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Cadê o resultado da caridade, Chico Xavier?!

(Autor: Kardec McGuiver)

Um dos mantras mais citados pelos admiradores de Chico Xavier quando querem defender o médium de críticas mesmo sensatas é o mito de que ele fez muita caridade. Mas uma caridade que além de paliativa, não é perceptível e foi absolutamente inútil para a evolução social e para a eliminação de problemas. Ou seja, a caridade de Chico Xavier é outra farsa.

Francisco Cândido Xavier correspondia a estereótipos de bondade que as pessoas estão acostumadas. brasileiros adoram estereótipos e como têm preguiça de raciocinar, costumam utilizar estereótipos para definir o conceito de qualquer coisa.

Como se não bastasse Chico ser um - suposto - líder religioso, o que na mente dos mais ingênuos já inclui a bondade como se fizesse parte da liderança religiosa, o médium correspondia a outros estereótipos de bondade como fala mansa, discrição e gentileza. A generosidade, por sua vez, teve que ser forjada na tentativa de "canonizar" o médium e atrair fiéis e admiradores que seriam os leitores em potencial dos livros supostamente psicografados pelo mesmo, garantindo renda para a FEB e suas lideranças.

Analisemos o mito: a versão oficial diz que Chico Xavier abriu mão dos direitos autorais e entregou à FEB com a responsabilidade de doar 100% para a caridade. Xavier vivia muito bem de sua aposentadoria no serviço público e não precisaria da grana das vendagens.

Vamos aos fatos: O empenho da FEB em transformar Chico Xavier, um cidadão simples que nunca entendeu o Espiritismo em um semi-deus e "mestre máximo da doutrina", confrontado com a ausência de resultado significativo de uma caridade resultante de uma grande vendagem de livros do médium (os livros vendem bem até hoje, mesmo com os alertas nas redes sociais e em blogs) é de se despertar desconfiança. Pra quê a FEB precisaria transformar Chico Xavier em um ser superpoderoso? Havia necessidade disso se fosse apenas "para a caridade"?

É bem estranho ver um empenho dedicado de uma instituição em prol da causa alheia. É uma alegria maior que a festa. A FEB inventando qualidades e mais qualidades para Xavier, uma pessoa comum na tentativa de forçar a vendagem de livros para uma causa alheia? Muito estranho ter que forçar a venda de livros para ajudar os mais pobres em um mundo onde o egoísmo de lideranças de todos os tipos ainda prevalece. 

Observando os resultados pífios da suposta caridade de Chico Xavier, que se fosse verdadeira, teria transformado Uberaba no melhor lugar do mundo para se viver, Caridade não é consolo. Caridade não é sopinha. Caridade é qualidade de vida. 

Sopinha quem dá somos nós, "pobres mortais". Chico Xavier não. O médium, suposto exemplo de caridade máxima, deveria ter utilizado seu prestígio para no mínimo convencer as autoridades a mudar leis e fazer com que ocorresse uma gigantesca transformação social na localidade onde ele vivia. Ele  fez isso? Não. Ficou só na sopinha e obsediando filhos mortos de mulheres desesperadas com falsas mensagens do além, como se isso fosse "caridade". Além de citar frases copiadas de livros de auto-ajuda como se fossem suas.

Não se vê nada da suposta caridade máxima de Chico Xavier. A empolgação das lideranças da FEB leva a crer que o dinheiro vai mesmo para os cofres da instituição para suas lideranças fazerem o que quiserem com o dinheiro. Se todo o dinheiro fosse para a caridade, os resultados seriam facilmente perceptíveis.  Mas "caridade não se mostra", não é? Até porque não se mostra o que não é feito!

Nosso diagnóstico: o mito da caridade de Chico Xavier é mais um dogma falso da doutrina. Uma lenda urbana que inventaram para tentar promover o médium como guia máximo da humanidade e atrair admiradores que serão os compradores em potencial dos livros de mentiras que o médium escreveu utilizando vários nomes.

Não apenas como médium e escritor Chico Xavier se demonstrou uma farsa. Mas também o mito do bondoso"homem chamado amor" é outra farsa inventada. Tolos são os que acreditam que Chico Xavier ajudou a humanidade. Os problemas e a péssima qualidade de vida que observamos no país teriam desaparecido se de fato Chico Xavier tivesse posto em prática "as coisas boas" que vivem dizendo dele.

Como falamos várias vezes, Chico Xavier não presta para nada e o esquecimento é o seu maior mérito. Estamos cansados de ilusões e ainda esperamos por uma liderança a melhorar de fato a qualidade de vida dos brasileiros. Não sabemos quem será e quando irá aparecer. Mas com certeza não será Chico Xavier, nem vivo nem "desencarnado", um benfeitor tão real quanto os super-heróis que estamos acostumados a ver nas revistas de quadrinhos.

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