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Enganador, Chico Xavier foi cínico e perverso ao "condenar" os outros "enganadores"

(Autor: Professor Caviar)

Como um símbolo de caridade, Francisco Cândido Xavier, o festejado Chico Xavier, foi tão fajuto quanto Luciano Huck, mas, como o próprio apresentador de TV tanto falava, tinha que "ter uma boa estória para comover as pessoas". Muita lorota se falou e se fala para blindar Chico Xavier, o único homem que a realidade não pode tocar, porque é necessário que se preserve o mito de "fada-madrinha para gente grande" para garantir assim a fascinação obsessiva que movimenta o mercado da fé usurpadora, que domina pessoas ingênuas que aceitam serem enganadas de graça, desde que "pelas bênçãos de Deus".

Uma passagem sobre uma situação envolvendo a pretensa filantropia de Chico Xavier, mistura uma série de aspectos negativos: o caráter paliativo da suposta caridade, a hipocrisia do "médium filantropo" e um conceito moralista ao mesmo tempo rigoroso e austero.

Nesta passagem abaixo, Chico Xavier vai contra os ensinamentos cristãos, porque o suposto médium, incapaz de "multiplicar o peixe" como Jesus de Nazaré, segundo diz o Evangelho, teria feito para auxiliar as pessoas famintas, disparou seu moralismo inflexível a uma pessoa faminta que, sem ter o que comer, passou três vezes na fila para pegar uma cesta básica. Segundo o juízo de valor de Chico Xavier, o pobre homem "não precisava", mas o "médium" deixou o homem cometer o "abuso" através de uma alegação maledicente, da qual escreveremos após a reprodução do texto.

Segue a passagem, de uma fonte não creditada (possivelmente um livro de "histórias lindas" do qual  não conseguimos identificar), foi reproduzida nas redes sociais:

"QUEM ENGANA É O ENGANADO

Chico Xavier, certa vez, quando fazia a distribuição de cestas básicas em um bairro carente, chegou uma mulher gritando e dizendo: - Chico, Chico! O fulano, já passou 3 vezes na fila para pegar a cesta básica. Ele não precisa.

Chico, com um sorriso no rosto disse:
- Deixe, minha filha! Ele está treinando para a encarnação futura.
⠀⠀
Chico, sabiamente quis dizer que, ninguém engana ninguém, nós enganamos nós mesmos. Pois, nossas ações podem nos dar vantagens materiais hoje, mas nos darão desvantagens espirituais no futuro.
⠀⠀
As vezes, somente diante da dor e do sofrimento, despertamos para o progresso material e espiritual.
Se este despertamento não acontecer nesta vida acontecerá numa próxima encarnação.
Podemos enganar muitas pessoas, mas nunca a lei divina. Então, façamos a nossa parte.
⠀⠀
Aquele que nos enganar é o grande enganado. Está plantando o que terá que colher.
⠀⠀
Sabiamente explicado".

POBRES NÃO TÊM SEQUER O BÁSICO E VIVEM EM FAMÍLIAS NUMEROSAS

É muito fácil, nessa passagem, dar razão ao verdadeiro enganador, Chico Xavier, consagrado por uma vergonhosa literatura fake, atribuindo-lhe suposta sabedoria, algo que só faz sentido para seus fanáticos seguidores, pessoas que estão bem de vida e acham que o pobre só pode ter direito àquelas cestas básicas que mal conseguem ser consumidas em duas semanas.

Esquece-se que Chico Xavier sempre foi um dos sujeitos mais hipócritas e perversos da História do Brasil, defensor da Teologia do Sofrimento - espécie de "holocausto do bem" - , apoiador radical da ditadura militar e que teve a sorte de falecer em 2002 para não mostrar que, vivendo hoje, seria um dos bolsonaristas mais inflexíveis.

A "caridade" de Chico Xavier era tão fajuta quanto a de Luciano Huck e o "médium" também humilhou os pobres em seu tempo. Vide o horrendo ritual do beija-mão, com mulheres pobres e deprimidas se submetendo a essa humilhação que só serviu para alimentar a vaidade pessoal do "médium" que mais deturpou o legado original da Doutrina Espírita.

