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Mostrando postagens de novembro, 2019

O medo de Chico Xavier em assumir Jean-Baptiste Roustaing

(Autor: Senhor dos Anéis) É muito fácil exaltar um mestre e ignorar completamente as suas lições. Por outro lado, é também muito fácil e bastante confortável renegar um outro mestre e, deste, aproveitar, com surpreendente fidelidade, pelo menos a essência de seus ensinamentos. Sabemos que os "espíritas" brasileiros bajulam Allan Kardec até o couro, mas dele nada se aproveita, a não ser a interpretação leviana, manipulada e distorcida conforme os interesses de cada um, de suas ideias, de forma a buscar um "apoio relevante" aos absurdos que aqui no Brasil se defende sob o rótulo do Espiritismo. Em contrapartida, de que adianta renegar Jean-Baptiste Roustaing, definir seu sobrenome como um palavrão, se as ideias, descontando aspectos mais polêmicos - como o "Jesus fluídico" e os "criptógamos carnudos" - , estão quase que inteiramente acolhidas no Brasil? E que Francisco Cândido Xavier acabou sendo o metro que melhor mediu Roustaing par

Juliano Pozati fez interpretação errada de resenha de Humberto de Campos

(Autor: Professor Caviar) O autor Juliano Pozati, empresário, documentarista e palestrante "espírita", no livro que escreveu com Rebeca Casagrande, Data-Limite Segundo Chico Xavier  (livro derivado do documentário, por sua vez derivado do livro Não Será em 2012 , de Geraldo Lemos Neto e Marlene Nobre), escreveu uma interpretação errada da resenha de duas partes que o escritor Humberto de Campos fez de Parnaso de Além-Túmulo , de Francisco Cândido Xavier. Vejamos o que Pozati escreveu no livro de 2015: "O próprio Humberto de Campos, então membro da Academia Brasileira de Letras, reconheceu nos poemas psicografados por Chico o mesmo estilo literário distinto e exclusivo, que os poetas mortos tinham em vida. Não se trata de uma pessoa qualquer que simplesmente se aventurou em criticar ou tecer comentários sobre a obra psicografada do médium mineiro. Era uma autoridade em literatura e língua portuguesa, alguém que saberia muito bem distinguir os textos de um charlat

Assassinato de moradora de rua a poucos metros de livraria "espírita" em Niterói

(Autor: Professor Caviar, com informações de colaboradores) Que "antenas" são as instituições "espíritas", de uma religião que criminaliza as vítimas e fala em "resgates espirituais". No último sábado, 16 de novembro de 2019, por volta do começo da manhã, em Niterói, um comerciante armado de um revólver assassinou uma moradora de rua que lhe pedia apenas R$ 1 em dinheiro. O crime só foi revelado quatro dias depois porque a polícia estava investigando as imagens das câmeras de segurança e prenderam o rapaz, identificado como Aderbal Ramos de Castro, de 43 anos. A vítima foi também identificada, tendo sido Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos. Ela foi socorrida por outra mulher, sendo levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu aos ferimentos. O assassino alegou que pensava ser um assalto e, portando um revólver, atirou contra a jovem. Ela, apesar do vício de álcool e drogas, esperava uma proposta de emprego, o que l

Deixem o menino estudar Engenharia em paz! Ele não é um missionário!

(Autor: Professor Caviar) Nos noticiários recentes, divulga-se que o menino de nove anos, o belga Laurent Simons, está terminando seu curso de Engenharia Elétrica, numa universidade da Holanda, a Universidade de Tecnologia de Eindhoven (TUE), e que, segundo seus pais, planeja fazer Doutorado e também deseja ter aulas de Medicina. O curso de Engenharia Elétrica é considerado muito complicado e o menino, no entanto, cursou precocemente a área com surpreendente habilidade. A atuação acadêmica do menino é considerada promissora e ele manifesta desejos de fabricar órgãos artificiais para a resolução de doenças. Daí que ele também quer ensinar Medicina e, talvez, fazer um curso nessa área. O garoto, apesar disso, tem uma vida de criança comum. Se comporta e age como um garoto comum de sua idade, e ele manifestou seu desejo de, antes de fazer o Doutorado, tirar umas férias com a família no Japão. Ele também aparenta um garoto comum, não havendo, felizmente, o desenvolvimento fís

