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Chico Xavier, um mensageiro lamentável

 (Autor: Professor Caviar)

Não percamos tempo com fases supérfluas de caráter religioso, que nada dizem para a rotina prática do dia a dia e antes são recados extremamente supérfluos e que, no caso de Francisco Cândido Xavier, deveriam causar aborrecimento para quem tiver um pingo de inteligência e lucidez.

Vejamos três frases do vocabulário lastimável de Chico Xavier, que sabemos não traz sabedoria alguma, sendo apenas frases anestésicas para pessoas de consciência frágil, fanatismo religioso enrustido e que ainda sofrem da terrível Síndrome de Dunning-Kruger, que é a mania dos burros se julgarem "mais inteligentes" do que os mais inteligentes. Aqui estão elas e sua correspondente interpretação pelo nosso blog:

"Perdoe cada pessoa que tirou vantagem de sua bondade e confundiu isso com fraqueza"

A mensagem foi feita por Chico Xavier em causa própria, e é própria de seu vitimismo. O grande deturpador da causa espírita aprontou coisas horripilantes, como fazer fraudes literárias, defender a ditadura militar e até deixar que um sobrinho que iria denunciá-lo fosse morto por "queima-de-arquivo". Inescrupuloso e esperto, ranzinza e temperamental (sim, é isso mesmo que você lê), Chico Xavier no entanto tinha habilidade de desenvolver seu coitadismo, para forçar a comoção em torno dele.

Lembremos, através dos livros da Codificação, que a Doutrina dos Espíritos alertou quando os espíritos mistificadores (encarnados ou desencarnados) se utilizam dos mais diversos artifícios para forçar a comoção pública, incluindo a veiculação de retóricas supostamente sublimes e coitadismo para abafar qualquer crítica ou repúdio.

O espírito Erasto de Paneas já recomendava que não se perdoasse esses mistificatores, até porque esse "perdão" mais parece um "ganho" do que uma "perda", com tantas vantagens e privilégios com que se dá aos oportunistas de plantão, como o traiçoeiro Chico Xavier e sua conversa mole.

"Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograme sua meta, busque o bem e viverás melhor"

Frase tendenciosa marcada pela Teologia do Sofrimento, a corrente mais radical do Catolicismo da Idade Média. Aqui Chico Xavier destina seu recado aos outros, porque ele sempre defende que os desgraçados continuem sofrendo, mas, sádico, não quer ver sequer os oprimidos chorarem, mas terem que ceder em seus princípios e propósitos na vida.

O recado de Chico Xavier envolve a ideia de "culpabilidade da vítima" do sofrimento. Uma vítima que precisa "não se fazer de vítima", mas de "culpada", a se limitar a "analisar e observar" a si mesma e restringir os desejos de mudança ao abandono até de suas necessidades e desejos, "reprogramando a meta" para se tornar "mais um boi no gado".

"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor"

Frase hipócrita e tendenciosa. A propósito, será que Chico Xavier não entendeu que ele também foi ofensor em vários momentos? Ao escrever Cartas e Crônicas, acusou os humildes cidadãos fluminenses, vítimas de um incêndio criminoso num circo situado em Niterói, em 1961, de serem "romanos com sede de sangue". E cometeu falso testemunho alegando que "foi Humberto de Campos quem escreveu".

E mais: quando amigos de Jair Presente, um jovem engenheiro morto por afogamento, desconfiaram das mensagens "psicográficas", Chico Xavier se irritou (sim, é isso mesmo que você está lendo) e chamou essa desconfiança de "bobagem da grossa". Ele ofendeu os jovens, que não podem fazer valer sua visão de quem conviveu com o rapaz, nós é que temos que ficar com a carteirada religiosa e colocarmos o "médium" acima até mesmo da verdade, ofendendo a lógica e o bom senso.

E é isso que também faz com que os especialistas literários, que têm razão quando apontam fraudes nas obras "psicográficas" como Parnaso de Além-Túmulo, sejam erroneamente vistos como "Pôncios Pilatos modernos". Esse julgamento de valor só serve para forçar a comoção pública em torno do "médium", aqui demonstrando ser um falso-cristo ao montar seu calvário de brinquedo.

A frase em questão é do mais abjeto coitadismo, e Chico Xavier a usou para evitar que o senso crítico chegue até ele, atribuindo todo questionamento, toda contestação e mesmo todo repúdio (justo, porque de acordo com os próprios ensinamentos espíritas para combater mistificadores) como "ofensa".

Esta última frase nem consegue enganar como suposta lição de vida e serve apenas como mais um apelo vitimista de um farsante religioso que é ainda adorado por muitos brasileiros que não percebem o perigo dessa fascinação obsessiva que os fazem escravos da idolatria religiosa, a ponto de preferirem ver suas casas pegando fogo, com a família toda dentro, do que ver Chico Xavier sendo desmascarado de vez.



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