É fácil dar razão a um ídolo religioso, blindado até nos seus piores erros, quando ele, cínico e impiedoso, diz, com aquele cinismo dos hipócritas que oferecem pouco e julgam que é isso que o pobre "precisa". Chico Xavier, de maneira cínica e rabugenta, disse que o pobre homem "estava treinando para a encarnação futura", como se quisesse dizer "Deixa, que ele pagará em breve o que merece".

É o mesmo Chico Xavier que pede clemência quando os ricos cometem seus lucros abusivos, embora faça a eles, também, o recado da "próxima encarnação", mas em termos bem menos cínicos. E o recado de Chico Xavier é perverso em vários sentidos e deveria ser voltado contra ele mesmo.

Esquece o "médium" que o sujeito que ficou três vezes na fila para pegar cestas básicas é um desesperado. Ele, certamente, não iria pegar três cestas básicas somente para si. Ele pegaria porque, provavelmente, ele vive com a família humilde, provavelmente numerosa, e não tem chão para seu sofrimento sem fim.

Outro problema é que as "cestas básicas" que a "caridade" de Chico Xavier tão espalhafatosamente oferece, numa estratégia de marketing religioso bastante suspeita, se esgotam em poucos dias. E aí temos a hipocrisia cada vez mais perversa do "espiritismo" de Chico Xavier: enquanto os mantimentos se esgotam em, no máximo, duas semanas, diante de famílias miseráveis numerosas que veem a fome voltar tão rápido para seus lares, a "caridade" que resultou em tendenciosas ofertas continua sendo festejada por até um ano, comemorando uma "façanha" que já havia se esgotado em poucos dias.

As "caridades" do "espiritismo" brasileiro seguem um padrão meramente paliativo, como nessas ações que só servem para "minimizar o sofrimento", sem resolver os problemas reais e profundos da miséria humana. E o "bondoso" Chico Xavier, em vez de perguntar ao pobre homem o que ele precisa, ficou resmungando pelas costas, deixando o miserável pegar três cestas básicas, rogando-lhe mal ao dizer que "ele estava treinando para a encarnação futura", como se reservasse a ela a vingança do Destino.

E CHICO XAVIER, QUERENDO ALCANÇAR A "SANTIDADE" DE FORMA ABUSIVA?

Hipócrita é aquele que, querendo dar uma lição de moral naqueles que têm o argueiro num dos olhos, se esquece da trave que cega um dos seus. E Chico Xavier condena aquele miserável por querer mais cestas básicas, através do perverso e impiedoso juízo de valor do "médium", não percebeu que ele mesmo foi abusivo na sua tarefa arrivista de "alcançar a santidade".

O "bom médium" falou mal do homem que, indo mais de uma vez para uma fila, pegava cestas básicas visando ter mais comida em seu lar, ignorando que, no seu desespero, o homem queria é abastecer sua casa com mais comida para ver se diminuía o sofrimento de sua família.

Mas o próprio Chico Xavier, visando a abusiva intenção de parecer "distinto" entre o restante do povo brasileiro, passou por cima de escândalos e contraiu privilégios bastante abusivos, se promovendo às custas dos nomes dos mortos e transformando sua trajetória "de admirável missão pela divulgação da Doutrina Espírita" numa coleção de crimes de falsidade ideológica, charlatanismo e até mesmo de violação irresponsável e inescrupulosa dos ensinamentos da Codificação.

Dessa maneira, Chico Xavier também passou "várias vezes na fila" para pegar para si os prêmios da Terra, por suposta humildade manifesta pela pretensa renúncia de riqueza, quando na verdade, por trás dos artifícios da filantropia, se observa o enriquecimento abusivo e astronômico da Federação "Espírita" Brasileira, cujo patrimônio financeiro muito provavelmente ultrapassa até mesmo os limites nababescos da Igreja Universal do Reino de Deus.

Chico Xavier queria condenar os outros "enganadores", mas enganou-se o "médium" e enganam-se os seus seguidores da ilusão de que terão sempre em suas mãos a posse da verdade ou, ao menos, da palavra final, até porque, a essas alturas, o "bondoso médium" está pagando as consequências nefastas do seu arrivismo abusivamente religioso, alimentado por artifícios traiçoeiros como o "bombardeio de amor" e o uso oportunista dos nomes dos mortos para pregar ideias medievais e mistificadoras.

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