(Autor: Kardec McGuiver)
Muita gente gosta de comparar Chico Xavier e Edir Macedo alegando que o primeiro nunca cobrou dinheiro e o segundo sempre cobra. Tenho um amigo na Universal que alega que nem sempre a igreja cobra dinheiro e que ele é dado de maneira voluntária, como ocorre na oferenda nas missas católicas. Mas muita gente de fato decide ajudar, pensando que "Deus" recebe dinheiro. E os "espíritas" não ganham dinheiro? Vivem como? Se alimentam de ar, morando em "colônias espirituais"? Nada disso!
Bom. na verdade os "espíritas" ganham sim, muito dinheiro. Muito mesmo. A FEB é uma instituição rica. Suas lideranças, quando precisam se tratar da saúde, não recorrem a arriscadas cirurgias mediúnicas feitas sem higiene e sem o conhecimento e os equipamentos necessários. O próprio Chico Xavier teve que recorrer a um hospital particular enquanto seus admiradores morriam nos abatedouros de precárias instituições de saúde.
O grade trunfo dos "espíritas" brasileiros é a discrição. Os neo-pentecostais são muito "escandalosos" nas suas práticas e alardeiam o que fazem para todos os olhos e ouvidos atentos. Os "espíritas" não. Elegantes na forma, mas traiçoeiros no conteúdo, cometem muitos deslizes, mas com o cuidado de que estes não consigam chegar ao conhecimento público, mantendo o verniz de humildade e altruísmo consagrado por suas instituições e personalidades. Bem espertos, os "espíritas".
Aí eu pergunto: o "Espiritismo" não ganha dinheiro? Ganha. E vai todo para a caridade? Seguramente não. Cálculos feitos atentemente sugerem que menos de 1% vai de fato para a caridade. O resto, não se sabe oficialmente. Mas pode estar indo para manter o alto padrão de vida de suas lideranças. Discretamente, of course, my horse!
O "Espiritismo" possui outras formas de ganhar dinheiro, diferente dos neo-pentecostais. Palestras caríssimas sobre assuntos banais, livros supostamente psicografados, quadros supostamente psico-pictografados, discos e videos com palestras ou músicas "espíritas" (que mais parecem reproduções do gospel dos neo-pentecostais, com exatamente o mesmo conteúdo), entre outras fontes de renda.
Transformar lideranças "espíritas" em divindades ajudou bastante a atrair público para workshops muito bem remunerados, onde pessoas pagam caro para passarem dias comendo e bebendo ouvindo palestrantes falarem nada sobre coisa nenhuma.
E outra forma de renda são os filmes "espíritas". Lançados no cinemas, eles se tornam boa fonte de renda para a doutrina. E mesmo dispostos posteriormente "de grátis" na internet, servem como isca para atrair gente que irá sustentar financeiramente a doutrina de outras formas.
Alegam os defensores dessa prática que o dinheiro arrecadado vai totalmente para a caridade. Que boa notícia! Pena que ela só pode ser percebida na teoria e nunca na prática. Pois do jeito que o "Espiritismo" ganha dinheiro, além do fato de ter muitos ricos seguindo a doutrina, a caridade supostamente praticada teria mudado a sociedade brasileira, tirando definitivamente as pessoas da pobreza e eliminando de vez os problemas sociais, garantindo uma sensível elevação da qualidade de vida de todas as pessoas auxiliadas. Mas a teoria é muito mais linda do que a prática e só serve mesmo para promover as suas lideranças mentirosas e oportunistas e seus dogmas absurdos.
Infelizmente ainda tem muita gente que acredita na versão deturpada do "Espiritismo" acusando os críticos mais sensatos de "caluniadores" e "obsediados". Infelizmente as instituições "espíritas" seguem atraindo muitos ingênuos e gerando muita renda, sempre arrumando desculpas esfarrapadas para inutilmente tentar calar a boca dos críticos.
Da próxima vez que você tentar rotular Chico Xavier ou outra liderança "espírita" de "pobrezinho", procure se informais mais e cobrar das instituições "espíritas" para onde está indo o dinheiro e se ele está servindo para ACABAR COM OS PROBLEMAS das pessoas auxiliadas. Pois o bom senso alerta que se uma mão se estender novamente para pedir auxílio a uma mesma instituição que supostamente o havia ajudado, é quase sempre porque a ajuda não foi feita de forma eficiente.
E infelizmente, muitas vezes quem não precisa de ajuda consegue ser muito mais auxiliado, aumentando o prestígio que o fará atrair mais pagantes e portanto, mais dinheiro para seus cofres nada altruístas.
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