Mensagem de Eduardo Galeano remete ao moralismo religioso

(Autor: Professor Caviar) Há uma mensagem do falecido escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), que corresponde à opressão religiosa sobre os povos que não fazem parte dos padrões de poder elitista que existe há séculos. Essa mensagem diz o seguinte: "Vieram. Eles tinham a Bíblia e nós tínhamos a terra. E nos disseram: fechem os olhos e rezem. E quando abrimos os olhos, eles tinham a terra e nós, a Bíblia". Fechamos os olhos. Sofremos em silêncio. Fechamos os ouvidos à Razão. O cérebro deixa de ser o órgão do raciocínio, mediante a disputa entre o coração, o umbigo e o fígado. Perdemos tudo, mas temos apenas um livro religioso, e na vida nada podemos fazer além de meramente servir, sofrer e orar. Isso é retrógrado e muitos imaginam estar presente apenas no Catolicismo medieval e nas seitas evangélicas neopentecostais. Isso está presente nessas religiões, mas o mais surpreendente é que o "espiritismo" brasileiro, que vende uma fals

Somos todos prisioneiros do general Ernesto Geisel

(Autor: Professor Caviar) Nunca saímos de 1979, fim do governo do general Ernesto Geisel. Ficamos prisioneiros dele. Defendemos um Brasil que fazia sentido no seu período de governo, entre 1974 e 1979, mas como ele deixou de fazer sentido quatro décadas depois, nós nos tornamos terraplanistas de nossa realidade, nosso realismo tornou-se surreal, nosso desejo de estabilidade se tornou uma psicose. Fora da mesmice das redes sociais, as pessoas apontam que a chamada Era Geisel é vista pelas elites, não de forma assumida, mas como que num segredo de polichinelo, como um período em que o Brasil atingiu um "nível ideal", sobretudo para os meiotermistas de plantão. Uma sociedade "mais ou menos", não muito autoritária (em tese, pois Geisel mandava brasa nos bastidores, segundo revelações recentes) mas não muito democrática, não muito próspera mas (também em tese) longe de ser decadente. É aquele paraíso dos "isentões" que, completamente ignorantes, b

Chico Xavier sempre foi o anti-Lula

(Autor: Senhor dos Anéis) Ontem o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva foi solto, às 17h40, da prisão na sede da Polícia Federal, em Curitiba. A medida foi favorecida pela votação do Supremo Tribunal Federal que, por seis votos contra cinco de seus ministros, deu fim à condenação criminal em segunda instância, voltando a garantir, ao réu, o direito de ampla defesa até o esgotamento de seus recursos jurídicos, chamado de "sentença transitada em julgado". Não foi um ato trazido pelas vibrações religiosas do "Paz e Bem" e muito menos porque "espíritas" rezaram para Francisco Cândido Xavier pedindo para que "os homens da Justiça olhem com carinho e decidam pela soltura de um lider caridoso". Nada disso. O ato que deu fim à prisão de Lula se deu porque circunstâncias permitiram que o STF revisse suas posições e exercesse um mínimo de legalidade. A soltura se deu, portanto, por um cenário de desgaste do governo Jair Bolso

Roberto Carlos gravou música para Chico Xavier e se deu mal

(Autor: Professor Caviar) Que Roberto Carlos sempre foi um sujeito conservador, isso é verdade. Mas mesmo os conservadores pagam algum preço por aderirem ao maquiavélico "espiritismo" brasileiro, sobretudo pela figura retrógrada de Francisco Cândido Xavier. Em 1996, Roberto Carlos, então casado com Maria Rita Braga, considerada a maior paixão do cantor - os dois se conheceram em 1977, mas só começaram a se relacionar amorosamente em 1991 - , já na sua fase de menor inspiração musical, gravou a canção "O Homem Bom", em homenagem a Chico Xavier, que havia sido blindado pela mesma ditadura militar apoiada por Roberto e pela mesma Rede Globo que promovia o ídolo capixaba e que "reinventou" o mito "bondoso" do "médium" mineiro. A música não é de autoria de Roberto, sendo de Clayton Querido e Paulo Sete, mas o cantor acolheu a composição com tamanho empenho que ela acabou sendo associada ao seu repertório, embora seja também uma

