídolo "médium" é criticado, eles se comportam como obsediados, não aceitando qualquer questionamento que desqualifique Chico como "líder espírita". Da mesma forma, se dizem desapegados a tudo mas se apegam a seu ídolo de tal forma que preferem se dar mal na vida e garantir o entretenimento das tais "palavras de amor" das obras do suposto médium. O apego é tanto que eles preferem aceitar fraudes literárias por causa das tais "palavras de amor". Acham que as "lições de vida" justificam qualquer fraude. Assim fica mais fácil tirar doce até de adulto, já que as confusas obras literárias trazidas por Chico Xavier, de claro conteúdo obscurantista, são tidas equivocadamente como "esclarecedoras" da parte de seus fanáticos seguidores. Vejam o caso de Humberto de Campos. Eu pesquisei os livr

"Espiritismo" não seria a religião da mídia patronal e profana?

(Autor: Professor Caviar) A propósito, ninguém realmente parou para pensar. O "espiritismo" brasileiro se comporta como se fosse a "religião da grande mídia", que, para concorrer com veículos da mídia propriamente religiosa, como a Record, apresenta as caraterísticas ideais para enfrentar os "pastores eletrônicos". O "espiritismo" pode se inserir sob uma roupagem laica, porque possui uma fachada de despretensão e independência. Possui um verniz de ciência e filosofia, e seu conteúdo pode primar, aparentemente, apelas por lições morais e atividades filantrópicas. Uma religião que pode muito bem se passar por uma "não religião". O conteúdo ideológico do "espiritismo" brasileiro é bastante conservador. Suas raízes remetem ao roustanguismo, quando a FEB preferiu as deturpações de Jean-Baptiste Roustaing do que o pensamento pioneiro de Allan Kardec, "difícil de digerir". Para o bem e para o mal, o "esp

Qual o sentido da "revolução da sopinha"?

(Autor: Professor Caviar) Até que ponto a retórica da "caridade" e da "bondade plena", que mascaram atos filantrópicos frouxos, que mais parecem contos de fadas a fascinar as multidões, diante de atos que muito pouco ajudam e beneficiam, consegue funcionar diante da opinião pública? Que sentido a caridade paliativa, que mais deslumbra do que ajuda, só servindo como um "trabalho de fachada" para reforçar o discurso de palavras bonitas da religião, tem entre os brasileiros? O caso de Divaldo Pereira Franco, tido como "maior filantropo do Brasil" por ajudar menos de 0,1 % da população brasileira, e, antes, de Francisco Cândido Xavier associado a uma vaga filantropia sem resultados benéficos concretos e amplos, revela o quanto é hipócrita esse discurso da "caridade" que aqui temos, que toma um simples processo de servir sopinhas como algo "revolucionário" e "transformador". Somos enganados por esse dis

"Espiritismo" virou o mercado das palavras bonitinhas

(Por Plínio Sacramento Silva, via e-mail) Causa muita decepção esse Espiritismo que nós temos. Divorciado dos postulados do mestre Allan Kardec, o que vemos é apenas uma reedição do Catolicismo do Brasil-colônia, de conteúdo medieval, igrejeiro, ritualista, moralista. O que vemos é um mercado de palavras bonitinhas, de palestras e seminários que falam muito sobre coisa nenhuma, temas sobre Família, juventude, velhice, nascimento e morte que nem há a menor necessidade de dizer. Da mesma forma que eles desperdiçam o tempo teorizando demais sobre Amor e Fraternidade. São temas banais, em que a prática não precisa de mil teorias. Mas se o nosso Espiritismo de Chico Xavier, Divaldo Franco e toda a turma ficam teorizando demais sobre o Amor, um sentimento que deveria ser mais praticado que estudado, então a coisa está estranha. Isso porque, se o Amor torna-se um suposto problema, não digamos filosófico, mas puramente temático, se observarmos que o Espiritismo feito no Bras

Por que muitos retratam as críticas ao suposto Espiritismo?

(Por Gustavo Nascimento, via e-mail) Nota-se uma coisa estranha. Quando alguém faz duras críticas ao chamado Espiritismo que é feito no Brasil, mais para uma seita igrejeira do que para a tradução brasileira do legado de Allan Kardec, de repente as pessoas passam a retratar com o tempo, pedindo desculpas e passando a considerar algum valor até nos piores deturpadores dos postulados kardecianos. O caso de Chico Xavier é bem típico. Em sua trajetória, ele foi beneficiado por um sem-número de complacências e resignações aqui e ali. Pessoas que faziam duras críticas a ele pediram desculpas e passaram a reconhecer nele um "valioso exemplo de amor e bondade", exemplo que, na prática, nunca se viu em nenhum momento, pois foi mais uma conversa para boi dormir. Afinal, se Chico tivesse realmente ajudado nosso país seria bem outro que não o caos que vivemos e que vai piorar quando os gastos públicos forem finalmente limitados pelo presidente Michel Temer. O caso mais fam

Chico Xavier, o mestre do Assistencialismo

(Autor: Kardec McGuiver) Para a opinião pública, é consagrada a ideia de que religião é sinônimo de bondade e que lideranças religiosas são sempre bondosas apenas por serem lideranças religiosas. Como se a bondade já estivesse embutida na função de liderar alguma religião. Mas tudo não passa de mito. Em mais de 2000 anos a religiosidade não conseguiu praticar de fato a verdadeira bondade. Na verdade, a bondade é apenas um pretexto para que as religiões, sobretudo as cristãs, se mantenham de pé mandando na sociedade e preservando os interesses de lideranças políticas  econômicas que dependem da religiosidade alheia para estimular  medo e a submissão. Até porque a bondade praticada e defendida pelas religiões, conhecida como Assistencialismo (ou caridade paliativa) nunca foi de fato eficiente. Nunca tirou um só ser da pobreza, nunca lhe trouxe dignidade e ainda preserva as desigualdades, fazendo com que os ricos nunca se sacrifiquem doando o seu excessivo supérfluo para s

Cuidado! Rede Globo vai usar "espiritismo" para concorrer com Marcelo Crivella

(Autor: Professor Caviar) A vitória eleitoral do "bispo" da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, para a Prefeitura do Rio de Janeiro revelou uma situação inusitada. Afinal, a famosa cidade que um dia foi "Cidade Maravilhosa" e hoje sofre um declínio vertiginoso em proporções assustadoras, é berço da Rede Globo de Televisão, enquanto a IURD é controlada pela rival, Rede Record, emissora paulista e cuja cabeça-de-rede é a mais antiga emissora de TV em atividade atualmente. A vitória de Crivella impõe uma cautela maior para os executivos da Rede Globo. Eles não podem sair atacando Crivella como se fossem Lula e Dilma Rousseff. Não pode sequer chegar perto disso e os ataques contra o "bispo", a assumir a Prefeitura carioca assim que entrar 2017, ou se contentar a fazer oposição a mais discreta e contida possível. Se algo for feito para atingir a reputação de Crivella, a Rede Record reagirá, publicando uma enxurrada de denúnci