Exemplo da confusão dos "espíritas à esquerda"

(Autor: Professor Caviar) Evidentemente, não somos homofóbicos e não vemos mal algum a comunidade LBGTQ pregar o Espiritismo, desde que fosse o original, o francês, de Allan Kardec. Da forma como aparece, neste caso da drag queen  Ikaro Kadoshi, que professa o catolicizado "espiritismo" brasileiro, isso reflete a profunda confusão doutrinária que reduziu o legado kardeciano a um enjoativo engodo, de tantas contradições que acumula em seu espólio. Reproduzimos o texto da coluna de Franklin Félix , na Carta Capital, que mostra o quanto a drag queen  acolhe os referenciais nada progressistas do imaginário "espírita" brasileiro. 1) A comparação da colocação da imagem de Jesus Cristo com o hábito de Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) em colocar imagens de santos; 2) A admiração por Joana de Angelis, que, do contrário que dizem, nunca foi Joana Angélica, mas o codinome usado pelo obsessor Máscara de Ferro, convertido em suposto mentor espiritual de

O ingênuo e confuso movimento dos "espíritas à esquerda"

(Autor: Senhor dos Anéis) Embora, à primeira vista, pareça bem intencionado um movimento de espíritas progressistas, a organização chamada "Espíritas à Esquerda" é fundamentada em uma grande confusão de ideias, na medida em que acolhe o "espiritismo" deturpado brasileiro, causando problemas na expressão de suas ideias. Em 26 de outubro de 2019, portanto, há poucos dias, houve em Salvador, Bahia, o I Encontro Espíritas à Esquerda, com vários convidados, entre eles um dos líderes desse movimento, o psicólogo e educador Franklin Félix, e, por ironia, um ex-diretor da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também economista baiano. O encontro impulsiona o movimento, que, em tese, procura associar Espiritismo e Esquerdismo, com base nas teóricas hipóteses de auxílio ao próximo e combate às desigualdades sociais. O movimento tem até gente correta, como Sérgio Aleixo e Dora Incontri - os únicos a manifestarem maior proximidade com o Espiritismo francês - , mas a l

Artigo questiona estudo de Alexander Moreira-Almeida sobre Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Um interessante artigo no sítio Universo Racionalista questiona a metodologia usada pelo acadêmico do Núcleo de Pesquisas sobre Espiritualidade e Saúde (NUPES) da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira-Almeida, a respeito das "psicografias" de Francisco Cândido Xavier, focalizando as cartas do suposto espírito de Jair Presente, lançadas em 1974. Além de nos lembrar de que o periódico científico que publicou a pesquisa de Moreira-Almeida - o autor do artigo não menciona o nome da revista, mas trata-se do inexpressivo Neuroendocrinology Letters - é de baixo impacto científico (ou seja, pouco repercute no meio científico, o articulista, André Luzardo, chama a atenção para o caráter superficial do método adotado, o que não ajuda na busca de precisão ou veracidade dos dados apresentados. A análise de Luzardo aponta, aliás, para o caráter duvidoso e tendencioso do status alcançado por Moreira-Almeida, cuja reputação acadêmic

A mediocridade que endeusou Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Infelizmente, o Brasil vive numa mediocridade profunda. A ideia de que "dá para viver" com retrocessos, perdas, tragédias, escândalos, atos de sordidez etc, com pessoas vivendo felizes diante da poluição, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, revela o quanto a realidade brasileira está perigosa e quase ninguém sabe. Na obsessão doentia dos brasileiros em criar uma realidade desequilibradamente equilibrada, que é o contexto de profunda mediocridade política, social, cultural e até mesmo religiosa, as pessoas se dissimulam tanto que se sentem ofendidas quando seus reais defeitos são revelados. Na profunda ignorância, muitos brasileiros chegam a bancar os falsos intelectuais só para defender suas convicções e isso é apenas um reflexo de uma profunda confusão mental que, aliada a uma cegueira emotiva muito forte, deixou que o Brasil chegasse ao que chegou, com Jair Bolsonaro, suspeito de envolvimento no assass